Sérgio Santos | MZ
Assembleia
Legislativa do Estado (Alap), com a chancela do senador José Sarney,
confirmou hoje, 29, o deputado estadual Bruno Mineiro (PTdoB/AP) como
pré-candidato ao governo do Estado.
Montado numa coligação composta pelo PMDB, PTdoB, Pros, PV e,
provavelmente, o PSDB, o deputado Bruno Mineiro vai tentar chegar ao
Palácio do Setentrião nas próximas eleições de outubro. É a segunda vez
que a Assembleia tenta chegar ao Governo do Estado. Em 2010, coube ao
deputado Jorge Amanajás cumprir esse papel, mas ficou pelo caminho.
A candidatura do parlamentar do PTdoB foi acertada nesta
quinta-feira, 29, em uma reunião que contou com a participação do
senador José Sarney (PMDB/AP), dos deputados estaduais Junior Favacho
(PMDB), Sandra Ohana (PP), Michel JK (PSDB), do deputado federal Luís
Carlos e do próprio Bruno.
A opção de Sarney por Bruno vai além da relação familiar que os dois
mantêm há muito tempo – Mineiro é afilhado de batismo e político do
velho senador maranhense. Levada pelas mãos do presidente em exercício
da Alap, deputado Júnior Favacho, à apreciação de Sarney, a candidatura
de Bruno representa um risco menor à própria tentativa de reeleição do
senador, que, até então, vinha apostando suas fichas em Waldez Góes
(PDT), que pode ser barrado em função dos vários processos que responde
na Justiça por improbidade administrativa e outros crimes.
Vendo uma oportunidade para salvar-se a si mesmo, Sarney, que possui
alto índice de rejeição do eleitorado amapaense, de pronto abençoou o
afilhado que em breve deve anunciar oficialmente a sua pré-candidatura
ao governo. O problema é que Bruno, que faz política a moda mineira,
quietinho, também possui máculas de um passado recente nada abonador.
Não é novidade, por exemplo, que o parlamentar, agora pré-candidato,
está com as contas bancárias bloqueadas pela Justiça em função do
escândalo dos funcionários fantasmas, que segundo o MP, está envolvido.
Também não é novidade que o deputado está envolvido, até o pescoço,
no uso indiscriminado das diárias superfaturadas pagas pela Alap à suas
excelências e que foram denunciadas no Programa Fantástico.
E por último, não é novidade que a Alap, há muito tempo, quer
implantar no Executivo Estadual o mesmo modelo de gestão é utilizado
naquela Casa de Leis. Provavelmente, se isso viesse a acontecer, a
harmonia entre os poderes estaria restaurada e o povo do Amapá voltaria a
pagar mais essa conta espúria, já que está pagando a da Assembleia.
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