quinta-feira, 28 de maio de 2015

PCO sobre Clécio e a greve em Macapá: "PSOL ataca greve como PSDB"



Prefeito "socialista" Clécio Luís, repete tucanos e aciona justiça contra professores em greve para interditar a mobilização dos grevistas. Sindicalistas do PSOL e PSTU rebaixam a pauta para colaborar com "ajustes" do governo

Diante da mais combativa greve de trabalhadores da educação do município de Macapá, o prefeito Clécio Luís, do PSOL, numa tentativa desesperada de quebrar a mobilização, resolveu atacar o direito de greve e entrar com ação judicial, solicitando à “Justiça” o impedimento das ocupações de prédios públicos e de avenidas limítrofes ao edifício da prefeitura, da realização de piquetes, além do uso de bandeiras e faixas nesses prédios.

A medida direitista tomada por Clécio, o interdito proibitório, constitui-se num ataque direto à categoria em greve há mais de um mês, sendo este tipo de ofensiva patronal frequentemente utilizada por banqueiros, empresários e toda a sorte de governos antioperários que acionam a justiça burguesa como meio de criminalizar as greves e neutralizá-las “legalmente”.
Com a medida, a “Justiça”, atendendo ao pedido do prefeito determinou a proibição de ocupações de prédios públicos, especialmente o da prefeitura, assim como a ocupação da Avenida FAB (avenida mais importante do centro da Capital), a realização de piquetes, além do uso de bandeiras e faixas, assim como praticamente todo o método tradicional de luta da classe trabalhadora. Atendendo ao prefeito, a justiça ainda determinou que o descumprimento acarretará em multa de 10 mil reais ao sindicato da categoria.

Em clara ameaça aos grevistas, como qualquer governo burguês, Clécio avisou que não deixará de buscar “caminhos legais” para garantir o funcionamento de sua cúpula de gestão e ainda classificou, em nota oficial da prefeitura, a última ocupação legítima da prefeitura pelos trabalhadores de “ato isolado”, “sem o apoio da maioria” e “sem amparo legal”.

A mobilização histórica dos professores, iniciada na segunda semana de abril, à qual se somaram também os trabalhadores da saúde do município já tomou diversas vezes a Avenida FAB e ocupou duas vezes o prédio da prefeitura, encurralando o prefeito que desafia a categoria e insiste no aumento miserável de 4% para os trabalhadores que não cobre nem a inflação atual, em torno de 8%.

Com a intransigência do prefeito, a direção da Executiva Municipal de Macapá do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá), controlada pelo PSTU/Conlutas e apoiada pela presidência do Sindicato, nas mãos do PSOL, resolveu mais uma vez rebaixar a pauta da categoria, que sob a orientação do PSTU/Conlutas reivindicava o já rebaixado percentual de 13,01% concedidos pelo governo federal, apresentando ao prefeito o pagamento desse percentual em duas parcelas e por último, já com a intervenção do PSOL, novo rebaixamento de pauta foi feito, diminuindo o percentual de 13,01% para 8%. Evidenciando a enorme disposição de arrego desses partidos diante do governo da “frente de esquerda“.

Tal política de rebaixamento constante da pauta para chegar a um acordo com a política de “ajuste” e arrocho salarial do governo psolista representa uma tremenda traição à luta dos trabalhadores. É preciso passar por cima da decisão do poder reacionário da “Justiça”, mantendo a greve, as mobilizações e os piquetes para obrigar o prefeito a atender as demandas e justas reivindicações dos trabalhadores que devem, igualmente, superar a direção sindical pelega da executiva municipal do sindicato e da direção geral da entidade, controlados pela esquerda pequeno-burguesa, PSTU e PSOL, tomando a base o direcionamento de sua própria luta de maneira independente dessa burocracia como único meio de garantir suas conquistas.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Perseguição política de Waldez e Robson, afirma presidente do PT sobre denúncias infundadas da PGE


Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, 14, o vereador Richard Madureira (PT), que é presidente do PT em Santana e ex-secretário de Turismo no governo Camilo Capiberibe, que tinha Dora Nascimento (PT) como vice-governadora, rebateu as denúncias infundadas dos adversários políticos do PT e da esquerda que estão no comando do governo Waldez. 
O presidente do PT, Richard Madureira, que tem se destacado pela oposição firme aos desmandos da gestão Robson Rocha (PR) e pelo caos instalado em Santana, desmascara o que classifica "armação" com o dedo de Waldez Góes e de seu primo Alberto Góes por meio da PGE. Alberto Góes seria a "mãos invisível" do governador Waldez na Prefeitura e passou a comandar o desgoverno de Robson, após ser nomeado Secretário Municipal de Governo em Santana.

 A denúncia foi ofertada Procurador de Waldez Góes, Narson Galeno, investigado junto com o governador do PDT na Operação "Mãos Limpas" da Polícia Federal, deflagrada em setembro de 2010 e que levou o atual governador em 2010 para o presídio da Papuda em Brasília e envergonhou os amapaenses em cadeia nacional.

Abaixo a Nota de Esclarecimento do Vereador Richard Madureira
O vereador do município de Santana Richard Madureira - PT, vem a público esclarecer que as denúncias ofertadas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), a respeito de sua conduta administrativa enquanto exerceu o cargo de secretário de Estado do Turismo, são infundadas e possuem cunho político, tendo por objetivo atingir o ex-governador Camilo Capiberibe e sua equipe de governo, criando fatos para mascarar os desmandos da atual gestão do governador Waldez Góes e sua inoperância. Classificamos como perseguição política, característico que quem não tem foco e compromisso com a gestão e a população.

1. Deixa claro que a licitação citada na denúncia feita pela PGE/GEA não foi efetivada, não teve contrato e tampouco foi homologada, justamente porque não atendiam os interesses da gestão pública e comprometeriam a execução das ações.

2. Todos os procedimentos administrativos feitos na sua gestão frente à Secretaria de Estado do Turismo (SETUR) ocorreram de forma legal e transparente, podendo ser verificados em todos os processos ali gerados.

3. O vereador coloca-se à disposição de qualquer órgão de controle ou fiscalização para esclarecimentos, entendendo que é dever de todo agente público trabalhar com responsabilidade e transparência.

O vereador Richard Madureira tem mantido uma atuação firme diante a situação em que se encontra o município de Santana, denunciando o abandono e a falta de compromisso das gestões estadual e municipal. Vale ressaltar que Santana tem a frente o prefeito Robson Rocha, cujo secretário de Governo Alberto Góes é primo do atual governador. O vereador sabe que em função de sua postura, sofreria perseguição política, mediante a aliança existente entre as duas gestões e os planos políticos de Robson Rocha para reeleição. O parlamentar enfatiza ainda que na administração do ex-governador Camilo Capiberibe, muito se especulou por parte dos opositores possíveis desmandos, mas nada se comprovou, nenhum agente público foi preso ou sofreu qualquer tipo de sanção, garantindo uma gestão com compromisso, ao contrário da atual administração que atualmente governa o Estado.

Vereador Richard Madureira – PT

O malogro de Clécio Luis: Greve da educação completa 30 dias

 
Após recusarem reajuste de 4% proposto pela Prefeitura de Macapá, os professores entraram em greve. Nesta quinta-feira, 14, faz trinta dias que os trabalhadores da educação municipal cruzaram os braços para cobrarem do prefeito Clécio Luís (PSOL) o reajuste do piso nacional, que este ano é de 13%.

“O reajuste oferecido pela prefeitura não cobriu nem a inflação deste ano. A nossa intenção é manter o diálogo com o município porque, a cada dia, a adesão ao movimento aumenta na greve, sendo uma das maiores ocorridas em Macapá”, disse o vice-presidente da executiva municipal do Sinsepeap, Ailton Costa.

Em entrevista ao “Diário do Amapá”, edição desta quinta, o prefeito descartou totalmente a possibilidade de atender a reivindicação de 13,1% de reajuste aos servidores da educação. “Lamentavelmente, eu não posso aumentar essa proposta porque seria irresponsabilidade da minha parte pelo fato de que quebraria completamente o município. Esse reajuste que estamos oferecendo, por si só, se concedido, já não seria suportado pela atual realidade econômica em que vivemos, com a queda da arrecadação motivada pelo desemprego no setor privado e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios)”, alegou Clécio ao jornal.

Enquanto não há entendimento entre a prefeitura e o sindicato da categoria, professores e alunos continuam fora da sala de aula.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sátira: A agenda do servidor de MalWaldez

‪#‎É12naVeia‬
 Agenda do Servidor: Waldez Góes dá zero de aumento para o servidor, mas aumentou seu próprio salário pra 30 mil.

Isso mostra que de besta ‪#‎MalWaldezGóes‬ não tem nada, pois besta mesmo foi o servidor que acreditou e votou nele achando que iria ter seu salário valorizado.

O reajuste zero faz parte da ‪#‎AgendadoServidor‬ que ele prometeu em campanha, afirmando que iria negociar e tratar tudo que fosse da área do funcionalismo pessoalmente.

MalWaldez tá fazendo mesmo o que prometeu e tratou pessoalmente de aumentar seu salário e do secretariado e assessores do governo.


Além disso, aumentou as escalas extras dos policiais militares (que levam zero de reajuste) e sobrecarregou os profissionais da enfermagem que não tem direito a plantão porque ele só gosta dos médicos mui amigos.

Sem falar os professores, cujo sindicato (Sinsepeap do Aroldo Rabelo) tá caladinho para o governador que deu zero e não é tachado de opressor. #É12naVeia dosServidores

Síndrome do Escorpião: PSOL foi quem primeiro traiu Dora e o PT

Na semana passada, os militantes e dirigentes do PSOL ocuparam as redes sociais, se oportunizando do discurso da lealdade política em torno de alianças eleitorais e acordos políticos entre os principais partidos de esquerda no Amapá que foram protagonistas da Frente Popular (PT, PSB, PCdoB e PSOL) nas eleições de 2014 que teve como candidato ao governo Camilo Capiberibe, que disputou a reeleição e a candidata ao Senado, a petista Dora Nascimento.

Mas parece que a militância do PSOL esqueceu de fazer a autocrítica quando o assunto é falar da grande "trairagem" da eleição de 2014, apagando da memória o que as lideranças ensolaradas fizeram no verão passado. Aqui é importante lembrar que o senador Randolfe Rodrigues e o prefeito Clécio Luís, ambos do PSOL, foram a correia de transmissão ou os principais articuladores da estratégia política de convencer o PSB a trair Dora Nascimento e o PT para depositar votos em Davi Alcolumbre (DEM), visando o cumprimento de acordo da eleição de 2012, no segundo turno, onde o PSOL foi apoiado pelo hoje senador eleito em 2014.

Na campanha de 2014, os éticos do PSOL que atualmente condenam a síndrome do escorpião do PSB e dos Capiberibe, após tentar viabilizar a candidatura de do senador Randolfe ao governo, que não decolou pelo grande desgaste do PSOL em Macapá, na época por conta das dificuldades do prefeito Clécio Luis na gestão da Prefeitura de Macapá e dos ataques do Sistema Beija-Flor comandados pelo ex-senador “boi de piranhas” Gilvam Borges, as lideranças do PSOL acuadas e sem alternativa, procuraram garantir espaço na chapa majoritária das esquerdas no Amapá.

Para isso, Clécio e Randolfe trabalharam nos bastidores pra indicarem a vaga de vice na chapa do ex-governador Camilo Capiberibe (PSB), abrindo assim espaço para o acordo político de apoiar integralmente o nome de Dora Nascimento (PT) como candidata ao Senado da República. Até aí tudo bem, se não fosse à falta de compromisso do PSOL, do prefeito Clécio Luis (PSOL) e do senador Randolfe Rodrigues (PSOL) em rasgar um acordo construído entre as lideranças do PT, PSOL e PSB de apoiarem a candidata de esquerda da Frente Popular ao Senado.

O prefeito Clécio Luis, chegou inclusive a participar da Convenção do PT que homologou o nome de Dora Nascimento como candidata ao Senado, dando sua palavra aos milhares de petistas presentes na Orla do Santa Inês. Mas tudo não passava de jogo de cena e do ensaio para o veneno da síndrome de escorpião que estaria pra ser injetado no PT durante a campanha.

Logo no início da campanha eleitoral, um vídeo que circulou nas redes sociais do então Secretário da Prefeitura de Macapá, Maykon Magalhães, que também é da Executiva Estadual do PSOL, apareceu coagindo servidores e cargos comissionados da PMM a votar e pedir voto para o candidato Davi Alcolumbre do DEM, afirmando que “a candidatura de Dora do PT não era para valer”, quebrando o acordo com a coligação, que apoiava Dora Nascimento do PT ao senado federal, iniciando assim, um processo de esvaziamento da candidatura da petista.

É importante lembrar ainda, que o próprio senador Randolfe Rodrigues, considerado por opositores internos do PSOL um dos maiores traidores da esquerda, foi um dos maiores traidores de Dora Nascimento e também de Camilo Capiberibe, já que ficou todo o primeiro turno do lado do então candidato ao governo Lucas Barreto (PSD), que estava coligado com Davi Alcolumbre numa chapa claramente de direita, empresarial e conservadora.

Quando as pesquisas do Ibope apontavam a ida de Camilo Capiberibe e do atual governador Waldez Góes para o segundo turno e uma possível vitória apertada de Gilvam Borges (PMDB) ao Senado para Davi Alcolumbre, segundo informações dos bastidores do PSOL e do PSB, aí se deu a cartada final da Operação Síndrome de Escorpião para trair Dora e o PT.

Randolfe e Clécio operaram pesado dentro do PSB para convencer o senador João Capiberibe e o governador Camilo Capiberibe, sendo o elo da traição final para esvaziar a candidatura do PT e eleger Davi Alcolumbre com a finalidade de derrotar Gilvam Borges. As ordens então partiram de dentro do Palácio do Setentrião e do PSB nas redes sociais do partido para traírem Dora. Um grande operação arquitetada inicialmente pelo PSOL e abraçada pelo PSB.

Randolfe só subiu no palanque da Frente Popular apenas no segundo turno, quando as forças conservadoras do Estado, estavam praticamente todas com Waldez Góes (PDT), incluindo Lucas Barreto. Como se constata, o PSOL é um dos principais responsáveis pelo divisionismo da esquerda amapaense.


Diante disso, chegamos à conclusão com a pergunta que não quer calar: O PSOL precisa explicar pra sociedade amapaense por que também sofre de fato da Síndrome do Escorpião?

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Pedido de vista suspende análise de denúncia contra conselheiros do TCE investigados pela operação Mãos Limpas

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou, na última quarta-feira (6), a análise do recebimento de denúncia contra conselheiros e servidores do Tribunal de Contas do Amapá (TCAP) acusados de desviar R$ 150 milhões dos cofres da instituição.

A denúncia do Ministério Público (MP) é resultado de investigações conduzidas no âmbito da operação Mãos Limpas, deflagrada em 2010 pela Polícia Federal.

O relator do caso no STJ, ministro João Otávio de Noronha, votou por receber a denúncia contra os dez envolvidos para que respondam a ação penal pelos crimes de peculato, ordenação ilegal de despesas e associação criminosa.

Os ministros Humberto Martins, Maria Thereza de Assis Moura e Herman Benjamin acompanharam o voto do relator. O julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que anunciou disposição de levar seu voto já na próxima sessão da Corte Especial, agendada para o dia 20 deste mês.

De acordo com a denúncia do MP, diversas condutas ilícitas teriam sido praticas no TCAP entre 2001 e 2010. O esquema incluía a emissão de cheques e saques em dinheiro vivo, direto na boca do caixa, de elevadas quantias da conta bancária da instituição. Os saques teriam ultrapassado a cifra de R$ 100 milhões.

As investigações apontam o pagamento irregular de diversos auxílios aos envolvidos, reembolso ilícito de despesas médicas e o pagamento de passagens aéreas e de salários, em dinheiro vivo, a pessoas que não faziam parte do quadro de funcionários. Os valores seriam sacados diretamente pelos conselheiros ou por servidores por eles indicados.

O ministro João Otávio de Noronha justificou seu voto pelo recebimento da denúncia com base nos indícios de materialidade e autoria dos crimes. A comprovação dos ilícitos apontados, no entanto, só será feita no curso da ação penal, com a análise de provas, caso a denúncia venha a ser recebida pela Corte Especial.

Em análise de questões preliminares, o colegiado rejeitou o desmembramento do processo e rejeitou a arguição de inconstitucionalidade da composição da Corte.

Denunciados
Júlio Miranda foi presidente do Tribunal de Contas do Amapá. O conselheiro é apontado como comandante do esquema de apropriações e desvios de verbas do órgão. Foi denunciado por peculato pelos saques em espécie entre 2005 e 2010, recebimento de ajuda de custo para si, reembolso de despesas médicas e pagamento de folha de salários a pessoas sem vínculo com o tribunal e a servidores “fantasmas”. Também foi denunciado por ordenação ilegal de despesas e associação criminosa.

Paulo Celso, ex-diretor financeiro do tribunal, é acusado de sacar, sozinho, R$ 84 milhões, durante o período apurado. Foi denunciado por peculato em razão de saques em espécie, reembolso de despesas médicas e pagamento de salários a pessoas sem vínculo, e também por ordenação ilegal de despesas e associação criminosa.

Os conselheiros Amarildo Favacho, Raquel Capiberibe e Manoel Dias foram denunciados por peculato devido aos saques em espécie e ao recebimento de ajuda de custo indevida, e por associação criminosa.

Luiz Fernando Garcia, conselheiro aposentado, foi denunciado por peculato em razão do reembolso de despesas médicas e do recebimento de ajuda de custo irregular, e por associação criminosa.
Waldir Ribeiro é acusado de peculato pelos saques em espécie e de associação criminosa.

Nelci Vasques, servidora comissionada, foi denunciada por peculato em virtude de ter assinado cheques usados nos saques e por associação criminosa.

Regildo Salomão foi denunciado por peculato devido ao recebimento de ajuda de custo, e por associação criminosa.

Maria do Socorro Monteiro, subprocuradora-geral de Justiça que atuava na corte, teria recebido pessoalmente R$ 39 mil a título de verba de “reestruturação de gabinete” e foi denunciada por peculato. O relator não recebeu a denúncia por associação criminosa contra ela em razão da prescrição da pretensão punitiva.

Jovens negros são mais vulneráveis à violência no Brasil, mostra relatório

Dados são do relatório Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014

Da Agência Brasil

Dados do relatório Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014 mostram que a população negra entre 12 anos e 29 anos é a principal vítima da violência. O estudo, divulgado nesta quinta-feira, revela que os estados onde o jovem negro corre mais risco de exposição à violência estão na Região Nordeste. Alagoas tem o maior coeficiente do Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) – Violência e Desigualdade Racial, medido numa escala de 0 a 1.

Em seguida, Paraíba, Pernambuco e Ceará são classificados como tendo uma alta no índice de vulnerabilidade, de acordo com o levantamento feito pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Ministério da Justiça e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil. Entre as unidades da Federação com coeficientes abaixo de 0,3 estão São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais e o Distrito Federal.

O indicador inédito incorpora na dimensão da violência a desigualdade racial e mostra que a cor da pele e o risco de exposição à violência estão relacionados. O índice será usado pelo Plano Juventude Viva, que tem o objetivo de reduzir a vulnerabilidade de jovens negros, para orientar políticas públicas.

O secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, disse que a violência em Alagoas já havia sido diagnosticada, o que levou o governo federal a iniciar, pelo estado, a implantação do Juventude Viva. Para ele, a vulnerabilidade da população negra está ligada a uma questão histórica e, apesar dos avanços alcançados, a desigualdade ainda é estrutural. “Essas melhoras não foram suficientes ainda para que a gente criasse uma igualdade entre brancos e negros. Ainda são os negros que ganham menos no mercado de trabalho, que têm menos acesso às políticas públicas e estão sujeitos a maiores dificuldades sociais encaradas no país”.

O relatório traz ainda comparativos específicos sobre as taxas de homicídio de negros e brancos. “Os jovens negros no Brasil são duas vezes e meia mais vítimas de homicídio do que o jovem branco”, alerta a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. Em algumas localidades, a proporção chega a 13 vezes, como é o caso da Paraíba. “[Isso] revela um quadro agudo e extremamente grave”, acrescenta. Em segundo lugar em relação aos homicídios de jovens negros está Pernambuco, onde o risco é de 11,57 vezes maior, seguido de Alagoas com um coeficiente de 8,75. O Paraná é o único estado onde a vulnerabilidade relacionada ao homicídio é maior para os brancos, 71,2.

Para mudar esse cenário, o secretário nacional de Juventude defende medidas de combate ao preconceito racial. “Temos estados em que a situação é mais grave, portanto [há] a demanda de apresentação de uma política, não só de uma política que chegue ao território, mas uma política que consiga também ter um enfoque de combate ao racismo”.

Outro índice apresentado no relatório é o IVJ – Violência, que existe desde 2008. Para esta edição, foram analisados 288 municípios com mais de 100 mil habitantes. Os índices mais altos estão, mais uma vez, no Nordeste onde, entre os 59 locais analisados, mais de 20 têm coeficientes altos. A região com mais localidades analisadas foi a Sudeste, onde os coeficientes foram os mais baixos. De 139 municípios da Região Sudeste incluídos no indicador, só seis estão no grupo de muito alta exposição de violência.

Para Samira, um conjunto de fatores leva a este resultado. “São as condições socioeconômicas dessa população. São normalmente territórios com Índice de Desenvolvimento Humano mais baixo, com problemas de evasão escolar, renda per captaextremamente baixa. São territórios que, em geral, concentram uma série de indicadores socioeconômicos piores que o da média brasileira”.

Com relação à efetivação das ações do Juventude Viva, o secretário nacional de Juventude admite que existem dificuldades no monitoramento, pois o pacto é feito com os estados e depois com municípios. Segundo ele, uma nova fase do programa está sendo elaborada e a ideia é que, ao contrário do que ocorre hoje, o governo federal tenha mais participação nas diretrizes de segurança pública, atribuídas atualmente, aos estados.

“Essa fase prevê uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Segurança Pública que atribui à Federação mais responsabilidades em organizar um sistema nacional que englobe toda uma estrutura nacional que corresponsabiliza o governo federal com os estados e municípios pelo enfrentamento da violência e pela discussão de segurança pública”, destacou.

Para Gabriel Medina, a elaboração de indicadores como o IVJ são essenciais para aprimorar o trabalho da secretaria. “Precisamos ter índices e indicadores para que a gente possa enfrentar. Se a gente não trabalha com eles, muitas vezes, nós não conseguimos aferir resultados nos programas e iniciativas do governo”.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Justiça publica o aumento da nova tarifa de ônibus em Macapá, que passa para R$ 2,30

O aumento no valor da tarifa de ônibus concedido pela Justiça no último dia 30 de abril foi publicado no Diário Oficial e, segundo informações do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), deverá vigorar a partir desta quarta ou quinta-feira; a Prefeitura de Macapá recorreu e espera reverter a decisão

Caso o município não consiga reverter o valor da nova tarifa concedido pela juíza Keila Christine Banha B. Utzig, o preço na passagem no serviço de transporte coletivo passa de R$ 2,10 para R$ 2,30 ainda nesta semana. O Setap, porém, alega que a tarifa ideal é R$ 2,70 e pretende continuar recorrendo à Justiça para chegar a esse valor.

Já a prefeitura contesta a posição do sindicato e cobra melhorias no serviço. “A maioria das empresas que operam no sistema insiste em oferecer para a população ônibus precários, sem as condições necessárias de conforto e segurança aos usuários”, afirma o município através de nota. Na referida nota, a PMM diz ainda ser contra qualquer tipo de aumento na tarifa do transporte público.

Do Amapá 247