sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Da revista Carta Capital: O outro feudo de Sarney

A revista CartaCapital, edição impressa desta semana, publica excelente matéria sobre a "onipresença" do clã Sarney nos estados no Maranhão e do Amapá. Nela, fica claro omodus operandi da oligarquia para conquistar em manter-se no poder.
O outro feudo de Sarney
Por Miguel Martins, de Macapá 
Amapá. Os aliados do senador valem-se de todas as armas para apear do poder os Capiberibes, adversários históricos 
Fundada em 1995, o município de Amapá do Maranhão não é uma homenagem ao estado criado pelo Constituição de 1988, mas à árvore nativa da Amazônia. Conta-se que sob um solitário amapá, no centro do vilarejo maranhense, davam-se os principais encontros dos seus 6 mil habitantes. Um observador malicioso, versado na política da região, poderia imaginar no batismo alguma relação com a onipresença da família Sarney em ambos os estados. Desde a transferência de seu domicílio eleitoral para o Amapá, em 1990, o ex-presidente da República José Sarney elegeu-se senador nas três eleições que disputou. A mudança abriu espaço no Maranhão para a consagração da filha como a sua principal sucessora. Roseana Sarney assumiu o governo estadual pela primeira vez no mesmo ano de emancipação do pequeno município maranhense. Se não desse nome a uma cidade, "Amapá do Maranhão" poderia ser um estribilho usado por Camilo Capiberibe, governador do Amapá pelo PSB, para se referir ao grupo de aliados de Sarney em seu estado. Próximo do fim do mandato e aprovado por 26% dos eleitores, segundo uma pesquisa CNI/Ibope de dezembro do ano passado, o governador enxerga no "modelo de atraso importado do Maranhão" o principal obstáculo à sua administração.
Filho do senador João Capiberibe, ex-militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e governador amapaense nos anos 1990, e da deputada federal Janete Capiberibe, Camilo mantem a tradição familiar de batalha com Sarney e seu grupo. O governador tornou-se o alvo preferencial do empresário e ex-senador Gilvam Borges, do PMDB, principal aliado de Sarney no estado. Provável candidato ao governo em 2014, Borges é dono de três rádios e duas emissoras de tevê, a Tucuju (Rede TV) e a Tarumã (TV Brasil). Foi dele a inciativa de organizar, em 2012, uma "administração paralela" para tocar por sua conta e bolso iniciativas populares, entre elas a construção de moradias e atendimento médico, estripulia que lhe rendeu uma prisão por crime ambiental, em janeiro de 2012, quando tentava aterrar ilegalmente um canal. Em 2005, Borges foi responsável pelas acusações que levaram à cassação dos mandatos dos pais de Camilo em um expediente semelhante àquele usado no impeachmentdo ex-governador pedetista Jackson Lago no Maranhão.
Lago teve o mandato cassado em 2009 por abuso de poder econômico e político em uma votação apertada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre as denúncias, a compra de votos de quatro eleitoras por 100 reais foi considerada estranha por Marcelo Ribeiro, um dos magistrados do julgamento, por terem as testemunhas assumido o crime "de forma espontânea" à polícia. Roseana Sarney, segunda colocada em 2006, assumiu o governo e recolocou a família no poder. O endereço e os atores mudam, mas o enredo nem tanto. A prova levantada para cassar, em 2005, os mandatos de João e Janete Capiberibe foi o depoimento de duas eleitoras que afirmaram ter recebido 26 reais cada para votar no casal. Mais tarde, um ex-funcionário de Borges afirmou ao Ministério Público ter intermediado a compra das testemunhas. Borges ocupou até 2010 a cadeira de Capiberibe no Senado. 
De olho nas eleições deste ano, o peemedebista apressa-se nos ataques. Em dezembro de 2013, Borges foi multado pelo TSE por propaganda eleitoral antecipada negativa, ao dar uma entrevista em um programa de umas de suas rádios na qual incentiva a população a não reeleger Capiberibe. O atual governador acusa as emissoras de Borges de utilizar imagens de hospitais sucateados de outros estados para prejudicar a imagem do governo. "A Saúde no Amapá não é pior do que era. A avaliação da sociedade é, porém, a de uma regressão na área, pois o povo é bombardeado por informações negativas." O peemedebista não atendeu aos pedidos de entrevista. Segundo sua assessoria, o ex-senador encontrava-se no interior do Amapá, incomunicável.
Durante a década passada, a oposição a Sarney no estado dispunha de poucos instrumentos para desafiá-lo. O governo foi ocupado de 2002 a 2010 por uma coligação liderada por PMDB, PDT e PP. Com maioria na Assembleia Legislativa, controle da mídia e relações costuradas com integrantes do Tribunal de Contas e do Judiciário, consolidou-se um monopólio político eficiente, ao menos para seus integrantes. Por esse motivo, o protagonista da reviravolta eleitoral de 2010 não foi um candidato, mas a Polícia Federal. As prisões do então governador Pedro Paulo, do PP, do ex-governador Waldez Góes e do então prefeito de Macapá, Roberto Góes, irmãos e colegas de PDT, transformaram-se em um senhor cabo eleitoral para Camilo Capiberibe, preferência de apenas 10% do eleitorado a um mês do pleito. Os três foram acusados de comandar um esquema de desvios de recursos públicos estimados em 1 bilhão de reais. 
Os interesses do grupo de Sarney continuam firmes, porém. Cenário que consolida a Avenida FAB, principal via da capital Macapá, com um front de disputa políticas. No corredor de 3 quilômetros encontram-se os principais órgãos da administração pública do estado, entre eles o Palácio Setentrião, sede do governo, e o Ministério Público. É um caso raro em que a proximidade física também é política. Capiberibe cultiva boa relação com a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei. Nos outros numerais da FAB, o governador coleciona mais adversários do que aliados: na Assembleia Legislativa, responsável por abrir processo de impeachment contra ele em 2011, no Tribunal de Contas do Estado, que suspendeu, em 2013, um contrato de publicidade do governo por uma frágil suspeita de superfaturamento, ou na Justiça Federal, responsável por uma decisão que ameaça a concretização de seu principal projeto econômico, a exploração sustentável de madeira na Floresta Estadual do Amapá (Flota).
Uma das promessas de campanha de Capiberibe era diminuir a dependência do Amapá em relação à União, responsável por 72% do Orçamento estadual. Para tanto, organizou um plano de manejo na Flota, reserva amazônica que ocupa 16% do território estadual e guarda um grande potencial para a extração de madeira. Em outubro de 2013, sua administração lançou o pré-edital do primeiro lote de concessão florestal. Segundo o governador, além da geração de renda e emprego, um dos objetivos é regularizar a exploração de madeira no Amapá, onde, segundo o Instituto Estadual de Florestas, 80% a 90% da atividade é ilegal.
Em novembro de 2013, uma decisão do juiz federal João Bosco Soares declarou a inconstitucionalidade da lei de criação da Flota, aprovada pela Assembleia Legislativa em 2006. Na liminar, Soares considerou a reserva amazônica propriedade da União. Desde 2009, uma lei sancionada pelo então presidente Lula assegurou a transferência da floresta ao Amapá, mas falta um decreto regulamentador para garantir o repasse definitivo. A decisão do juiz federal não mencionou a lei recente. O entrave jurídico ocorreu meses após a realização de uma audiência pública encampada pelo deputado estadual Eider Pena, do PSD, que sugeria revogar a lei de criação da Flota para proteger as terras de agricultores familiares. A preocupação do deputado com os pequenos proprietários parece ser recente. Em 2008, o Incra ajuizou no Ministério Público uma ação contra Pena por compra ilegal de mais de 400 mil hectares de terras.
Capiberibe vê estranhos interesses políticos por trás da decisão da Justiça. "No Brasil, há uma disputa entre dois modelos: a agricultura familiar e o agronegócio. Ao tornar inconstitucional a lei, inviabiliza-se um projeto sustentável em favor de grandes interesses agrícolas." Soares garante que a decisão tem em vista os interesses dos agricultores familiares e o respeito à Constituição, e reclama da postura do governador ao preferir levar a polêmica à mídia antes de recorrer da decisão.
De fato, Capiberibe foi aconselhado por Ivana Cei a recorrer, mas ainda não entrou com o pedido por "questões burocráticas". A chefe do MP estadual é, por sinal, desafeto do juiz Soares. O magistrado formalizou, em 2012, denúncias contra a procuradora-geral na Corregedoria Nacional do Ministério Público, com base em supostas ligações de Cei com mineradoras multinacionais, conforme relatou Leandro Fortes em reportagem da edição 758 de CartaCapital. A resposta veio em outubro de 2013, quando o MP encaminhou um dossiê contra o magistrado ao Conselho Nacional de Justiça, que decidiu instaurar um processo para investigar as acusações de tumulto processual e reiteradas atitudes de cunho político, entre outras.
Em abril de 2013, o juiz foi fotografado abraçado ao senador José Sarney no anúncio da liberação de 400 milhões de reais pelo Ministério das Cidades para a construção de habitações populares no Amapá. O MZ Portal, site local de notícias, publicou no ano passado um e-mail no qual Soares solicitava à pasta informações sobre o mesmo projeto para "repassar ao senador José Sarney, que tem sido incansável nessa luta". O magistrado afirma que sua relação com o político é "de instituição para instituição, impessoal".
Embora raramente ponha os pés em Macapá, Sarney paira sobre a política estadual. Após anúncio de uma provável aposentadoria, ainda não se sabe se concorrerá ao Senado em 2014. Sua carreira política pode terminar este ano, mas os herdeiros do "Amapá do Maranhão" devem continuar a defender o "legado" do senador no estado. Caso percam espaço, a presença simbólica de Sarney estará garantida por homenagens do comércio local. Bem próximos à Avenida FAB, um restaurante, uma lanchonete e uma churrascaria estampam o sobrenome do ex-presidente da República.

Ex-secretário Evandro Gama rebate denúncia do MP e lembra de desorganização administrativa na Sesa após prisões


Nesta quinta-feira, dia 30/01/2014, a Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá colocou no seu site institucional matéria intitulada “Ministério Público oferece denúncias contra ex-secretários de saúde e empresários”, na qual informa que eu e os Srs. Edilson Afonso Mendes Pereira, Lineu da Silva Facundes e o ex-secretário adjunto Robério Monteiro de Souza fomos denunciados por mantermos contratos na Secretaria de Estado da Saúde (SESA) sem a prévia licitação.
Sobre a referida matéria, tenho os seguintes esclarecimentos a fazer, para que os fatos sejam esclarecidos à sociedade amapaense como eles verdadeiramente ocorreram:
Em janeiro de 2011, recebemos a Secretaria de Estado da Saúde totalmente desorganizada administrativamente, com servidores desmotivados e com baixíssima qualificação, um clima de total desconfiança na instituição, inexistência de orçamento executável, falta de medicamentos nos hospitais, equipamentos médicos quebrados e rede elétrica e física dos hospitais totalmente sucateadas.
O Brasil inteiro sabe que diversos Secretários de Estado da Saúde e servidores da pasta foram presos em operações policiais. Além das prisões, a polícia apreendeu muitos processos e documentos relativos aos serviços prestados na Secretaria.
Aliando-se a esse contexto de dificuldades, no ano de 2010 a gestão anterior da Secretaria não se preocupou com o princípio da continuidade no serviço público. Deixou inúmeros contratos expirarem suas vigências nos últimos três meses de 2010 ou nos cinco primeiros meses de 2011, sem que tenha providenciado a abertura e instrução dos competentes processos licitatórios. Vários termos aditivos foram feitos com prazo de vigência inferior a um ano, com a nítida intenção de que seu término ocorresse nos três últimos meses de 2010 ou nos três primeiros meses de 2011. Foram tantos os serviços que ficaram sem cobertura contratual, que parecia algo premeditado. Tenho provas do que estou falando.
Completando esse quadro negro da saúde estadual, a lei orçamentária de 2011 só foi aprovada no final de fevereiro e a sua execução orçamentária começou apenas em março, dificultando ainda mais a gestão que se iniciava.
Por exemplo, dentre os contratos com término da vigência previsto para o primeiro trimestre de 2011 estavam os contratos da Amapá Comércio e Serviços Ltda e Mecon Comércio e Serviços Ltda, cujos processos licitatórios são altamente complexos e de interesse de grandes empresas locais e nacionais, para os quais a gestão anterior sequer fez levantamentos preliminares a fim de determinar as atuais e reais necessidades das unidades de saúde estadual no que diz respeito à sua limpeza, conservação e higienização, assim como as demandas de alimentação para pacientes e profissionais da saúde, tudo de acordo com o que a legislação em vigor determina.
Em razão dessa conduta da gestão anterior e diante dessa conjuntura de dificuldades e sem poder iniciar formalmente um processo licitatório ou realizar um contrato emergencial, por falta de disponibilidade orçamentária (orçamento aprovado somente no final de fevereiro de 2011, com execução orçamentária iniciada apenas em março), este peticionante e a Procuradoria-Geral do Estado tiveram de decidir se interrompiam a prestação desses serviços essenciais à saúde da população amapaense, ou se mantinham a prestação do serviço, mesmo sem cobertura contratual, enquanto aguardavam a instrução e conclusão dos processos licitatórios.
Portanto, naquele momento histórico nos deparamos com o seguinte dilema: manter uma postura inflexível no cumprimento do dever de fazer primeiro a licitação, formalizar o contrato e o prévio empenho, parando todos os serviços sem cobertura contratual, ou determinar a continuidade dos serviços essenciais ao funcionamento dos hospitais e à vida dos cidadãos, reconhecendo a dívida após a abertura da execução orçamentária, ao mesmo tempo em que já tomaríamos todas as providências para se iniciar o processo licitatório assim que tivéssemos disponibilidade orçamentária.
Sabendo que a saúde é um direito dos cidadãos e cidadãs e um dever do Estado (art. 196 da CF/88), não tive outra conduta possível a realizar, a não ser a de manter a continuidade dos serviços que se encontravam sem cobertura contratual, sob pena de colocar em risco não só o direito à saúde dessas pessoas, mas também suas próprias vidas, já que se tratavam de serviços em hospitais, nos quais as pessoas chegam com as mais diversas doenças, físicas ou psíquicas, necessitando de atendimento imediato e urgente.
Para todos os pagamentos que realizei nessas circunstâncias foram formalizados termos de reconhecimento de dívida, com aprovação da Procuradoria-Geral do Estado por meio de parecer, a fim de se preservar a licitude e a moralidade dos pagamentos realizados, além de facilitar o trabalho de auditoria dos órgãos fiscalizadores.
Deve ficar registrado que ainda em março de 2011 iniciamos os processos licitatórios dos serviços sem cobertura contratual, com o início dos levantamentos das informações necessárias à instrução dos referidos processos, porém com a minha exoneração do cargo de Secretário muito desse trabalho parece ter sido perdido ou abandonado, já que continuaram realizando pagamentos sem cobertura contratual ou contratos emergenciais.
Tenho consciência de que, diante da situação extraordinária em que me vi envolvido, os procedimentos seguidos não foram aqueles estabelecidos pela Lei de Licitações para situações normais, mas também tenho consciência de que não poderia, em momento algum, colocar em risco os bens mais valiosos das pessoas que procuraram os hospitais da rede estadual: a saúde e a vida.
Entretanto, mesmo numa situação de exceção, mantive a conduta da Administração Pública Estadual dentro do ordenamento jurídico brasileiro: não se locupletando com os serviços prestados e observando as normas jurídicas aplicáveis aos ajustes de contas estabelecidos com os fornecedores de serviços, dando-se concretização aos princípios do art. 37 da Constituição Brasileira.
Caso não tivesse agido no sentido de cumprir o dever constitucional do Estado de ofertar, sem interrupção, serviços de saúde à população, talvez hoje estivesse respondendo por ter deixado de praticar, indevidamente, dever de ofício.
Fiz uma escolha e não me arrependo: escolhi garantir a saúde e a vida das pessoas que procuram os nossos hospitais. Minha vida é pautada pela liberdade e pela honestidade, de forma que estou certo de que o referido processo será julgado improcedente pela Justiça.
Macapá, 30 de janeiro de 2014.
 
Evandro Costa Gama
Procurador da Fazenda Nacional

Ministério Público oferece denúncias contra ex-secretários de saúde e empresários

O Ministério Público do Estado do Amapá (MP) denunciou os ex-secretários de Estado da Saúde, Evandro Costa Gama, Edilson Afonso Mendes Pereira e Lineu da Silva Facundes e o ex-secretário adjunto Robério Monteiro de Souza; Eles são acusados de manter contratos na secretaria de sem a prévia licitação, como incursos na conduta descrita no artigo 89, caput, da Lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências; Os empresários, Francisco Odilon Filho, Charles Gomes de Jesus e Diego Soares de Castro, beneficiados com a falta de licitação, também foram denunciados por incidência no parágrafo único, do artigo 89, da Lei 8.666/93

Amapá 247 - Os promotores de Justiça Flávio Costa Cavalcante, Afonso Gomes Guimarães e André Luiz Araújo, membros da comissão criada por determinação da Procuradoria Geral de Justiça, instauraram inquéritos civis públicos para apurar a responsabilidade no descumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), anteriormente firmado. As denúncias basearam-se nas provas colhidas pela comissão, especialmente nas informações prestadas pela SESA.

Fatos semelhantes também foram investigados em inquéritos policiais instaurados pela Delegacia de Combate aos Crimes contra a Fazenda Pública (DEFAZ), após comunicação da Procuradoria Geral do Estado (PGE-AP). A comissão do Ministério Público informou que outros procedimentos tramitam apurando condutas análogas às denunciadas e podem resultar no ajuizamento de novas ações civis e penais pelo MP. A lei prevê pena de detenção, de três a cinco anos, e multa.

Evandro Costa Gama (que é procurador da Fazenda Nacional no Amapá e chegou a ser o segundo homem na hierarquia da Advocacia-Geral da União no governo Lula), Edilson Pereira e Lineu Facundes, foram os três primeiros secretários de saúde do atual governo, todos exonerados pelo governador Camilo Capiberibe (PSB). Robério Monteiro foi adjunto na gestão de Lineu Facundes. (Com informações do MPE)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A visita de Rui Falcão ao Amapá e os rumos do PT na aliança com o PSB

Rui Falcão vem ao Amapá discutir palanque presidencial e cobrar candidatura ao Senado do PT local
O presidente estadual do PT, Joel Banha, confirmou que o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, reeleito no último PED, realizado em novembro de 2013, vem ao Amapá no próximo dia 07 de fevereiro pra se reunir com a militância, dirigentes do partido e avaliar a conjuntura eleitoral nacional e estadual.

Na agenda de compromissos do presidente nacional da legenda está um encontro com o governador Camilo Capiberibe e com dirigentes locais do PSB pra debater a situação do palanque presidencial do Amapá e as condicionantes para o PT permanecer na aliança denominada Frente Popular.

Rui Falcão é um dos dirigentes nacionais que junto com o vice- presidente Jorge Coelho, tem defendido que o PT tenha um nome de peso pra disputar uma vaga de Senado, mantendo a vice na atual conjuntura governamental. 

Jorge Coelho afirmou em entrevista por telefone no ano passado em emissora de rádio local, durante o Congresso Nacional do PT, que uma candidatura própria do PT ao Senado independe da vontade de José Sarney, deixando a entender que o chefe do clã que enfrenta uma crise no Maranhão é descartável e o PMDB não pode cobrar apoio do PT no Amapá, já que em alguns estados vai apoiar Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) na disputa presidencial

Falcão tem desagradado o clã Sarney no Maranhão por ter defendido apoio ao comunista Flávio Dino (PCdoB), que lidera as pesquisas para o governo. Ele até mesmo teria sido destratado pela governadora Roseana Sarney (PMDB) em encontro recente no Maranhão porque teria defendido o apoio do PT local a Dino.

O nome que tem a simpatia da direção nacional do PT pra disputar o Senado é o da vice-governadora Dora Nascimento e isso deve ser dito ao governador e ao PSB no encontro que deve ocorrer em Macapá. 

O presidente nacional não teria gostado da ideia do PSB querer as duas principais vagas majoritárias na chapa que deve disputar a reeleição do governador. Se o PSB insistir no estratégia suicida, Falcão defenderá a saída do PT da aliança e o partido pode até mesmo ter uma candidatura própria ao governo.

A maioria do PT hoje defende apoio a reeleição do governador Camilo Capiberibe, mas coloca na mesa a permanência da vice e a vaga de Senado. Uma outra exigência de Rui Falcão também é defendida pelo ex-presidente Lula, onde defendem a neutralidade do governador na montagem de palanque presidencial no Amapá para que o PT continue caminhando com Camilo em 2014.

O Proes também reivindicava a vaga, mas com a retomada do comando da Assembleia Legislativa por Moisés Souza e Edinho Duarte, o pleito da família Favacho ficou enfraquecido dentro da correlação de forças políticas que dão sustentação ao governo

No PT todas as correntes descartam uma aliança com o PDT de Waldez Góes, preso em 2010 durante a Operação "Mãos Limpas" da PF e isso é consenso até mesmo entre os dirigentes nacionais que temem problemas locais para a campanha de reeleição da presidenta Dilma. 

Mas há um pequeno grupo de descontentes por conta de estarem fora do governo que defenda apoio ao candidato Lucas Barreto (PSD), fiel escudeiro de Sarney, pego no escândalo dos "Atos Secretos" do Senado em 2009. Esse grupo seria liderado pela ex-deputada Marcivânia Flexa, que teria rompido com o governo após Camilo ter negado a Secretaria de Educação que teria sido pedido pela petista após a sua derrota eleitoral de 2012, quando disputou a prefeitura de Santana.

A vice-governadora Dora Nascimento que também é do Diretório Nacional do PT, tem sido chamada frequentemente em São Paulo e Brasília para participar das reuniões da Executiva Nacional e do grupo que deve coordenar a campanha de reeleição de Dilma. 

O PT quer ampliar sua bancada federal de Senadores e deputados pra ficar menos dependente da governabilidade e do PMDB que no ano passado durante as manifestações de ruas pelo país, boicotou a plataforma defendia por Dilma de fazer uma Reforma Política e convocar uma Constituinte que mudasse o atual sistema eleitoral brasileiro. 

O certo é que até junho durante as convenções estaduais muita água do rio Amazonas ainda vai rolar pra decidir os rumos do PT e do PSB na política tucuju. 

Waldez Góes é intimado para julgamento em processo de desvio de R$ 74 milhões dos consignados

O ex-governador Waldez Góes (PDT) foi intimado nesta terça-feira 28 pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Macapá; O ex-governador do Amapá réu – junto com o ex-governador Pedro Paulo e três ex-secretários de Planejamento do Estado – em ação penal pública que tramita desde 2011; A justiça vinha tentando intimar Waldez Góes desde o dia 16 de janeiro, mas a informação era de que ele estava fora do Estado.

Imagem: Estádio Zerão deve ser inaugurado em fevereiro

Já está marcada a data de reabertura do principal palco esportivo do Amapá, o Estádio Milton de Souza Corrêa, o popular "Zerão". A festa de entrega será dia 15 de fevereiro, quando estão previstas duas atrações nacionais, uma musical e outra esportiva. O anúncio da data de reinauguração foi feito pelo governador do Amapá, Camilo Capiberibe, durante coletiva para a imprensa na residência oficial.
"Nós decidimos antecipar a data de entrega após um pedido da Federação Amapaense de Futebol (FAF), que nos solicitou a liberação do campo para a participação do representante do Amapá - o Santos - nas competições da Copa Verde e da Copa do Brasil", explicou o chefe do Executivo. Pela Copa Verde, o clube amapaense enfrenta o Princesa Solimões, do Amazonas, no dia 19 de fevereiro, em Macapá.
Leia mais em http://www.agenciaamapa.com.br/noticia/37167/

Coronelismo midiático: TRE Amapá proíbe ataques de Gilvam Borges e uso de TV contra adversários

O desembargador Agostino Silvério, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), deferiu duas liminares, para, em caráter cautelar, determinar que Gilvam Borges e a TV Tucuju Canal 24 se abstenham de veicular e divulgar a publicidade (vinheta intitulada “Opinião com Gilvam Borges”), na qual, em críticas a administração estadual, tecem comentários acerca da cerimônia de posse de novos professores da rede pública do Estado.

Governo do Amapá lança dez especializações para professores da rede estadual

Adryany Magalhães/Da Redação - Agência Amapá
O governador Camilo Capiberibe lança nesta quarta-feira, 29, dez especializações destinadas aos professores da rede estadual de ensino. A cerimônia ocorrerá na Escola Estadual Raimunda Virgolino, a partir das 16h. Será investido mais de R$ 1,2 milhão na qualificação de docentes.
O Programa de Especialização é coordenado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) e pela Escola de Administração Pública (EAP). Ao todo, serão disponibilizadas 500 vagas para as especializações, sendo que cada turma terá 50 alunos. As inscrições serão feitas por lote, onde cada especialização terá um edital específico e cada professor só poderá se inscrever em um curso. Para cada lote serão destinadas duas semanas de inscrição e a aula inaugural está prevista para dia 26 de março. As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.eap.ap.gov.br/
As três primeiras serão de Educação Especial e Inclusiva, Educação Física Escolar e Metodologia do Ensino da Geografia. No segundo lote serão ofertados Metodologia do Ensino de Meio Ambiente, Ensino-aprendizagem da Língua e das Literaturas de Expressão Francesa e Estatística. Já no terceiro lote, Ensino da Língua Portuguesa e Literatura, Artes Visuais, Metodologia da Aprendizagem da Matemática e Educação Indígena.
As aulas serão por módulos, uma vez por mês, nos fins de semana. A ideia é que o curso não atrapalhe o andamento das aulas nas escolas públicas estaduais.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Efeitos positivos da federalização: CEA investirá R$ 165 milhões em 2014

Em entrevista à Agência CanalEnergia, matéria assinada por Carolina Medeiros, o presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Francisco Almendra, disse que o programa de investimentos da companhia conta com a aplicação de R$ 165 milhões em 2014; Os recursos serão destinados prioritariamente à conexão do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN), à adequação e reforço da subtransmissão e à redução de perdas.

Amapá 247 -  A cidade de Macapá, capital do Estado, será interligada através da linha Tucuruí-Manaus-Macapá. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) já energizou o trecho entre Jurupari e Macapá, mas a integração efetiva ainda depende das obras da área de distribuição. “A empresa implantará um forte programa de reforma e manutenção da sua rede de distribuição, com ênfase na Redução de Perdas, Qualidade e Continuidade do Fornecimento”, destacou Almendra.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Os profetas do caos e do pânico estarão juntos em 2014 - Por Heverson Castro

Os profetas do caos e do pânico estarão juntos em 2014 com um único discurso: a volta da harmonia criminosa
Por Heverson Castro

Eles são as lideranças que por muito tempo atrasaram o Amapá e nos afundaram num lamaçal de descaso e corrupção. Eles são os profetas que hoje propagam o caos e o pânico, querendo tomar de assalto o governo em outubro vindouro e tirando o foco daquilo que fizeram num passado nem tão distante ou deixaram de fazer. 
 
Nos bastidores eles torcem contra o Amapá e disseminam o medo, a mentira, a calúnia, ataques pessoais, inventam mentiras que pra alguns se tornam verdades, afirmando que todos os problemas  do estado herdados em 2011 foram criados após isso e que antes tudo era um “mar de maravilhas” porque não tínhamos a instabilidade, brigas entre os poderes e um governante que não ser curva aos caprichos de quem queria continuar saqueando os cofres.
 
E que as obras em andamento de hospitais, escolas, conjuntos habitacionais, as estradas que estão sendo inauguradas, os programas sociais, a geração de emprego record, os concursos públicos, a recuperação da CEA, as obras de universalização da água tratada e saneamento, e tantas outras ações só estão sendo possíveis por conta que eles deixaram tudo pronto. Ou então desconhecem alguns feitos e tentam esconder da população o que está sendo feito de bom.
 
Uma oposição sem programa, sem proposta, sem rumo político e frágil com envolvimento em escândalos políticos (Lucas nos Atos Secretos de Sarney em 2009) e com seus nomes envolvidos em prisões e investigações da PF, STJ, MP e MPF (Waldez Góes, Jorge Amanajás, Moisés Souza e Gilvam Borges) e com uma prática política de defender interesses poderosos de grupos econômicos que governarem pra uma elite parasita que em 8 anos de governo saquearam o Amapá sob o manto da dita "harmonia" entre os poderes.
Todos eles têm como maior liderança o oligarca maranhense, José Sarney, que desde 1990 é eleito senador pelo Amapá, mas sempre defendeu os interesses da federação do Maranhão (estado com pior IDH do país) dentro do Congresso Nacional e pouco aparece por essas bandas. Sarney apenas dita ordens para os seus serviçais e capatazes e os protege dentro das instituições republicanas por conta da sua vasta influência que só é utilizada pra fazer coisas ruins ao povo brasileiro.
 
Deixaram o governo do Amapá numa terra arrasada, com diversos problemas que começam a ser resolvidos e agora aparecem como profetas pregando o caos pra desestabilizar quem reconstrói o Amapá com muito sacrifício, tentando confundir a população com suas mentiras e ataques rasteiros propagados diariamente numa cadeia criminosa de rádios e TV´s.
 
Eles querem tomar de volta o comando do estado, após a recuperação da credibilidade que foi destruída devido o tsunami deixado por eles com diversas prisões de secretários, políticos e empresários em inúmeras operações da Polícia Federal.
 
E gora os profetas do caos que sugaram os cofres do Amapá como verdadeiras sanguessugas nos oito anos de governo da "harmonia", controlando o Executivo, Legislativo, o comando do MP, o TCE, parte do judiciário e o silêncio da maioria da imprensa amestrada, querem ser os salvadores da pátria?
 
Não podemos esquecer o que eles fizeram contra o povo do Amapá e ainda fazem enclausurados em alguns poderes e controlando canais de TV e rádios, não dando direito aos seus adversários de serem ouvidos e terem o direito de resposta diante dos ataques e mentiras, ferindo a Constituição e os valores democráticos e republicanos.
 
Não podemos esquecer também como eles deixaram o nosso estado, pois apostam na memória curta do povo amapaense. Foram mais de 1,5 bilhão jogados no ralo como apontou o reletório da PF.
 
A turma da panelinha quer voltar e agora disfarçada de mocinhos arrependidos, depois de alguns terem passado uma temporada no presídio federal da Papuda.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Vergonha Nacional: Réus em 13 ações, Moisés Souza e Edinho Duarte voltam a comandar Assembléia

Embora respondendo a 13 ações penais que tramitam no Tribunal de Justiça do Amapá, acusados pelo Ministério Público do Estado (MPE) de desviar aproximadamente R$ 29 milhões do legislativo estadual , os deputados estaduais Moisés Reátegui de Souza e Jorge Evaldo Edinho Duarte Pinheiro assumiram novamente a mesa diretora da Assembléia Legislativa do Amapá, nos cargos de presidente e primeiro secretário, respectivamente
 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Do MZ portal: Governo quer o Amapá como base de exploração do petróleo da costa marítima do AP

Sérgio Santos | MZ Portal


Nesta sexta, 23, durante a inauguração da reforma e adequação do matadouro do município de Amapá, o governador Camilo disse que trabalha para que o Amapá seja a base de apoio à exploração do petróleo descoberto na costa oceânica amapaense.

Segundo o governador, todas as obras realizadas no município do Amapá, sobretudo a pavimentação dos ramais do Bacabinha e da Base Aérea que dão acesso à cidade – um investimento de cerca de R$ 50 milhões -, além de promoverem o desenvolvimento socioeconômico da região, vão somar pontos no sentido de trazer para o estado a base de operação da futura exploração de petróleo prospectado na bacia da foz do Amazonas, na costa marítima do Amapá.
O governador também disse que o Governo Federal vai investir mais de R$ 40 milhões na construção de um novo aeroporto que servirá de apoio logístico às empresas vencedoras do leilão promovido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), e que arremataram os 14 blocos de exploração de petróleo que abrangem os municípios de Amapá, Calçoene e Oiapoque.
 
Remando contra
Para o governador, somente com a união da bancada federal do Amapá entorno dos interesses do Estado poderá garantir que parte importante da riqueza gerada pelo petróleo possa ficar em terras amapaenses. Ele alertou, sem citar nome, sobre a postura estranha de um parlamentar que, mesmo eleito pelo povo amapaense, estaria defendendo interesses contrários ao desenvolvimento do estado.
 
"Nada contra qualquer outro estado da federação, mas os parlamentares eleitos pelo Amapá tem que defender os interesses do nosso estado. Se o petróleo foi encontrado na costa do Amapá é justo que gere riqueza aqui e todos os parlamentares amapaenses devem estar juntos nesta causa", cobrou o governador.
 
Camilo citou o Porto de Santana como exemplo de um processo de estagnação intencional promovida por quem deveria trabalhar pelo seu crescimento. Esses interesses estrangeiros, segundo o governador, teriam mantido o Porto de Santana com baixa capacidade de operação e, consequentemente, de concorrência, retardando o desenvolvimento de todo o Estado.

MPF se manifesta em ação pena contra Waldez Góes em caso de calote no INSS

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Imagem: Norte/Sul a todo vapor recebendo iluminação

Dentro de, no máximo, um mês, o primeiro e o segundo trechos da Rodovia Norte/Sul estarão totalmente iluminados. Os trabalhos iniciaram há três semanas e seguem em ritmo acelerado.