terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Capi diz que não apoia Davi porque é aliado de Temer e votou contra os seus eleitores

“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à Davi.
Por Heverson Castro

Na manhã desta terça-feira, 16, o senador João Capiberibe (PSB-AP), destacou os motivos que o levam a não apoiar o vice-líder do governo Temer no Senado, Davi Alcolumbre (DEM) para disputar o cargo de governador do Amapá nas eleições de 2018.

Davi Alcolumbre tem o apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede) e tenta formar uma ampla coalizão política, mas tem enfrentado dificuldades para decolar sua pré-candidatura. Os dois senadores passaram a ser alvos de duras críticas nas redes sociais, devido as contradições políticas apresentadas.

Um dos motivos alegados pelo senador Capiberibe foi o fato de Davi Alcolumbre ter apoiado o golpe parlamentar que derrubou Dilma Roussef (PT) do poder e que colocou de forma ilegítima Michel Temer (PMDB) no comando do país.

O senador Davi Alcolumbre se tornou vice-líder do governo Temer após o golpe de 2016 e passou a votar favorável reformas impopulares que prejudicam diretamente os mais pobres e interferem diretamente na atual crise que também afunda o Amapá no caos econômico.

Dentre as medidas apoiadas por Davi Alcolumbre, estão os votos pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos, a votação à Reforma Trabalhista e da lei da terceirização, que prejudicam diretamente a classe trabalhadora e aprofunda a crise econômica no país.

“Eu não posso apoiar alguém que votou para prejudicar os meus eleitores. Isso eu não posso fazer... Portanto, eu descarto essa possibilidade”, disse Capiberibe ao ser questionado sobre possível apoio à chapa que vem sendo formatada pelo DEM e pela Rede.

O senador também lembrou que não é intransigente, apesar do apelo popular para que seja candidato ao governo e defendeu a renovação política durante o pleito eleitoral de 2018.

O socialista lembrou que já fez um convite à promotora Ivana Cei, que foi Procuradora Geral de Justiça entre 2011 à 2014, período marcado por um processo de enfrentamento aos desmandos e a corrupção desenfreada na Assembleia Legislativa do Amapá, que culminou com a prisão do ex-deputado Edinho Duarte e do atual deputado Moisés Souza.

“Se ela aceitar ser candidata, ela será a candidata”, disparou Capiberibe ao se referir ao convite feito á ex-PGJ.

O senador afirmou que só será candidato em caso de uma possível negativa por parte da promotora Ivana Cei, algo que pode mexer completamente no tabuleiro político das eleições majoritárias.

“Se ela não aceitar ser candidata, eu serei candidato a governador e evidentemente buscando apoio mais amplos”, finalizou Capiberibe.


Apesar do apelo popular nas redes sociais e da preferência política apontada pela opinião pública, o senador afirmou que governar o Amapá diante da grave crise no pós-governo Waldez, não será uma tarefa fácil para qualquer um que venha a se eleger.

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