quinta-feira, 19 de julho de 2018

"Capi acabou com a escravidão do povo da floresta", afirma castanheiro Zé Félix do Cajari

Capi conversa com castanheiro Zé Feliz de Água Branca do Cajari (Foto: Gilmar Pureza)
Zé Félix, tem 77 anos, é agricultor e durante muitos anos viveu da extração da castanha, mora com a esposa, dona Cecília, a dois quilômetros da Água Branca do Cajari, no ramal Boca do Braço. 

Conheceu João Capiberibe na década de 80. Um castanheiro e o outro secretário de Agricultura do Governo do Amapá. “Esse homem tirou a gente da escravidão”, declarou Félix ao reencontrar o amigo, cuja amizade tem mais de 30 anos.

Os dois se viram neste fim de semana, quando o senador Capiberibe retornava de Laranjal do Jari. Ao ver o carro parado no ramal, Zé Félix ficou meio assustado. Mas, logo falou: “É tu Capi” e os dois se abraçaram. Homens de realidades diferentes, que em comum têm o amor pela floresta.

Falante e sorridente, o castanheiro foi logo dizendo que Capi tinha os livrado de escravidão. “Antes nossa castanha não tinha valor. Era difícil até vender e quando vendia era pro atravessador, que pagava o que queria. Até que um dia ele apareceu por aqui e prometeu mudar tudo isso. Claro, que ninguém acreditou. Como isso seria possível? Então, um mês depois, já tinha um trator abrindo esse ramal. Depois, ele comprou um barco, que pegava nossa castanha e levava para vender em Santana e Macapá. Foi como se tivesse nos libertado da escravidão”, lembrou Félix.

"E como tu conheceu a Cecília?", perguntou o senador. 

Rindo, Zé Félix lembrou da época que João Capiberibe foi governador do Amapá e promoveu o programa Visão para Todos. “Eu estava cego, devido a catarata, e um grupo de pessoas de Vitória e Laranjal do Jari foi em um ônibus para fazer os exames e a cirurgia. Ficamos no Ginásio Avertino Ramos. A Cecília estava neste grupo, mas não a conhecia. Começamos a conversar depois da cirurgia, quando a visão voltou. Aí, conversa vai, conversa vem, e no retorno pro Jari já viemos casados”, lembrou.

Zé Félix disse que Capiberibe faz parte da sua vida em dois grandes momentos. Primeiro com a construção do ramal e o barco, depois com a cirurgia, que lhe trouxe a visão e um novo amor. “Quem conhece o Capi sabe que o amor dele por esse Estado é verdadeiro. Afinal, o que ele ganha ao entrar nesse ramal para ver um velho castanheiro?”, questionou.

O senador Capiberibe se despediu do amigo e dentro do carro comentou: "Ele não sabe mas é esse abraço que renova a força e nos faz seguir em frente”. (Paulo Ronaldo)

terça-feira, 17 de abril de 2018

Coronel versus governador na frente do capa preta

O coronel Barbosa, ex-comandante da PM, sentou na frente do capa preta para resolver querelas e embates políticos que tem travado nas redes contra o governador Waldez Góes (PDT). Barbosinha como é conhecido carinhosamente na roda de amigos, tem atirado de forma certeira e esclarecido a tropa sobre a falta de apoio e valorização por parte do governador, que não anda muito bem avaliado entre os militares. A PM historicamente é mais yellow que blue!

Faca na caveira!

Barbosinha não arregou diante do seu comandante máximo e muito menos pediu pra sair! Não foi curso pra caveira, mas passou incólume no treinamento do capa preta, imposto por Waldez Góes.

O governador processa judicialmente Barbosa nos tribunais por conta do seu dedo em riste nas redes sociais, sempre na defesa da tropa e dos servidores que amargam parcelamento de salários, perdas salarias, ao mesmo tempo que são obrigados a enfrentar uma onda de violência da maior crise da história recente da Segurança Pública, que coloca o Amapá como o 5º estado mais violento da federação.

Parece que é Waldez quem vai ter que pedir pra sair!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Crise na Segurança: Capiberibe quer que PF investigue onda de execuções no Amapá

Senador Capiberibe informou que acionará Ministério da Justiça para que a Polícia Federal investigue a onda de execuções em série no Amapá, que tem amedrontado a população. Diversas vítimas da onda de violência são jovens de periferia sem escandecentes criminais.
No site http://mzportal.com.br/?p=29555

O número de execuções no Amapá se tornou corriqueiro e pouco são as respostas do setor de segurança pública para os crimes. 

Na noite da última segunda-feira, 22, foram registradas quatro mortes, em Macapá, com características de execução. Diante da situação que tem deixado em pânico a população do Estado, o senador João Capiberibe anunciou nesta quarta-feira, 24, durante entrevista ao programa radiofônico Ponto da Pauta, que ele irá acionar o Ministério da Justiça para investigar os casos.

“Eu estou preparando um documento ao Ministério da Justiça, para que o órgão determine uma investigação para que possamos conhecer as causas. A gente só combate à doença quando a gente tem um diagnóstico preciso”, disse Capiberibe ao cobrar do governador Waldez Góes (PDT) e do secretário de segurança Ericláudio Alencar uma política clara para o setor.

“A sociedade está amedrontada. As ruas estão desertas, as praças estão desertas por que as pessoas têm medo de sair nas ruas. E esse problema tem solução. A sociedade está disposta a ajudar para construir uma solução. Mas, é preciso que as autoridades responsáveis pela segurança do cidadão chamem os parlamentares, nos convoque para debater o tema. Eu mesmo tenho proposta na área da segurança pública para juntarmos o aparato de segurança em conjunto com a sociedade”, disse Capiberibe ao se colocar à disposição do governador Waldez Góes e do secretário de segurança do Estado, Ericláudio Alencar, para debater e encaminhar soluções para o problema.


“Não precisa esperar o ano que vem. Tem que começar agora”, enfatizou Capi.

EM TEMPO: O pedido do senador Jão Capiberibe tem base Constitucional, devido a ampla repercussão nacional que a onda de execuções provocou na imprensa. Veja o que diz o artigo 144,§ 1º, I, sobre o papela da Polícia Federal no capítulo sobre Segurança Pública:  

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
       (....)
    § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se a:
        I -  apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Ibope revela que 90% não votam em candidato da base de Temer; Davi é o vice-líder do governo no Senado

Ibope revela que 90% dos brasileiros não pretendem votar em qualquer candidato ligado a partidos da base de Temer. Os dados explicam a forte rejeição ao nome do senador Davi Alcolumbre entre os amapaenses e a sua baixa aceitação como pré-candidato ao governo na base de apoio do senador Randolfe Rodrigues e  do prefeito Clécio Luis. 
Por Heverson Castro

Governante mais impopular do mundo, Michel Temer se converteu também numa âncora para qualquer candidato que defenda seu legado ou peça seu apoio na disputa presidencial de 2018. Os números enquadram perfeitamente Davi Alcolumbre no perfil dos políticos rejeitados pela maioria esmagadora dos brasileiros.

No Amapá, o senador Davi Alcolumbre (DEM), que é vice-líder de Temer no Congresso, já anunciou que deve concorrer ao governo do Amapá numa ampla aliança com partidos de centro e direita (DEM, PSDB, PP), legendas que votaram maciçamente à favor de reformas impopulares e para barrarem as investigações contra Temer na Câmara Federal.

A pesquisa do Ibope foi realizada entre 9 e 17 de dezembro nas dez maiores capitais do Brasil, com usuários de internet das classes A, B e C revela que Temer será um fardo de uma tonelada para se carregar: 90% disseram que não votariam num "candidato que defenda o governo Temer" (5% responderam que "sim").

Com base nos dados da pesquisa, o vice-líder do governo mais rejeitado da história política do país no Senado Federal, o senador Davi Alcolumbre vê sua pretensão de chegar ao palácio do Setentrião ficar além do horizonte. Tudo por conta das consequências da associação de seu nome com ataques aos direitos do servidor público e aos elevados índices de rejeição do presidente Michel Temer (PMDB).

Davi Alcolumobre tenta explicar que disputará a eleição reivindicando que sua aliança com Temer ajuda o estado do ponto de vista econômico, mas não é isso que as pesquisas de opinião, as redes sociais, a opinião pública e o povo do Amapá pensam sobre a traição contra os trabalhadores e os mais pobres quando Davi votou à favor da retirada de direitos, a PEC da Morte e a Reforma Trabalhista, que são repudiadas pelo povo em pesquisas de opinião.  

Além de partidos da base de Temer, Davi Alcolumbre deve contar com o apaio da Rede, PPL e PSOL, partidos que não conseguem explicar às suas bases o apoio que será dado por seus caciques (Randolfe, Clécio, Paulo Lemos) ao senador que é tratado no Amapá pelas centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda como um dos principais inimigos da classe trabalhadora no Amapá.

A candidatura de Davi virou fardo para aliados locais, depois do engodo da gestão do presidente Temer, com diversas medidas impopulares que acentuam desgastes impressionantes, decorrente dos congelamentos dos salários e investimentos em saúde e educação por cerca de 20 anos, a destruição e esquartejamento da Petrobras, tentativa de solapar aposentadoria pública, a efetivação da lei da terceirização para atividades meio e fim de empresas privadas e públicas, precarizando as relações do trabalho no país, entre outras perdas.

Fosse só o desgaste da confusão de seu nome com o do presidente Temer, Davi tem atuado incisivamente para ajudar o Planalto em empreitadas desgastantes e descabidas.

Como vice-líder da gestão do presidente Temer no Senado, Davi tem demonstrado alinhamento com propósitos do governo federal. Ele foi decisivo na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 55 (PEC-55/2016), que congela salários dos trabalhadores e paralisa investimentos em saúde e educação por 20 anos.

Dos três senadores do estado em Brasília, apenas Davi Alcolumbre não veio a público se solidarizar com os trabalhadores na questão da derrogação da Consolidação da Leis Trabalhistas (CLT), com aprovação lei da terceirização ampla e irrestrita do trabalho no país. Em relação à proposta pelo fim do foro privilegiado, foi um dos últimos assinar intento, talvez decorrente da pressão por ser pré-candidato ao governo do Amapá.

Além do histórico de desserviço ao país e sobretudo para o trabalhador amapaense, Davi foi um dos acusados de “golpista”, que contribuiu efetivamente para derrocada da democracia no processo fraudulento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Naquele momento afirmou em seu discurso final que estava votando pelo afastamento da mandatária por causa dos “retrocessos” que ocorria no país, todavia, depois de oito meses de gestão Temer, torna-se claro e evidente para a população, principalmente para os eleitores locais, o que de fato é retrocesso.

Se pré-candidatura sobrevier até homologação dos nomes que pretendem disputar o governo do Amapá em 2018, o senador terá encontro marcado nas urnas com aqueles que tiveram seus direitos básicos duramente atingidos, com contribuição decisiva do político amapaense mais próximo do presidente (golpista) Michel Temer (Com informações do Brasil 247 e Diário do Meio do Mundo).


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Capi diz que não apoia Davi porque é aliado de Temer e votou contra os seus eleitores

“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à Davi.
Por Heverson Castro

Na manhã desta terça-feira, 16, o senador João Capiberibe (PSB-AP), destacou os motivos que o levam a não apoiar o vice-líder do governo Temer no Senado, Davi Alcolumbre (DEM) para disputar o cargo de governador do Amapá nas eleições de 2018.

Davi Alcolumbre tem o apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede) e tenta formar uma ampla coalizão política, mas tem enfrentado dificuldades para decolar sua pré-candidatura. Os dois senadores passaram a ser alvos de duras críticas nas redes sociais, devido as contradições políticas apresentadas.

Um dos motivos alegados pelo senador Capiberibe foi o fato de Davi Alcolumbre ter apoiado o golpe parlamentar que derrubou Dilma Roussef (PT) do poder e que colocou de forma ilegítima Michel Temer (PMDB) no comando do país.

O senador Davi Alcolumbre se tornou vice-líder do governo Temer após o golpe de 2016 e passou a votar favorável reformas impopulares que prejudicam diretamente os mais pobres e interferem diretamente na atual crise que também afunda o Amapá no caos econômico.

Dentre as medidas apoiadas por Davi Alcolumbre, estão os votos pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos, a votação à Reforma Trabalhista e da lei da terceirização, que prejudicam diretamente a classe trabalhadora e aprofunda a crise econômica no país.

“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à chapa que vem sendo formatada pelo DEM e pela Rede.

O senador também lembrou que não é intransigente, apesar do apelo popular para que seja candidato ao governo e defendeu a renovação política durante o pleito eleitoral de 2018.

O socialista lembrou que já fez um convite à promotora Ivana Cei, que foi Procuradora Geral de Justiça entre 2011 à 2014, período marcado por um processo de enfrentamento aos desmandos e a corrupção desenfreada na Assembleia Legislativa do Amapá, que culminou com a prisão do ex-deputado Edinho Duarte e do atual deputado Moisés Souza.

“Se ela aceitar ser candidata, ela será a candidata”, disparou Capiberibe ao se referir ao convite feito á ex-PGJ.

O senador afirmou que só será candidato em caso de uma possível negativa por parte da promotora Ivana Cei, algo que pode mexer completamente no tabuleiro político das eleições majoritárias.

“Se ela não aceitar ser candidata, eu serei candidato a governador e evidentemente buscando apoio mais amplos”, finalizou Capiberibe.


Apesar do apelo popular nas redes sociais e da preferência política apontada pela opinião pública, o senador afirmou que governar o Amapá diante da grave crise no pós-governo Waldez, não será uma tarefa fácil para qualquer um que venha a se eleger.

Dos três senadores, Capiberibe foi o único do Amapá que teve projetos aprovadas no Congresso em 2017

Dos três senadores que representam o Amapá no Congresso Nacional, somente o senador João Capiberibe (PSB) teve propostas aprovadas, no ano de 2017. Uma delas foi o Projeto de Lei do Senado 325/2017, cujo objetivo é ampliar o controle social por meio da Gestão Compartilhada, usando como ferramenta aplicativo de celular como forma de aproximar o ente público do cidadão.
Ainda entra na conta, outros dois projetos apresentados pelo senador socialistas em anos anteriores, mas que foram aprovados no exercício de 2017 que são a PEC 24/2012, que cria um fundo nacional para a segurança pública e a PLS 160/2013, prever a destinação de no mínimo cinco por cento dos recursos do Fundo Partidário para promoção da participação política dos afrodescendentes. Todos ainda dependem de votação na Câmara.

Articulação
O senador Capiberibe, que é autor da Lei Complementar 131, também chamada de Lei da Transparência, sancionada pelo presidente Lula em 2009, explicou que a aprovação de projetos e sua transformação é um processo longo, e que justamente por isso, precisam de uma boa sustentação jurídica, além de articulação política.

“Após protocolar o projeto que vai criar a Gestão Compartilhada, me reuni com várias instituições como a OAB e a CNBB para mostrar a relevância da proposta e mostrei aos meus pares a importância da aprovação deste tipo de projeto. Agora a luta será travada na Câmara, onde tenho o apoio da deputada Janete que vai mostrar aos nossos deputados que a Gestão Compartilhada e os demais projetos são importantes para a coletividade”, destacou o senador.