sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Câmara analisa plebiscito sobre convocação de constituinte para reforma política

A Câmara dos Deputados analisa a possibilidade de o País realizar um plebiscito para que a população decida se quer a convocação de uma assembleia nacional constituinte exclusiva para a reforma política. A consulta popular está prevista no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1508/14, apresentado à Casa pelo deputado Renato Simões (PT-SP) e assinado também pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
 
Caso o plebiscito seja aprovado pela Câmara e pelo Senado, a população irá às urnas responder à pergunta: “Você é a favor de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político?”. A data da consulta será definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas terá de ocorrer em até dois anos depois da publicação do decreto.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Perito Molina confirma: Sarney votou mesmo em Aécio

Embora o ex-presidente José Sarney (PMDB) tenha negado, em nota oficial, que votou no tucano Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, o perito Ricardo Molina confirmou que as imagens que mostram a votação não sofreram trucagens e são autênticas; ou seja, mesmo aliado da presidente Dilma Rousseff (PT) e com um bottom dela no peito, Sarney votou no candidato da oposição.

247 - Embora o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) tenha negado, em nota oficial, que votou no tucano Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, o perito Ricardo Molina, a pedido do portal iG, confirmou que as imagens que mostram a votação não sofreram trucagens e são autênticas. Ou seja, mesmo aliado da presidente Dilma Rousseff (PT) e com um bottom dela no peito, Sarney votou no candidato da oposição.

Molina dividiu a análise em três fases. Na primeira, comparando o vídeo de corpo inteiro com um recorte mais fechado na urna eletrônica, ele observa que "trata-se da mesma filmagem, ou seja, a ampliação, na qual não há dúvidas de que o voto é 45, foi processada a partir do mesmo vídeo. A seguir, o perito mostra, a partir do vídeo original, uma sequência de frames que mostram o voto de Sarney no 45. "Não é possível discernir os números, mas é possível verificar que o dedo está na altura do 45 e que a gravação é a mesma da ampliação", atesta o perito.

Neste link, veja as imagens da análise do perito.

Randolfe defende diálogo com Waldez e diverge do PSB que anuncia oposição ao novo governo

Parece que após a derrota de Camilo Capiberibe no segundo turno das eleições, o PSOL e o PSB não falam mais a mesma língua, o que seria algo natural após as duas legendas consideradas de esquerda caminharem juntos nas eleições deste ano.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), visto por alguns como fervoroso combatente da corrupção, surpreendeu colegas de partidos e aliados políticos ao anunciar no seu perfil do twitter que se colocou a disposição do governador eleito Waldez Góes (PDT). 

"Passada as eleições, desmonto o palanque. Continuo o trabalho pelo Amapá, parabenizo o governador eleito e me coloco a sua disposição em BSB", tuitou Randolfe Rodrigues, surpreendendo até mesmo aliados do novo governador Waldez Góes. 

Waldez Góes foi preso em 2010 durante a Operação Mãos Limpas da Polícia Federal e responde diversas ações na justiça amapaense, onde é acusado de diversos crimes contra a administração pública.

O pedetista que já tinha governado o estado por oito anos teve seus dois governos marcados por diversos escândalos de corrupção e prisões de gestores e empresários. Além disso, Waldez Góes já foi condenado no chamado escândalo dos consignados, acusado desviar mais de 70 milhões de reais dos empréstimos consinados que deveriam ser repassados aos bancos.

A postura de Randolfe Rodrigues, único senador do PSOL, vai na contramão do discurso nacional do PSOL de ser intransigente no combate a corrupção e contraria o discurso do palanque eleitoral que foi tão batido pelo seu colega João Capiberibe (PSB-AP)), presidente estadual do PSB.

Senador Capi afirma que PSB vai fazer oposição ao governo Waldez

A confirmação de que o PSB deverá se comportar naturalmente como oposição ao governo Waldez, a patir de janeiro de 2015 foi dada pelo senador João Alberto Capiberibe por meio de uma nota em sua página no facebook. Capiberibe, além de ser pai do atual governador Camilo Capiberibe, derrotado no segundo turno, também é o presidente estadual do PSB no Amapá. 

A posição de Capiberibe foi divulgada um dia depois do segundo turno das eleições e aparentemente diverge da posição do PSOL, que foi tratado como aliado preferencial do PSB nas eleições de 2014, onde o professor Rinaldo Martins foi indicado pelos ensolarados pra ser vice na chapa de Camilo Capiberibe.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dora Nascimento fica neutra no segundo turno pra governo e deve assumir campanha de Dilma no Amapá

A vice-governadora do Amapá e ex-candidata do PT ao Senado, Dora Nascimento, que também faz parte do Diretório Nacional do PT, decidiu que vai permanecer neutra na disputa de governo neste segundo turno. A decisão foi amplamente debatida com dirigentes nacionais do PT, integrantes da sua corrente PTLM (Partido de Lutas e de Massas) e outras correntes aliadas do PT.

A proposta da corrente O Trabalho de defender a neutralidade na disputa pelo governo do Amapá também foi defendida por correligionários de Dora Nascimento, que após o episódio que ocasionou uma crise política entre o petismo local e o PSB do governador Camilo Capiberibe.

O PSB local decidiu direcionar votos de sua militância no senador eleito Davi Alcolumbre (DEM). Após isso, dirigentes e militantes que acompanharam a campanha de Senado, resolveram aconselhar a neutralidade política de Dora Nascimento que ainda é a principal liderança do PT no estado e teve uma votação expressiva no primeiro turno.

Dora Nascimento deve coordenar a campanha de reeleição da presidenta Dilma no Amapá e colocar essa tarefa na ordem do dia dos petistas, que mesmo diante da decisão por recomendação do PT nacional de manter aliança com o PSB que em troca teria o compromisso de apoiar Dilma.  

Mas até o presente momento o governador Camilo Capiberibe não fez nenhuma declação pública de apoio à Dilma, diferente do seu colega de partido Ricardo Coutinho que disputa reeleição do governo da Paraíba, que declarou em rede nacional o apoio ao PT de Dilma, se rebelando contra a decisão nacional do PSB de apoiar o tucano e neoliberal Aécio Neves.

A decisão do PT pra não apoiar Waldez Góes, ainda demonstra pouca disposição de fazer campanha para Camilo Capiberibe, pois alguns ainda não engoliram o que está sendo chamado de "traição do PSB" com Dora Nascimento no primeiro turno.

Para alguns petistas, a neutralidade é melhor caminho para não concordar com a volta da corrupção encabelada pelo candidato Waldez Góes e também para não compactuar com a marmelada do PSB que colocou em xeque a aliança de esquerda com o PT no final do segundo turno, quebrando um acordo selado antes das convenções partidárias com aval do Diretório Nacional do PT que colocava Dora Nascimento como candidata prioritária do PT e de Lula.

Adesão do DEM de Davi descaracteriza Frente Popular iniciada em 2010 pelo PSB e PT

Lideranças do PSB e PSOL comemoram apoio do DEM de Davi Alcolumbre. O evento não contou com a presença do PCdoB e do PT que discordam do apoio de um aliado de Sarney que foi base do governo da harmonia
O anúncio feito nesta quinta feira (09) no Macapá Hotel, do apoio do senador eleito Davi Alcolumbre (DEM) à reeleição do governador Camilo Capiberibe com direito a confetes e serpentinas de parte do PSB e do PSOL não contou com a comemoração do PT e do PCdoB local, aliados de primeira hora de Camilo e Dilma no Amapá.

Davi Alcolumbre que pertence à uma das famílias mais ricas e poderosas do Amapá e que historicamente sempre foi aliada de Sarney e silenciou durante oito anos para o descaso do governo da harmonia de Waldez Góes, pode ser analisado como uma descaracterização programática da aliança batizada em 2010 de Frente Popular e que foi encabeçada no primeiro turno daquelas eleições pelo PSB e o PT.

A concepção de Frente Popular seria reunir todas as forças de esquerda e progressistas para derrotar a corrupção e o atraso, mas a adesão do DEM de Davi Alcolumbre, um partido notoriamente defensor do atraso e do conservadorismo brasileiro que sempre combateu conquistas sociais e que tem sua gênese como partido que apoiou e defendeu a tortura e a ditadura militar no país.

O DEM de Davi Alcolumbre já foi Arena e o antigo PFL, que durante anos foi comandado pelo ex-governador Anibal Barcellos, que foi nomeado governador "biônico" do ex-território pelos militares que deram o golpe em 1964. A turma de Barcellos durante anos combateu o PSB, o PT, movimentos sociais e setores progressistas que durante anos lutaram contra a "herança maldita" do grupo de Barcellos de se apropriar do orçamento público e governador para as elites locais. 

Essa herança barcellista foi aprofundada durante a gestão do ex-governador Waldez Góes e contou com o apoio do grupo do antigo PFL, hoje o DEM de Davi Alcolumbre, que agora declara apoio ao governador Camilo Capiberibe, revelando verdadeiras contradições e o pragmatismo das alianças espúrias do PSB e do PSOL de atrair setores da direita para o seu palanque, pois algo parecido aconteceu na campanha de Clécio Luis no segundo turno, algo que foi muito criticado pelo PSB de João Capiberibe.

O fato é que o PT e o PCdoB que foram aliados de primeira hora do governador Camilo Capiberibe não se sentem muito a vontade de dividir o mesmo palanque de Davi Alcolumbre que foi eleito pelo Amapá e que claramente deverá fazer oposição sistemática ao PT caso a presidente Dilma Roussef seja reeleita.

Mas não é somente isso que causa fissuras dentro da Frente Popular, pois a família Alcolumbre não entra em bola dividida e pra apoiar Camilo Capiberibe deve ter feito seus pleitos, pois os mesmo sempre cobraram privilégios em governos que apoiaram. 

Camilo Capiberibe pode ser reeleito para um segundo mandato com uma aliança ampla e com seu governo comprometido com setores da direita local que querem um pedaço do estado pra satisfazer a sua gula por mais riqueza e isso a família Alcolumbre nunca escondeu de ninguém, pois não apoiam o atual governador porque viraram revolucionários de esquerda ou socialistas, mas porque os seus interesses podem ser atendidos pelo Setentrião.

Em tempo: Leia abaixo artigo publicado no blog da jornalista Alcilene Cavalcante (PSB? PSOL?), escrito por este blogueiro no ano de 2009 defendendo a formação da Frente Popular na eleição de 2010. Na época o PSOL de Randolfe boicotou a Frente e decidiu abraçar Lucas Barreto (PTB), que era claramente apoiado por Sarney.

O Papel da esquerda e uma Frente Popular para 2010

Alcilene Cavalcante em 17 de setembro de 2009

*Por Heverson Castro

A Frente Popular foi uma prática política surgida a partir da década de 30, que implicava na formação de uma coalização temporária entre a classe operária, organizada em partidos e sindicatos comunistas e social-democratas, por um lado, e parte da pequena e média burguesia democrático-liberal, por outro, com o objetivo de conquistar uma maioria parlamentar para realização de um programa conjunto.

Orientada de inicio contra as ameaças nazi-fascistas, foi também organizada para por fim ao poder da burguesia conservadora e seus aliados, na defesa da democratização econômica e política de determinada formação social.

A Frente Popular, sem constituir-se num movimento revolucionário, atuou nos marcos da legalidade, buscando a participação mais ampla das camadas populares no processo de decisão econômica e política, cuja estratégia é a consolidação e estabilização da democracia parlamentar e da economia capitalista.

Em alguns países, a Frente Popular possibilitou a ascensão ao poder das forças de esquerda, como na França em 1934 sob o governo presidido por Léon Blum, na Espanha em 1935-36 do governo Alcalá Zamora, e no Chile em 1970 com a vitória eleitoral de Salvador Allende.

É claro que o debate de se construir uma Frente Popular deve ser atualizado e adaptado para a atual conjuntura estadual. Nesse sentido essa frente, que será formado por partidos de esquerda e progressistas, movimentos populares, sindicatos, Centrais Sindicais, setores da classe média, movimentos populares, estudantis e a nossa intelectualidade, deve ser alvo de um grande debate na esquerda amapaense.

O debate de enfrentamento, também se dará com as novas formas de organização, que questionem a hegemonia da mídia oligarca. É onde entra o fortalecimento das mídias alternativas: jornais, blogs, sites, twitter e todas as ferramentas da internet que estejam em sintonia com o debate de democratizar a comunicação. É preciso não esquecer o papel importante das rádios comunitárias e de instrumentos de agitação e propaganda de rua, que deverão estar afinados com as mobilizações de ruas contra a direita local.

A Frente Popular deverá ter como tarefa principal unir as diversas forças de oposição para as eleições de 2010, tendo como foco o programa de derrotar o projeto da direita, alicerçado no governo Waldez e bancado por Sarney.

As forças de oposição devem avançar no debate sobre a Frente Popular com partidos e forças políticas que tem posições divergentes, mas que do ponto de vista local, podem e devem estar inserido em um programa que derrote a atual hegemonia da direita construída a partir do parlamento (camara, senado e assembleia), do executivo (governo e prefeituras), judiciário e a imprensa conservadora, que propagandeia e defende esse projeto de poder.

Na atual conjuntura as forças de esquerda encontram-se dispersas e sem a mínima unidade, tendo setores importantes cooptados pelo grupo de poder que controla o estado. Isso deve ser alvo de reflexão, tentando aliar as divergências ideológicas, sem perder o foco de sairmos vitoriosos em 2010.

Nesse sentido, os partidos de esquerda que terão candidaturas nacionais, que estarão em enfrentamento, deverão ter a maturidade política, de saber que o Amapá é uma exceção e que aqui é mais difícil derrotar Sarney, Waldez e as oligarquias locais. Temos que refletir, percebendo o papel que esses senhores desempenharam nas eleições de 2008.

Em 2008, a direita conseguiu vencer no poder econômico a prefeitura da capital e sofreram uma grande derrota para a esquerda em Santana, onde o PT saiu vitorioso em uma aliança com o PSB, PCdoB, PMN e outros partidos, defendendo um programa de centro-esquerda. Ganharam no dinheiro a capital, sofreram uma grave derrota política e perderam o segundo maior colégio eleitoral do estado.

Diante disso, devemos colocar o restante do ano de 2009 e inicio de 2010, como um período de mobilizações sociais e acúmulo de forças. Assim, a Frente Popular terá como tarefa central:
  1. Formular um Programa de Governo Democrático e Popular que será apresentado e discutido com o povo do Amapá em 2010.
  2. Derrotar a hegemonia política do grupo de poder que controla o executivo e o legislativo. Hoje esse grupo de poder tem o apoio incondicional da mídia conservadora e de amplos setores do judiciário, o que torna essa tarefa mais difícil, precisando de muito embate ideológico e mobilização social.
Heverson Castro – é membro do Diretório Municipal do PT de Santana e blogueiro.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Após o PSB trair Dora, Capi tenta se redimir ao defender voto em Dilma

A reunião da Executiva Nacional do PSB que decidiu declarar apoio ao senador tucano Aécio Neves foi recheada de divergências, mas a maioria do partido optou por apoiar a volta de um neoliberal de carteirinha pra disputar o Planalto.

O único a favor do apoio a Dilma foi do senador João Capiberibe (PSB-AP), que diante do desespero de tentar reeleger seu filho Camilo Capiberibe e tentar corrigir um erro estratégico de abandonar a candidatura de Dora Nascimento (PT), o que causou uma crise do PT com o PSB local que pode provocar uma ruptura com o governador neste segundo turno.

Parece que o clã Capiberibe tenta desconstruir algo que não tem explicação, pois ficou clara a traição do PSB na reta final da campanha, mesmo o PT tendo sido parceiro de primeira hora do governador Camilo Capiberibe, eleito em 2010, mesmo quando o socialista aparecida em quarto lugar nas pesquisas.

A facada pelas costas no PT não levou em consideração nem mesmo o enfrentamento feito por Dora Nascimento e Joel Banha, cujo grupo político operou nacionalmente para que o PT continuasse apoiando o PSB, contrariando os interesses de Sarney e Lula que defendiam que o PT apoiasse Waldez Góes e Gilvam Borges no primeiro turno.

Até mesmo diante da rejeição histórica de mais de 65% e do péssimo desempenho do governador Camilo Capiberibe nas pesquisas do Ibope logo no início da campanha, o PT não mudou de lado e permaneceu firme com Camilo, mesmo quando parte da opinião pública apostava que o atual governador não iria nem para o segundo turno. 

A lealdade do PT com Camilo não foi respondida a altura e o movimento do PSB na reta final da campanha coloca em xeque a continuidade da aliança vitoriosa de 2010, tudo por conta da vaidade e de uma briga histórica entre o clã Capiberibe e o clã Borges, revelando que o governo não era a maior prioridade do partido, mas sim derrotar seu desafeto para o Senado.

A postura do PSB não foi recíproca a lealdade do PT e isso pode custar caro à esquerda, já que diversos petistas não defendem a permanência do PT na aliança, outros defendem a neutralidade pra não apoiarem nem Camilo ou Waldez. O PSB pode ter cavado a própria cova ao fazer uma manobra sem combinar com o PT.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

PSB e PSOL ajudam a eleger Davi do DEM, aliado histórico de Sarney

O PSB e o PSOL do Amapá rasgaram de vez as suas histórias ao ajudar a eleger o deputado Davi Alcolumbre (DEM) como senador pelo Amapá no último dia 05 de outubro. A manobra que culminou com a traição de Dora Nascimento (PT) consagrou Davi do DEM como substituto da vaga de Sarney.

O deputado Davi Alcolumbre é um aliado antigo de Sarney e apoiou todas as eleições do maranhense pelo Amapá. A sua família é detentora de diversas rádios e TV´s no Amapá e comandam emissoras locais com Band e SBT.

Davi Alcolumbre disputava o legado de Sarney com outro apadrinhado político, Gilvam Borges (PMDB) num verdadeiro duelo de cacique da política tucuju. Ambos tinham acordos de bastidores com o oligarca maranhense e o próprio suplente de Gilvam Borges era um primo do deputado Davi Alcolumbre (Salomãozinho Alcolumbre) que é dono da TV Santana.

A relação de Sarney com a família Alcolumbre é antiga e o seu suplente de senador que era um Alcolumbre faleceu anos atrás. A lealdade dos Alcolumbre com Sarney impedia críticas de jornalistas ao senador maranhense nas suas emissoras por meio de um pacto silencioso. 

Um exemplo claro da censura e da proteção de Sarney pela família Alcolumbre foi a retirada do ar do radialista Carlos Carmezim, alinhado ao PSB que no início do ano foi tirado do ar pelo dono do SBT e da Rádio Marco Zero FM no Amapá.
A estratégia de Sarney foi lançar dois herdeiros de sua política coronelista no Amapá pra derrotar a eleição de uma candidatura de esquerda que era representada pela petista Dora Nascimento, que no final da eleição acabou sendo traída por dois partidos considerados de esquerda (PSOL e PSB). 

Só Dora realmente representava uma alternativa aos herdeiros de Sarney. Parece que o bigode continuará tendo influência com sua mão invisível na política do Amapá e já é aguardada a sessão de despedida de Sarney no Senado onde Davi Alcolumbre deve beijar a mão do seu principal padrinho político.

A traição contra Dora e o desabafo de Joel Banha

"Perder faz parte do jogo.Traição é decisão mesquinha que merece resposta. Sou Dilma 13 e Dora 131. Esta eleição não acaba hoje, não esqueça. Tem outro turno. Para o PT, o 2º turno será uma consequência do 1º turno".
Frase dita pelo presidente estadual do PT Joel Banha  no facebook ao saber que o PT tinha sido traído pelo PSB do governador Camilo Capiberibe e abandonado a candidatura de Dora pra eleger um senador de direita, Davi Alcolumbre (DEM), que também contou com o apoio do PSOL do prefeito Clécio Luis e do senador Randolfe Rodrigues.