sexta-feira, 9 de maio de 2014

Saúde: Jardel Nunes fala que sucateamento e falta de investimentos da gestão passada refletem na atualidade

Redação MZ Portal


O secretário de Estado da Saúde, Jardel Nunes, reuniu a imprensa nesta quinta-feira, 8, para detalhar as ações desenvolvidas no setor e as dificuldades enfrentadas. Afirmou que, de 2003 a 2010, não houve investimentos significativos do Estado na área da saúde. A gestão passada abriu novas salas, mas, em contrapartida, fechou outras, mudando apenas a mobilia, o que, na prática, não surtia efeito ao público.

O secretário também explicou que as dificuldades para oferecer um serviço de qualidade têm relação direta com o sucateamento da saúde privada no Amapá, fazendo com que os usuários dessa demanda - que são em sua maioria das classes A e B - busquem auxílio na rede pública.
"As unidades de saúde passaram então a atender um público ainda maior. Ou seja, sem investimento do governo passado, a saúde caminhou para o caos, pois, além desse problema, também é preciso levar em consideração o aumento populacional. Em 2001, segundo o IBGE, a população era de 420.834 habitantes; já em 2010, esse número subiu para 669.526. Tudo isso reflete nos dias de hoje", reforçou Jardel Nunes.

Como medida para resolver o problema, o secretário informou que o governador Camilo Capiberibe determinou a ampliação de toda rede hospitalar do Estado, como construção dos hospitais de Laranjal do Jari e Oiapoque - este último já inaugurado -, além da ampliação do Hospital das Clínicas Alberto Lima e Hospital da Criança e do Adolescente e construção da Maternidade de Parto Normal.
Além disso, o Governo do Estado está construindo sete bases para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que abrangerão os municípios de Oiapoque, Calçoene, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Mazagão e Laranjal do Jari.
"Logicamente que obras de grande porte não ficam prontas do dia para a noite. Precisam passar por várias análises, que envolvem até vistoria dos técnicos do Ministério da Saúde. Mas o fato é que algumas ações foram encaminhadas, como o aumento no número de leitos nos três hospitais da capital, que de certa forma melhoraram o atendimento. A própria inauguração do Hospital de Oiapoque reduziu, por exemplo, o transporte de passageiros na UTI aérea do governo, reduzindo despesas para o Estado", citou.
O secretário enfatizou que, apesar da demora na execução de alguns serviços, principalmente no que se refere à traumatologia, todos os atendimentos são realizados e lamenta que alguns políticos, que no passado foram coniventes com a situação do abandono da saúde pública, busquem hoje resolução imediata.
No que se refere ao atendimento terceirizado, comentou que está em estudo a regulamentação do serviço, para que o custo seja igual ao pago aos hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ala do HCal totalmente reformada
"Reconhecemos que existem problemas, mas é preciso informar à sociedade que, desde 2011, estamos trabalhando para resolvê-los. Não estamos abrindo e fechando novas salas, estamos construindo novos hospitais, contratando profissionais para a saúde, através de concurso público, para com isso melhorar o atendimento ao público a médio e a longo prazo", finalizou.

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