sábado, 31 de maio de 2014

Vandalismo na eleição do Sinsepeap: carro de professora é vítima de atentado

Vandalismo em pleno pleito da eleição do Sinsepeap que acontece em todo o estado do Amapá neste domingo. 

Adversários da chapa 21 (Democracia e Unidade) que nos bastidores é considerada a preferida pra vencer a eleição da categoria, teve o carro de uma de suas integrantes atacado a pedradas em frente a sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que fica localizada rua Eliezer Levy no bairro do Laguinho em Macapá.

O veículo pertence a professora Ivanéia Alves, uma das integrantes da chapa que tem o apoio da CUT e apoia a professora Kátia Cilene como candidata à presidência do Sinsepeap, considerado o maior sindicato do Amapá em número de filiados.

Os integrantes da chapa não conseguiram identificar os responsáveis ou responsável pelo atentado, mas as suspeitas são de que o ato de vandalismo teria sido efetuado por adversários que também disputam a eleição.
A atual direção do Sinsepeap é dirigida pelo professor Aroldo Rabelo, filiado ao PSOL e a atual direção se esfacelou em 4 chapas. No total 6 chapas estaduais disputam a eleição escolherá além da direção estadual, as direções municipais e Conselho Fiscal.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Àgua pra vinho: Bruno Mineiro é o candidato ao governo apoiado pela Assembleia Legislativa sob as bênçãos de Sarney

Sérgio Santos | MZ

Assembleia Legislativa do Estado (Alap), com a chancela do senador José Sarney, confirmou hoje, 29, o deputado estadual Bruno Mineiro (PTdoB/AP) como pré-candidato ao governo do Estado.

Montado numa coligação composta pelo PMDB, PTdoB, Pros, PV e, provavelmente, o PSDB, o deputado Bruno Mineiro vai tentar chegar ao Palácio do Setentrião nas próximas eleições de outubro. É a segunda vez que a Assembleia tenta chegar ao Governo do Estado. Em 2010, coube ao deputado Jorge Amanajás cumprir esse papel, mas ficou pelo caminho.

A candidatura do parlamentar do PTdoB foi acertada nesta quinta-feira, 29, em uma reunião que contou com a participação do senador José Sarney (PMDB/AP), dos deputados estaduais Junior Favacho (PMDB), Sandra Ohana (PP), Michel JK (PSDB), do deputado federal Luís Carlos e do próprio Bruno.

A opção de Sarney por Bruno vai além da relação familiar que os dois mantêm há muito tempo – Mineiro é afilhado de batismo e político do velho senador maranhense. Levada pelas mãos do presidente em exercício da Alap, deputado Júnior Favacho, à apreciação de Sarney, a candidatura de Bruno representa um risco menor à própria tentativa de reeleição do senador, que, até então, vinha apostando suas fichas em Waldez Góes (PDT), que pode ser barrado em função dos vários processos que responde na Justiça por improbidade administrativa e outros crimes.

Vendo uma oportunidade para salvar-se a si mesmo, Sarney, que possui alto índice de rejeição do eleitorado amapaense, de pronto abençoou o afilhado que em breve deve anunciar oficialmente a sua pré-candidatura ao governo. O problema é que Bruno, que faz política a moda mineira, quietinho, também possui máculas de um passado recente nada abonador.

Não é novidade, por exemplo, que o parlamentar, agora pré-candidato, está com as contas bancárias bloqueadas pela Justiça em função do escândalo dos funcionários fantasmas, que segundo o MP, está envolvido.

Também não é novidade que o deputado está envolvido, até o pescoço, no uso indiscriminado das diárias superfaturadas pagas pela Alap à suas excelências e que foram denunciadas no Programa Fantástico.

E por último, não é novidade que a Alap, há muito tempo, quer implantar no Executivo Estadual o mesmo modelo de gestão é utilizado naquela Casa de Leis. Provavelmente, se isso viesse a acontecer, a harmonia entre os poderes estaria restaurada e o povo do Amapá voltaria a pagar mais essa conta espúria, já que está pagando a da Assembleia.

Concentração de riqueza: Donos da Globo e Veja estão na lista bilionários da Forbes

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Os irmãos João, Irineu e José ao lado de Roberto Marinho (de bigode)

No topo da lista da Forbes está o clã Marinho, dono das Organizações Globo, que aparece com uma fortuna acumulada de 64 bilhões de reais. 
 
Por Samantha Maia 
 
O patrimônio das 15 famílias mais ricas do Brasil, segundo lista divulgada pela revista Forbes, é dez vezes maior que a renda de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa Família. De acordo com a publicação americana, os 15 clãs mais abastados do Brasil concentram uma fortuna de 270 bilhões de reais, cerca de 5% do PIB do País. O Bolsa Família, por sua vez, atendeu 14 milhões de famílias em 2013 com um orçamento de 24 bilhões de reais, equivalentes a 0,5% do PIB.

Lidera a lista da Forbes a família Marinho, dona das Organizações Globo. Os irmãos Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho, José Roberto Marinho possuem uma fortuna de 64 bilhões de reais. Outra empresa de mídia que aparece na lista é o Grupo Abril, do clã Civita, com patrimônio de 7,3 bilhões de reais.

O setor bancário se destaca na origem das fortunas das famílias mais ricas do Brasil, representado pelos clãs Safra (Banco Safra), Moreira Salles (Itau/Unibanco), Villela (holding Itaúsa), Aguiar (Bradesco) e Setubal (Itaú).

Eram três os bilionários do Brasil em 1987, quando a Forbes produziu a primeira lista: Sebastião Camargo (Grupo Camargo Correa), Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim) e Roberto Marinho (Organizações Globo). Hoje são 65, 25 deles parentes, o que leva a revista americana a constatar que para se tornar um bilionário no Brasil, o mais importante é ser um herdeiro.

Segue a lista das famílias mais ricas do Brasil:
1)      Marinho, Organizações Globo, US$ 28,9 bilhões
2)      Safra, Banco Safra, US$ 20,1 bilhões
3)      Ermírio de Moraes, Grupo Votorantim, US$ 15,4 bilhões
4)      Moreira Salles, Itaú/Unibanco, US$ 12,4 bilhões
5)      Camargo, Grupo Camargo Corrêa, US$ 8 bilhões
6)      Villela, holding Itaúsa, US$ 5 bilhões
7)      Maggi, Soja, US$ 4,9 bilhões
8)      Aguiar, Bradesco, US$ 4,5 bilhões
9)      Batista, JBS, US$ 4,3 bilhões
10)  Odebrecht, Organização Odebrecht US$ 3,9 bilhões
11)  Civita, Grupo Abril, US$ 3,3 bilhões
12)  Setubal, Itaú, US$ 3,3 bilhões
13)  Igel, Grupo Ultra, US$ 3,2 bilhões
14)  Marcondes Penido, CCR, US$ 2,8 bilhões
15)  Feffer, Grupo Suzano, US$ 2,3 bilhões

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tucanos ou ratos? PSDB abandona o barco do PSB de Camilo Capiberibe

Deputado federal Luiz Carlos confirmou saída dos tucanos do governo do PSB
Depois de anunciada a candidatura do deputado estadual Bruno Mineiro sob as bênçãos do senador José Sarney (PMDB-AP), que deve disputar mais um mandato de senador pelo Amapá e tenta dinamitar e esvaziar o palanque do PSB, seu principal adversário político no estado, chegou a vez de Sarney mexer mais uma peça no seu jogo de xadrez político. 

O PSDB que tem como principal liderança o deputado federal Luiz Carlos, filho do desembargador Luiz Carlos Gomes e expoente do setor da pecuária no Amapá, que até então indicou a pasta da Diagro no governo Camilo Capiberibe, resolveu sair da aliança pela "governabilidade" e pular do barco do PSB, que pra alguns analistas políticos estaria afundando diante do forte bombardeio midiático e da oposição.

A notícia de que o PSDB entrega a Diagro foi confirmada pelo próprio deputado federal Luiz Carlos, que comanda a legenda tucana no Amapá. Os tucanos devem seguir o caminho ditado por Sarney e devem abraçar a candidatura do deputado Bruno Mineiro (PTdoB), que já contaria com o apoio do Pros da família Favacho do presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Junior Favacho.

Como diria o poeta Cazuza, parece que a piscina do PSB está cheia de ratos! E as ideias e justificativas do PSDB pra sair da aliança, assim como outros que até outro dia faziam parte do atual governo, não correspondem aos fatos.

Decisão do STJD pune e afasta Luciano Marba e Vicente Cruz do futebol amapaense‏

Sérgio Santos | MZ

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pune exemplarmente todos os envolvidos no esquema de manipulação dos resultados do futebol amapaense.

Em sessão realizada nesta quarta-feira, 28, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou e puniu com rigor todos os envolvidos o esquema de manipulação de resultado nas partidas de futebol dos campeonatos sub-20 e profissional de futebol do ano de 2013.

A 3ª Tuma do STJD multou Luciano Marba, presidente do Santos Futebol Clube, em R$ 20 mil, aplicou-lhe uma suspensão de 480 dias. Vicente Cruz foi multado em R$ 20 mil e mais 420 dias de suspensão. Helivam Brocoio recebeu multa de R$ 10 mil e 120 dias de suspensão. Jorge Antônio, R$ 5 mil e 120 dias de suspensão. Geydson foi punido com suspensão de 4 jogos.

Entenda do caso:
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) instaurou Inquérito para apurar denúncia de ocorrências de possíveis infrações disciplinares envolvendo dirigentes da Federação Amapaense de Futebol (FAF), membros da Comissão de Arbitragem e do Tribunal de Justiça, além do Santos Futebol Clube e de seu presidente, o empresário Luciano Marba (preso em operação do Ministério Público), consubstanciadas em supostos esquemas de manipulação de jogos do campeonato amapaense de futebol sub-23 e profissional do Estado do Amapá; O procedimento é presidido por Paulo César Salomão Filho, auditor do Pleno do STJD.

O inquérito (029/2014) é resultado de relatório do Ministério Público do Estado, assinado pelo promotor de Justiça Afonso Guimarães. Ele informou ao STJD sobre a existência de um procedimento investigatório em curso, inicialmente aberto para apuração de crime de homicídio, culminando com o desencademanento de "Operação Lucilius", em outubro do ano passado.

No curso da operação foram autorizadas escutas telefônicas, que revelaram suposto esquema de interferência e manipulação de resultado nas partidas de futebol dos campeonatos sub-20 e profissional de futebol do ano de 2013. De acordo com o promotor Afonso Guimarães, as escutas, transcritas no procedimento investigatório, apontam um possível esquema de manipulação que, na ótica do Ministério Público, teria a liderança de Luciano Marba Silva, presidente do Santos Futebol Clube.

Os diálogos retratados sugerem combinações entabuladas entre o presidente do Santos, o árbitro de futebol Antônio Jorge (que seria empregado da empresa de Marba), Vicente Cruz (diretor técnico da FAF), Carlos Guilherme (então presidente da Comissão de Arbitragem), além de outros envolvidos.

De acordo com William Figueiredo de Oliveira, subprocurador-geral do STJD, já há um histórico de desmandos e infrações na Federação Amapaense de Futebol e no Tribunal de Justiça Desportiva, lembrando a disputa nos tribunais entre o Oratório Recreativo Clube e o Santos. O STJD decidiu que o título de 2012 era do Oratório. A autorização para a abertura do inquérito foi dada no dia 13 de fevereiro pelo presidente do STJD, Flávio Zveiter.

No documento encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol, o promotor Afonso Guimarães revela que o advogado Oziel Artur Barros Borges, procurador da Justiça Desportiva no Amapá, integra o quadro de advogados de Luciano Marba, conforme mostra recibo anexado no valor de R$ 20 mil por honorários advocatícios. Afonso Guimarães anexou ainda um CD contendo áudio de interceptações telefônicas e suas transcrições e decisão para compartilhamento de provas da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá.

Mesmo não sendo citado pelo MP e nem apanhado em gravações, o presidente da federação, Roberto Góes, foi chamado ao STJD para prestar esclarecimentos junto com os demais dirigentes listados pelo promotor de Justiça Afonso Guimarães.















quarta-feira, 28 de maio de 2014

MP-AP ajuíza nova ação de improbidade contra o ex-governador Waldez Góes

Ascom | MPE

O Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP), por intermédio da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Cultural de Macapá (Prodemap), ingressou com mais uma ação de improbidade administrativa cumulada com pedido de ressarcimento ao Erário contra o ex-governador Antônio Waldez Góes; o ex-diretor da Rádio Difusora de Macapá, Carlos Luiz Pereira Marques; o proprietário da Rádio Comunitária dos Bairros Pedrinhas e Araxá, Valdêz Alcântara da Silva; e o ex-presidente de associação, Ivanildo Souza. O argumento foi o uso da Rádio Difusora de Macapá (RDM) em benefício de campanha eleitoral, em 2006.
O fato
Enquanto governador, Waldez Góes convocou à residência oficial o senhor Valdêz Alcântara, então proprietário da Rádio Comunitária dos Bairros Pedrinhas e Araxá e forte liderança naquela região. O objetivo era fechar um acordo para obter o apoio do líder comunitário e restringir o acesso de adversários políticos aos programas da referida rádio.
De acordo com a ação, Waldez Góes garantiu, como recompensa para o líder, sua eleição para presidente do Conselho Tutelar e a aquisição, através do Governo do Estado, de uma nova potência para a rádio comunitária, em substituição ao equipamento danificado. Após a proposta ser aceita, Waldez Góes incumbiu Carlos Marques, gerente da Rádio Difusora de Macapá, de celebrar um convênio para a liberação dos recursos necessários, em cumprimento ao acordo.
Com o impedimento da liberação do recurso em nome de Valdêz Alcântara, o convênio foi celebrado entre a emissora estatal e a Associação dos Renais e Transplantados do Amapá (Arta), na época, presidida por Ivanildo Souza, que estava com o CNPJ regularizado. O convênio de nº 002/2006 repassou para a conta da associação, de nº 8823-4, Agência 4544-6, do Banco do Brasil, o valor de R$ 11 mil, em 11 de agosto de 2006.
Segundo apurou a Prodemap, no dia 17 de agosto do mesmo ano o valor foi sacado e repassado para Ivanildo Souza, que ficou com R$ 1.500,00, a título de comissão, e o saldo remanescente de R$ 9.500,00, repassado a Valdêz Alcântara, que jamais prestou contas do valor recebido.
Mesmo todos confessando as práticas de delito perante a Procuradoria da República, Valdêz Alcântara declinou ser Waldez Góes o articulador do pacto e recebeu ameaças de morte do então diretor Carlos Marques e do advogado da emissora, Marcelo Leal. Atendendo aos pedidos da família, Valdêz Alcântara foi até a sede da Procuradoria da República para retirar a denúncia formulada e solicitar proteção de vida.
O processo do MP-AP menciona perceber-se uma "ação deliberada de uma quadrilha orquestrada para dilapidar o patrimônio público em prejuízo de toda a sociedade".
De início, a ação de nº 8279-02.2009.8.03.0001 - 2ª Vara Cível, foi ajuizada somente contra Carlos Marques, Ivanildo Souza e Valdêz Alcântara da Silva, porém, esclarece o promotor de Justiça Adauto Barbosa, que "foi constatada a participação direta de Waldez Góes nos atos ilícitos, e uma nova ação foi ajuizada". Nesta, o MP-AP "pede a condenação dos réus pela prática de improbidade administrativa, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, inscrição no Cadastro Nacional dos Condenados por Improbidade Administrativa, ressarcimento do Erário e demais sequelas de direito (Proc.nº14443-41.2013.8.03.0001- 2ª Vara Cível)."

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Justiça decreta prisão de Luciano Marba e sua quadrilha: dono da LMS é considerado foragido

Marba é considerado foragido e estaria fora do país

Do blog do Nezimar Borges 

Logo que a Justiça decretou - na manhã desta quinta-feira, 15 - a prisão de Luciano Marba, interlocutores dele na imprensa informam que empresário se encontra na Europa visitando o filho que, dizem esses jornalistas, Marba Jr estaria naquele país jogando futebol.

O mandado de prisão preventiva foi decretada pelo juiz, Matias Neto, da 4a Vara Criminal de Macapá. Além de Marba, a Justiça decretou a prisão  preventiva também do empresário, Ademar Barbosa(suposto sócio de Marba), da ex-secretária de educação, Miriam Corrêa, de Edilberto Silva, Bruno Nascimento e Eliomar Ribeiro.

O Ministério Público investiga ainda as relações do deputado Moisés Souza com a LMS, empresa de vigilância do qual Marba aparece como dono. A suspeita é que Moisés Souza, ou é dono da LMS , ou é sócio da empresa, pois há fortes indícios de que Moisés e Marba formataram a teia de corrupção que postergou a empresa por todos esses anos no Estado no contrato de mais de R$40 milhões.

O comercial do PT que ensandeceu a oposição e a grande mídia

Allan Ramalho enquadra a "patricinha" Aline Gurgel e manda ela cobrar explicações da sogra

“Vossa excelência está fazendo um debate pessoal. Mas se queres cobrar tanto a lisura no poder público, peça mais informações de sua sogra, a deputada Telma Gurgel." 

A frase acima é do vereador de Macapá Alan Ramalho (PSB) ao enquadrar e colocar a vereadora Aline Gurgel no seu devido lugar, mandando ela fazer a ‘lição de casa’, pedindo pra representante de uma das famílias mais ricas do Amapá no parlamento da capital, cobrar explicações de sua sogra, a deputada estadual Telma Gurgel (PR), já que a própria não quis dar entrevista ao Fantástico, colocando as mãos na frente da câmera da rede Globo.
Aline Gurgel tentou, mas não conseguiu debater com bancada do PSB
A sogra de Aline Gurgel, virtual candidata ao governo pelo PR é uma das deputadas na lista de 21 parlamentares que estão na mira do Ministério Público sob suspeita de usar indevidamente recursos da Assembleia Legislativa. Telma Gurgel também foi afastada da presidência da Fiap por gestão temerária na instituição.

A bancada do PSB na Câmara de Macapá outro dia diante de um debate sobre as vítimas de um incêndio no bairro Perpétuo Socorro provocou choro na vereadora do PR, que não aguentou debater e foi bombardeada pela dupla de advogados Allan Ramalho e Washington Picanço, os dois edis do PSB.

Oposição corrupta sofre mais um revés no TRE-AP que multa Waldez Góes e TV Tucuju

TRE-AP multa Waldez Góes e TV Tucuju por propaganda eleitoral antecipada


Por Elton Tavares do TRE

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), em sessão realizada nesta quarta-feira (14), multou Antônio Waldez Góes da Silva em R$ 5.000,00 (cinco mil) e Beija-Flor Radiodifusão LTDA – EPP (Sistema de Comunicação Tucujú – TV Tucujú Canal 24), em R$ 20.000,00 (vinte mil), por propaganda eleitoral antecipada. A condenação é fruto de representação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

Conforme o processo, Waldez Góes realizou propaganda Eleitoral antecipada durante o programa “Tribuna Amapaense” exibido no dia 10 de abril de 2014, pela TV Tucujú. 

Durante a entrevista no referido programa televisivo, Waldez Góes colocou-se como o mais apto ao cargo de governador do Amapá, na tentativa de desequilibrar a disputa eleitoral, tendo em vista que não fora concedido aos demais possíveis candidatos a mesma possibilidade de acesso e/ou mesmo tempo no referido programa.

Por unanimidade, a Corte julgou procedente a propaganda eleitoral antecipada, de acordo com o voto do juiz relator do caso, Vicente Gomes. O Desembargador Carlos Tork divergiu quanto à multa aplicada a cada um dos representados, estipulada no valor mínimo de R$ 5.000,00, de acordo com a Legislação. O magistrado entendeu que a TV Tucuju é reincidente no crime de propaganda extemporânea e aplicou a penalidade de pagamento de R$ 20.000 ao veículo de comunicação. 

O julgamento ficou empatado em 3 a 3. A decisão foi tomada por meio do voto de minerva do presidente do TRE-AP, Desembargador Raimundo Vales, que acompanhou a divergência, por conta da comprovada reincidência da TV Tucuju na referida conduta. 

Propaganda eleitoral antecipada 

Conforme o artigo 36 da Lei nº 9.504/1997, a propaganda eleitoral feita antes do dia 6 de julho é propaganda antecipada. A conduta, que privilegia o candidato infrator em detrimento do equilíbrio da disputa, é punida com multa que varia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)  a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou o equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

Participaram da sessão os juízes Raimundo Vales (Presidente), Carlos Augusto Tork de Oliveira, Ernesto Collares, Elayne Cantuária, Vicente Gomes,  Anselmo Gonçalves da Silva e Fabio Lobato. Também presente o Procurador Regional Eleitoral, Dr. Miguel Lima.

Sueli Pini samba na cara do PMDB-AP de Sarney e Gilvam Borges

Desembargadora Sueli Pini enfrenta fúria de coronéis da política amapaense
TRE-AP julga improcedente exceção de suspeição da desembargadora Sueli Pini

Por Elton Tavares do site do TRE

Em decisão unânime, na sessão realizada nesta quarta-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) julgou improcedente a exceção de suspeição interposta pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro  (PMDB), em face da Desembargadora Sueli Pini, referente a quatro recursos eleitorais. A decisão teve consonância com o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, de acordo com o voto do juiz relator, Ernesto Colares. 

Na ação, o PMDB pediu o impedimento da Desembargadora para julgar processos da própria agremiação. A alegação é que a magistrada seria amiga de João Alberto Rodrigues Capiberibe, o qual é Presidente Regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e inimiga de Gilvam Pinheiro Borges, membro do PMDB. 

Outro motivo seria a filiação do filho de Sueli Pini no PSB, além do mesmo ser servidor público e ocupante de cargo de confiança na autarquia estadual Amapá Previdência (Amprev), conforme consta no portal transparência.

Em seu voto, o juiz relator do caso, frisou que as alegações foram analisadas, porém, representante não juntou aos autos provas suficientes para demonstrar a alegada suspeição da magistrada. 

“Desse modo, resta demonstrado que a presente exceção de suspeição não demonstrou nenhuma das hipóteses legais de impedimentos e suspeição previstas nos artigos 134 e 135 do Código de Processo Civil, ante a ausência de fundamentos plausíveis para o acolhimento da pretensão dos excipientes”, ponderou o  juiz relator do caso. 

Participaram da sessão os juízes Raimundo Vales (Presidente), Carlos Augusto Tork de Oliveira, Ernesto Collares, Elayne Cantuária, Vicente Gomes,  Anselmo Gonçalves da Silva e Fabio Lobato. Também presente o Procurador Regional Eleitoral, Dr. Miguel Lima. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Camilo enfrentou esquema de Marba na Seed, cortou na própria carne e contrariou a tia Raquel Capiberibe

Governador vem tentando desmontar há 4 anos teia de corrupção na Seed, cirada pra favorecer empresa LMS em licitações. Teve que recorrer ao MP, MPF, PF e romper com parte da família
A matéria exibida no último domingo, 11, pelo programa Fantástico da Rede Globo mostra claramente o modus operandi de uma organização criminosa que vem sendo investigada pelo MP, denunciada e que há quatro anos o atual governo vem tentando desmontar as suas teias que eram renovadas há cada tentativa de se promover uma licitação decente no maior contrato público-privado do Amapá.

Não é de hoje que se tem conhecimento do submundo dos interesses empresariais e políticos comandados pelo empresário Luciano Marba. A sua relação com políticos poderosos no Amapá é antiga. Isso ficou claro quando o Ministério Público descobriu, após apreensão de documentos na Operação Eclésia, que Marba pagava contas particulares do deputado estadual Moisés Souza (PSC), presidente por duas vezes afastado pela justiça do comando da Assembleia Legislativa.

A teia de influência de Marba é extensa e vai desde o mundo empresarial até o futebol, política e ao pagamento de setores influentes da imprensa, principalmente jornalistas que até ontem eram considerados respeitados na opinião pública, mas que em troca de algumas moedas são capazes de defender até bandidos de colarinho branco. 

Tanto é fato que a influência de Marba foi longe, que não contente com o forte lobby político que detém por meio de deputados estaduais na Assembleia Legislativa, já que nos bastidores comenta-se por meio de fontes que a LMS teria patrocinado diversas campanhas de políticos no Amapá.

Marba foi ao limite quando percebeu que seu esquema e projeto de poder empresarial que consome R$40 milhões/ano dos cofres do Estado estaria ameaçado diante da ofensiva do atual governador Camilo Capiberibe de tentar moralizar um contrato que inclusive no governo passado foi alvo escândalos e disputas políticas entre Moisés Souza e a esposa do governador na época que pipocou vídeos envolvendo o ex-secretário Adauto Bittencourt que claramente defendida os interesses da empresa Amapá Vip, que conforme relatórios da Polícia Federal tinha como forte aliada a hoje deputada estadual Marília Góes.

Foi então que Marba em 2011, ainda no início do governo Camilo Capiberibe, onde a ex-titular da Secretaria de Educação Merian Corrêa, que fora indicada pela conselheira aposenta do TCE Raquel Capiberibe, tia do governador e irmã do senador João Capiberibe, resolveu se aproximar de alguém com muita influência no governo para atender seus interesses e manipular concorrências públicas que pudessem por meio de vícios que seriam questionados pela LMS na justiça, retardar o processo de licitação para o serviço de vigilância armada na Seed.

Marba resolveu se aproximar do marido de Merian Corrêa, conhecido por Beto, um funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, flagrado em vídeo gravado pelo próprio Marba, colocando cerca de R$ 100 mil no bolso. Além disso, Marba também se aproximou da madrinha política de Merian Corrêa, nada menos que Raquel Capiberibe. figura com forte influência na época dentro do PSB e tia governador.

A relação de Marba com Raquel Capiberibe não é segredo no mundo político. Após brigas de Raquel com o restante da família e principalmente o sobrinho por supostamente ferir seus interesses na Seed ao exonerar sua pupila, ela teria rompido e declarado guerra ao atual governo se juntando inclusive com setores atrasados da política amapaense na eleição para prefeito de Pedra Branca do Amapari onde subiu no palanque dos adversários do PSB e soltou os cachorros no sobrinho.

Raquel Capiberibe, não obstante em se juntar com a turma da "harmonia" em Amapari e ser flagrada ao lado de Waldez Góes, Marília Góes, Moisés Souza e cia, resolveu se desfiliar do PSB e entrar no PMN, mesmo partido de Marba. A dupla recentemente lançou uma dobradinha onde Marba seria candidato ao governo e tia Raquel candidata ao Senado.

As revelações do Fantástico só nos mostram que o governador Camilo Capiberibe ao enfrentar os interesses nada republicanos da organização criminosa de Marba, conforme aponta o MP, também teve que enfrentar uma briga intestinal dentro da família porque desagradou a tia Raquel Capiberibe. Tomar uma decisão dessas não é fácil e muito menos pra qualquer governador que vem de uma família com forte tradição na política.

Camilo Capiberibe ao cortar na própria carne exonerando Merian Corrêa no inicio do seu governo, mostra agora que cala a boca da oposição quando os mesmos vociferam que ele não tem controle do que acontece nos bastidores do seu governo e pratica atos de um príncipe de uma oligarquia. Na verdade o governador fez o que poucos de uma família com tradição na política teriam coragem ao peitar alguém do seu próprio sangue com forte poder dentro do seu partido.

Marba não contava que um governador que foi eleito em 2010 com o apoio de apenas dois partidos no primeiro turno (PSB/PT), pregando a mudança, a transparência e o combate a corrupção diante de um Estado falido e desmoralizado por operações da PF que levou as mais altas autoridades do governo pra cadeia, fosse contrariar e brigar com sua tia e por isso se aproximou da ex-conselheira do TCE.

Que o exemplo republicano de Camilo Capiberibe ao enfrentar organizações criminosas poderosas e de cortar na própria carne pra combater a corrupção que rouba o futuro de milhares de pessoas, seja seguido por outros políticos no Amapá.  Pois o povo não tolera mais ver um estado tão pequeno sendo assaltado por pessoas mal intencionadas e sendo roubado por uma elites política como foi de práxis nos oito anos de governo da dita "harmonia", comandada por Waldez Góes sob as bênçãos de Sarney, onde a corrupção imperava em diversos poderes como Executivo, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas, que não se fiscalizavam como se fosse algo normal na cultura política atrasada que foi praticada por políticos e agentes públicos no período de 2003 a 2010.

Geralmente práticas como essas diante da conjuntura de um estado ainda marcado pela cultura provinciana e pelo "jeitinho brasileiro" de que roubar é normal na política é pouco levado em consideração pelo povo na hora de votar, e como 2014 é  ano eleitoral, que se leve em consideração e que se compare o comportamento do atual governo que enfrenta e combate a corrupção, criando mecanismos de controle e transparência e o governo passado de "harmonia", onde dois ex-governadores foram parar na Papuda, acusados de chefiar o desvios de mais 1 bilhão dos cofres, gerando uma crise que até hoje sentimos ao procurarmos os serviços públicos. 

A corrupção mata e no passado matou bebês e pacientes com o apoio e omissão de um ex-governador que agora aparece na TV como se fosse inocente dos crimes praticandos, apostando na memória fraca de uma parte do eleitorado, na impunidade e na cultura corrupta de um estado provinciano como Amapá. Isso deve ser combatido todos os dias, pois não se realiza mudanças profundas e estruturantes do dia pra noite. 

A ruptura com as velhas práticas foi feita e os ventos da mudança ainda sopram a favor do Amapá!

Membros do MP-AP reúnem imprensa e apresentam provas das denúncias de corrupção no contrato de vigilância da SEED

Os promotores de Justiça Afonso Guimarães, Eder Abreu, Flávio Cavalcante e Adauto Barbosa, acompanhados pelo subprocurador Geral de Justiça para Assuntos Administrativos e Institucionais, Márcio Augusto Alves, prestaram esclarecimentos à imprensa, ontem (12), na Procuradoria Geral de Justiça, a respeito das denúncias de corrupção contra o empresário Luciano Marba e servidores públicos veiculadas em rede nacional de televisão, no último domingo (11). Os membros do Ministério Público do Amapá (MP-AP) apresentaram gravações e documentos que fundamentaram a ação e que embasaram a matéria que mostrou o esquema envolvendo os denunciados.

A matéria mostrou como operavam representantes da empresa LMS Vigilância e Segurança Privada LTDA, do empresário Luciano Marba, e servidores do Governo do Estado do Amapá (GEA) para garantir o contrato de prestação de serviço de vigilância para Secretaria de Estado da Educação (SEED), no valor de R$ 43 milhões/ano. As imagens foram gravadas pelo empresário e aprendidas pelo MP-AP em sua casa.

A ex-secretária de Educação do Estado, Miriam Corrêa; seu marido, ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF), Edilberto Pontes; os membros da Comissão Especial de Licitação, advogado Bruno da Costa Nascimento e Eliomar Sozinho Ribeiro, presidente da referida Comissão; e o empresário Luciano Marba; foram citados na matéria por terem sido denunciados pelo MP-AP.

Voz ao povo: Vídeo produzido pela Juventude Revolução! Constituinte já!

Entrevista: promotor Adauto Barbosa descarta envolvimento de Claudia Capiberibe com Marba e desmoraliza emissora de Gilvam Borges

Matéria completa mostra esquema montado por Marba na Seed e farra de deputados na Assembleia Legilativa

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Janete Capiberibe parabeniza ação do MP no combate á corrupção e denuncia omissão de parte da mídia

Brasília, 12/05/2014 – Em discurso no Plenário da Câmara, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) parabenizou o Ministério Público do Amapá pelas ações de combate à corrupção. “O Poder Executivo e o Ministério Público estaduais estão determinados a erradicar o câncer da corrupção, proteger o patrimônio público e social e os interesses do povo do Amapá”, afirma.

Segundo ela, desde 2010 a corrupção foi banida do Executivo do Amapá, “A quadrilha que agia dentro do Governo, roubando dinheiro dos amapaenses, foi tirada pela Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, e pelo voto dos amapaenses, em 2010, e da Prefeitura de Macapá, em 2012. Agoniza, por que não tem abrigo no Governo e no Ministério Público. O governador Camilo foi eleito para combater a corrupção e a combate!”

A socialista elencou as ações do GEA para interromper o desvio de recursos pelas empresas de segurança. “Todos os acusados ou envolvidos no esquema do empresário Marba foram afastados ou exonerados; em Junho de 2011, o governador Camilo denunciou o senhor Luciano Marba à Polícia Federal por extorsão; em Novembro de 2011, constituiu  comissão de fiscalização da licitação referente aos serviços de vigilância da Secretaria de Estado da Educação para garantir maior segurança jurídica e lisura; em Março de 2014, denuncia Bruno da Costa Nascimento ao Delegado Geral de Polícia por indícios de irregularidades nas licitações que conduzia”.

A deputada lembra que “desde 2011, o Governo tenta implantar novo processo licitatório, dividindo em 11 lotes o serviço de vigilância na Secretaria de Educação. Porém, em todas as ocasiões, decisões liminares da Justiça do Amapá suspenderam esses procedimentos”.

Segundo a deputada, as campanhas de calúnia promovidas por parte da mídia tentam “reconduzir ao poder a quadrilha afastada pela Polícia e pelo voto, os corruptos atacam desesperadamente quem os combate. Em espaços comprados de rádio, TV e jornais com o dinheiro da corrupção entre 2003 e 2010, atuam os porta-vozes do crime para atacar co mentiras o Governo do Estado e o Ministério Público. Um abuso resultante da concentração dos meios de comunicação  nas mãos de quem é conivente  com políticos e empresários corruptos”, afirmou.

Com relação à Assembleia Legislativa, a deputada Janete disse que 21 dos 24 deputados tiveram os bens bloqueados pelo uso ilegal da verba indenizatória e diárias, maiores que qualquer casa legislativa do País, que se presta à corrupção. Afirmou que a redução do orçamento exagerado da Assembleia é uma insistência do governador Camilo, já que os mesmos recursos usados indevidamente pelos deputados estaduais faltam aos serviços públicos essenciais.

Emissoras de Gilvam tentam colocar todos na lama, mas MP desmente envolvimento de primeira-dama em esquema de Marba

Redação | MZ

Tão logo a reportagem do Fantástico foi exibida neste domingo, 11, abordando as extorsões praticadas por Luciano Marba, da empresa L.M.S., começou a circular nas emissoras do Sistema Beija-Flor e nas redes sociais que existia um vídeo envolvendo a primeira-dama do Estado, Cláudia Camargo Capiberibe, na prática criminosa.
Em relação a esse assunto, o promotor responsável pelo caso, Adauto Barbosa, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado é Notícia, que não existe nenhuma evidência a respeito disso. "Numa situação dessa é muito fácil atirar para todos os lados", comentou.

O promotor foi enfático ao declarar que, se tivesse algo, ele seria o primeiro a denunciar, como fez nos governos anteriores quando esposas e sogras de ex-governadores praticaram irregularidades administrativas.
Confira a íntegra da entrevista concedida ao O Estado é Notícia
Repórter Ney Pantaleão
Circula desde a manhã de hoje um vídeo onde o Ediberto, marido da ex-secretária de Educação, ele acaba afirmando após uma pergunta feita supostamente pelo empresário Luciano Marba, de que quem opera esse esquema de propina dentro do Governo do Estado chama-se Cláudia Camargo Capiberibe. O senhor tem conhecimento desse fato?
Promotor Adauto Barbosa
Não tem nenhuma evidência a respeito disso... nenhuma, nenhuma. É muito fácil atirar para todos os lados numa situação dessa. Geralmente, isso é comportamento de pessoas mal orientadas. Operadores do direito, que têm mais traquejo, não atiram para todos os lados. Ele procura desconstruir ou desconstituir todas as provas que o Ministério Público conseguiu levantar. Agora, imputar à esposa do governador condutas criminosas que nós identificamos com muita clareza quem pagava e quem recebia, é um despropósito. Em toda a documentação que o Ministério Público conseguiu apurar, não tem nenhuma, nenhuma, nenhuma, evidência nesse sentido, até porque, se tivesse, eu seria o primeiro a dizer. 
Como eu fiz nas vezes anteriores, nos governos anteriores, quando eu vi envolvimento de esposa de governador, quando eu vi envolvimento de sogra de governador, também com irregularidades administrativas, eu sempre disse. Mas nós precisamos ter muita segurança para fazer essas afirmações porque, neste caso, nem evidência temos a respeito disso.

Deu no Fantástico: Concorrências públicas do Amapá são manipuladas com suborno

O empresário Luciano Marba confessou pagamento de propina pra servidores corruptos da Seed
Um imenso esquema de notas fiscais frias levou a Justiça a bloquear bens de 21 dos 24 deputados estaduais do Amapá. Tem até compra de ração para cachorro nas despesas parlamentares.
A reportagem especial começa mostrando flagrantes de corrupção, em dinheiro vivo. Quem registrou a entrega do dinheiro a um servidor público foi o próprio empresário que pretendia se dar bem.
“Estou indo agora, mais uma vez, entregar o dinheiro. Depois vocês vão ver a sequência desses capítulos”. Quem diz isso é o empresário Luciano Marba, dono de uma firma de vigilância que, desde 2010, presta serviço ao governo do Amapá. Ele está levando dinheiro para corromper um funcionário público da capital e faz questão de gravar tudo. (Veja no vídeo acima)
Dentro do carro, Luciano e um funcionário dele conversam com um assessor da Secretaria de Educação. O objetivo é garantir que a empresa da qual é dono continue prestando serviço de vigilância à secretaria.
O estado iria abrir uma licitação e a firma de Luciano poderia perder a disputa. A certa altura da conversa, Luciano dá o valor da propina: “Deixa só eu te falar aí: eu consegui 15”. Ele quer dizer R$ 15 mil.

Depois, o funcionário dele entrega dois maços de dinheiro. Quem recebe é Bruno da Costa Nascimento, que, segundo o Ministério Público, era assessor da Secretaria de Educação na época em que o vídeo foi gravado.

Bruno garante que já está tudo acertado: “Nossa parte vai ser feita. Faça a sua, que a nossa vai ser feita”.
O valor do contrato passa de R$ 40 milhões por ano. “É o maior contrato do estado em termos de tamanho, de prestação e em termos de volume financeiro também é o maior contrato”, diz Antonio Cléber dos Santos, procurador-geral do Amapá. 
O vídeo foi gravado em fevereiro de 2013. Um ano antes, o empresário tinha gravado outra entrega de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, Edilberto Pontes Silva, marido da então secretaria estadual de Educação, Miriam Alves Correa, recebeu R$ 100 mil. “Isso é um crime com o objetivo de deixar que a empresa continue no contrato e para não permitir que o estado do Amapá faça licitação”, afirma o procurador-geral.
Com informações privilegiadas, Luciano teria condições de barrar a licitação na Justiça para que a empresa dele continuasse sendo a única prestando o serviço de segurança para a secretaria.
Os vídeos foram descobertos durante a investigação do Ministério Público em uma operação de busca e apreensão na casa do empresário. Luciano confirma ter gravado os vídeos e se diz vítima de extorsão, praticada por funcionários públicos.
“Fui obrigado a pagar porque eles iam conseguir a falência da minha empresa. Você vira refém na mão dessas pessoas que têm mais poder que você”, diz ele.
O Fantástico foi até a casa a ex-secretária estadual de Educação, Miriam Alves Correia, e do marido dela, Edilberto Pontes Silva, mas eles não receberam nossa equipe nem retornaram as ligações.
Já Bruno da Costa Nascimento disse ao Fantástico que recebeu dinheiro de Luciano porque prestava serviço particular ao empresário: “Todo o dinheiro do Luciano Marba que eu recebia era pagamento dos meu honorários advocatícios que fazia consultoria particular, algumas audiências trabalhistas, sempre acompanhei isso. Por isso, recebi meus honorários particularmente, nada de governo”.
“Dizem que os criminosos são inteligentes, mas aqui e acolá a gente encontra um com baixa inteligência, mas que, pelo menos, ajudam o poder público a investigá-los e a provar contra eles, porque, raramente, se encontra um corruptor filmando a entrega do dinheiro”, afirma Afonso Guimarães, promotor do Ministério Público de Amapá.
Deputada estadual Telma Gurgel (PR),  matriarca do Clã Gurgel que comanda o PR, que tem como candidata ao governo a sua nora e vereadora da capital Aline Gurgel, também é citada em suposto esquema de uso indevido de recursos da Assembléia Legislativa
JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DE 21 DOS 24 DEPUTADOS ESTADUAIS DO AMAPÁ
 
A deputada que bota a mão sobre a lente da câmera do Fantástico no vídeo acima se recusa a explicar o envolvimento dela no maior escândalo da história da Assembleia Legislativa do Amapá. Os bens dela e de outros 20 deputados estaduais foram bloqueados pela Justiça.

Do total de 24 parlamentares, só três escaparam. Dois, porque morreram durante a investigação. E as provas contra a deputada Cristina Almeida ainda não foram analisadas.
São 100 mil indícios reunidos pelo Ministério Público, uma montanha de notas fiscais apresentadas pelos parlamentares para justificar despesas de todo tipo, inclusive, de ração para cachorro. Segundo os promotores, a maioria das notas é falsificada.

“Não imaginávamos fosse cometer erros tão grosseiros, de valores altíssimos, para justificar as despesas por eles realizadas”, diz o promotor Adauto Barbosa.

A investigação começa no bufê do Valdir. De acordo com as notas apresentadas pelos deputados, eles teriam comprado no local R$ 1 milhão em refeições. Isso em menos de 10 meses. “Para os deputados que estão envolvidos nas notas fiscais falsas, eu não trabalhei para nenhum”, ele diz.
Com a nota de número 315, por exemplo, o deputado Agnaldo Balieiro recebeu reembolso de R$ 5.250 da assembleia. Só que a verdadeira, de número 315, está em branco. Ainda não foi usada.
Próximo destino é uma loja de aparelhos eletrônicos. A nota 587 tem como valor R$ 9 mil e a nota 587 verdadeira, R$ 64. Outra de R$ 9 mil seria, na verdade de R$ 90.
Falsificações que foram além. Ivana Gonçalves é filha do empresário que teria emitido uma nota de R$ 11,1 mil para um deputado. Só que na data da emissão, o pai dela já estava morto e a empresa, fechada há meio ano. “Absolutamente falsa!”, ela avisa.

Depois das primeiras denúncias, há dois anos, os deputados se apressaram em cortar 75% da verba indenizatória a que cada um tinha direito, mas mantiveram as diárias de viagens que, segundo o Ministério Público, são as mais altas do Brasil: podem passar de R$ 4,4 mil, dependendo do destino. Despesas que não precisam ser justificadas.

Santana é a cidade mais próxima da capital Macapá. O limite entre os municípios fica a exatamente 18 quilômetros da Assembleia Legislativa do estado. Toda vez que um deputado sai de Santana e vai até Macapá, supostamente a trabalho, ganha diária. Basta atravessar uma ponte para a viagem de menos de 15 minutos ser considerada intermunicipal, o que dá direito a quase dois salários mínimos e meio. Com esse esquema, pelas contas do Ministério Público, só em 2013, os 24 deputados estaduais embolsaram R$ 19 milhões.
Assembleia é palco de escândalos e corrupção apontada pelo MP
Na Assembleia Legislativa, o deputado Edinho Duarte foi escolhido por seus pares para defender o parlamento. “Eu vejo uma assembleia com medo. Por acaso um deputado aqui não pode receber diárias para exercer a sua função de parlamentar viajando pelos municípios e para fora do estado do Amapá?”, ele questiona.

O Fantástico foi, de casa em casa, tentar entrevistar os demais deputados acusados pelo Ministério Público de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Em nenhuma residência passamos do portão.

O deputado Agnaldo Balieiro aceitou conversar no gabinete dele. Só não estava preparado para uma surpresa. A nota fiscal do bufê do Valdir.
Fantástico: O senhor nunca fez uma nota falsa?
Agnaldo Balieiro: Não, não...
Fantástico: Como é que o senhor explica essa nota aqui, deputado? R$ 5 mil. A nota verdadeira que nós conseguimos é essa aqui. O senhor pode olhar que é o mesmo número: nota 315. A nota 315, inclusive, não foi usada. Como é que isso aconteceu?
Agnaldo Balieiro: Eu preciso de um tempo para poder analisar realmente a origem. É difícil lembrar especificamente de uma nota.

Antes de acabar a entrevista, o deputado apela: “Eu queria que você pensasse muito, Marcos, porque uma matéria dessas pode acabar com a gente, né cara?”.
Para a procuradora-geral de Justiça do Amapá, não tem perdão: “É um estado pobre e a gente vê uma verdadeira festa com o dinheiro público”.
Indignação que já ganhou as ruas. No dia em que o Fantástico chegou ao Amapá para fazer essa reportagem, pacientes do maior hospital do estado, em cadeiras de rodas, com pernas e braços quebrados, protestaram contra a péssima situação da saúde.
As obras de um novo centro hospitalar estão abandonadas há mais de uma década. As autoridades do estado alegam falta de dinheiro para resolver o problema.