Redação MZ Portal
O secretário de Estado da Saúde, Jardel Nunes, reuniu a imprensa nesta quinta-feira, 8, para detalhar as ações desenvolvidas no setor e as dificuldades enfrentadas. Afirmou que, de 2003 a 2010, não houve investimentos significativos do Estado na área da saúde. A gestão passada abriu novas salas, mas, em contrapartida, fechou outras, mudando apenas a mobilia, o que, na prática, não surtia efeito ao público.
O secretário de Estado da Saúde, Jardel Nunes, reuniu a imprensa nesta quinta-feira, 8, para detalhar as ações desenvolvidas no setor e as dificuldades enfrentadas. Afirmou que, de 2003 a 2010, não houve investimentos significativos do Estado na área da saúde. A gestão passada abriu novas salas, mas, em contrapartida, fechou outras, mudando apenas a mobilia, o que, na prática, não surtia efeito ao público.
O secretário também explicou que as dificuldades para oferecer um
serviço de qualidade têm relação direta com o sucateamento da saúde
privada no Amapá, fazendo com que os usuários dessa demanda - que são em
sua maioria das classes A e B - busquem auxílio na rede pública.
"As
unidades de saúde passaram então a atender um público ainda maior. Ou
seja, sem investimento do governo passado, a saúde caminhou para o caos,
pois, além desse problema, também é preciso levar em consideração o
aumento populacional. Em 2001, segundo o IBGE, a população era de
420.834 habitantes; já em 2010, esse número subiu para 669.526. Tudo
isso reflete nos dias de hoje", reforçou Jardel Nunes.
Como medida para resolver o problema, o secretário informou que o
governador Camilo Capiberibe determinou a ampliação de toda rede
hospitalar do Estado, como construção dos hospitais de Laranjal do Jari e
Oiapoque - este último já inaugurado -, além da ampliação do Hospital
das Clínicas Alberto Lima e Hospital da Criança e do Adolescente e
construção da Maternidade de Parto Normal.
Além disso, o Governo do Estado está construindo sete bases para o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que abrangerão os
municípios de Oiapoque, Calçoene, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto
Grande, Mazagão e Laranjal do Jari.
"Logicamente
que obras de grande porte não ficam prontas do dia para a noite.
Precisam passar por várias análises, que envolvem até vistoria dos
técnicos do Ministério da Saúde. Mas o fato é que algumas ações foram
encaminhadas, como o aumento no número de leitos nos três hospitais da
capital, que de certa forma melhoraram o atendimento. A própria
inauguração do Hospital de Oiapoque reduziu, por exemplo, o transporte
de passageiros na UTI aérea do governo, reduzindo despesas para o
Estado", citou.
O secretário enfatizou que, apesar da demora na execução de alguns
serviços, principalmente no que se refere à traumatologia, todos os
atendimentos são realizados e lamenta que alguns políticos, que no
passado foram coniventes com a situação do abandono da saúde pública,
busquem hoje resolução imediata.
No que se refere ao atendimento terceirizado, comentou que está em
estudo a regulamentação do serviço, para que o custo seja igual ao pago
aos hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"Reconhecemos
que existem problemas, mas é preciso informar à sociedade que, desde
2011, estamos trabalhando para resolvê-los. Não estamos abrindo e
fechando novas salas, estamos construindo novos hospitais, contratando
profissionais para a saúde, através de concurso público, para com isso
melhorar o atendimento ao público a médio e a longo prazo", finalizou.
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