"Queremos uma resposta para que possamos avançar nas discussões em outros setores do governo federal". Com essa cobrança veemente, o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, exigiu do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmerman, um posicionamento oficial do órgão sobre a proposta apresentada pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
O Governo do Amapá, com o apoio de deputados federais e senadores, apresentou suas alternativas para solucionar os problemas da Companhia em agosto deste ano e até hoje não recebeu uma resposta oficial do Ministério.
A audiência, inicialmente marcada com o ministro Edson Lobão, acabou sendo realizada com o secretário-executivo do Ministério e com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin Filho, que não debateu os pontos da proposta apresentada e retomou a solução de um empréstimo ao Estado do Amapá para que as dívidas fossem pagas. Arno ainda citou o caso da CELG - Companhia Elétrica de Goiás, que terá um empréstimo de mais de R$ 5 bilhões para a solução dos problemas de energia.
O governador Camilo Capiberibe rebateu prontamente: "O Amapá não é Goiás, precisamos de uma solução que não penalize o nosso povo com a inviabilização de nosso desenvolvimento".
O secretário-executivo afirmou ao governador que, para apresentar a resposta oficial do Ministério, precisaria consultar o ministro Lobão e alegou uma viagem com a presidente Dilma Rousseff à Venezuela para deixar a reunião.
O governador Camilo reagiu ao que considerou um desrespeito com o povo do Amapá, representado por ele e pelos parlamentares federais presentes ao encontro, e deixou imediatamente a sala de reuniões.
"Talvez o ministro desconsidere também, pessoalmente, os senadores e os deputados federais eleitos pelo Amapá, mas ele não pode desrespeitar o povo amapaense. Me retirei da reunião porque percebi menosprezo pelas questões que afligem o povo do Amapá e emperram nosso desenvolvimento", criticou o governador ao deixar o Ministério.
Também deixaram a reunião os senadores Randolfe Rodrigues e João Capiberibe e os deputados federais Evandro Milhomem, Bala Rocha, Vinícius Gurgel e Luiz Carlos. (Murilo Caldas/SEGB)
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