“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à Davi.
Por Heverson Castro
Na manhã desta terça-feira, 16, o
senador João Capiberibe (PSB-AP), destacou os motivos que o levam a não apoiar
o vice-líder do governo Temer no Senado, Davi Alcolumbre (DEM) para disputar o
cargo de governador do Amapá nas eleições de 2018.
Davi Alcolumbre tem o apoio do
senador Randolfe Rodrigues (Rede) e tenta formar uma ampla coalizão política,
mas tem enfrentado dificuldades para decolar sua pré-candidatura. Os dois
senadores passaram a ser alvos de duras críticas nas redes sociais, devido as
contradições políticas apresentadas.
Um dos motivos alegados pelo
senador Capiberibe foi o fato de Davi Alcolumbre ter apoiado o golpe
parlamentar que derrubou Dilma Roussef (PT) do poder e que colocou de forma
ilegítima Michel Temer (PMDB) no comando do país.
O senador Davi Alcolumbre se tornou
vice-líder do governo Temer após o golpe de 2016 e passou a votar favorável
reformas impopulares que prejudicam diretamente os mais pobres e interferem
diretamente na atual crise que também afunda o Amapá no caos econômico.
Dentre as medidas apoiadas por Davi
Alcolumbre, estão os votos pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos, a votação
à Reforma Trabalhista e da lei da terceirização, que prejudicam diretamente a
classe trabalhadora e aprofunda a crise econômica no país.
“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à chapa que vem sendo formatada pelo DEM e pela Rede.
O senador também lembrou que não
é intransigente, apesar do apelo popular para que seja candidato ao governo e
defendeu a renovação política durante o pleito eleitoral de 2018.
O socialista lembrou que já fez
um convite à promotora Ivana Cei, que foi Procuradora Geral de Justiça entre
2011 à 2014, período marcado por um processo de enfrentamento aos desmandos e a
corrupção desenfreada na Assembleia Legislativa do Amapá, que culminou com a
prisão do ex-deputado Edinho Duarte e do atual deputado Moisés Souza.
“Se ela aceitar ser candidata,
ela será a candidata”, disparou Capiberibe ao se referir ao convite feito á
ex-PGJ.
O senador afirmou que só será candidato
em caso de uma possível negativa por parte da promotora Ivana Cei, algo que
pode mexer completamente no tabuleiro político das eleições majoritárias.
“Se ela não aceitar ser
candidata, eu serei candidato a governador e evidentemente buscando apoio mais
amplos”, finalizou Capiberibe.
Apesar do apelo popular nas redes
sociais e da preferência política apontada pela opinião pública, o senador
afirmou que governar o Amapá diante da grave crise no pós-governo Waldez, não
será uma tarefa fácil para qualquer um que venha a se eleger.
Nenhum comentário:
Postar um comentário