Domiciano Gomes do Amapá 247 - Pelo menos 197 presos foram assassinados nas cadeias brasileiras em 22 Estados em 203, conforme levantamento feito pelo iG junto às secretarias de Administração Penitenciária. O Amapá esta entre os Estados com menor número de ocorrências, dois casos apenas, bem abaixo dos 10 registros de assassinatos ocorridos em 2010, durante o governo passado.
Segundo o levantamento do iG somente o Maranhão, que vive sua maior crise carcerária, foi responsável por 30% do número de assassinatos em presídios do país inteiro em 2013. O Maranhão (60), lidera o número de assassinatos seguido de São Paulo (22), Amazonas (20), Goiás (17), Pernambuco (10), Alagoas (9, Paraná (9), Minas Gerais (9), Rio de Janeiro (7), Tocantins (7), Piauí (6), Pará (5), Paraíba (3), Acre (3), Amapá (2), Roraima (2), Sergipe (2), Espírito Santo (2), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (1), Distrito Federal (0), Mato Grosso (0)
Em números absolutos, dos 197 homicídios registrados nas cadeias brasileiras em 2013, o Maranhão responde por 60 casos, entretanto a população carcerária do Maranhão é 35 vezes menor que a de São Paulo. E a do Amazonas, 30 vezes menor que a paulistana.
Na comparação com a população carcerária dos estados, no Maranhão foi registrada uma execução de detentos em 2013 para cada 100 presidiários. No Amazonas, ocorreu um assassinato para cada 350 presos, a segunda maior proporção do país. A terceira maior proporção de assassinatos está em Alagoas, com aproximadamente uma execução para cada 500 detentos. Em São Paulo, ocorreu uma execução para cada 10 mil presos. Em Santa Catarina foi registrada a menor proporção de execuções em comparação com a população carcerária. São 17 mil presos e apenas uma morte registrada no ano passado. No Distrito Federal e no Mato Grosso, não foram registradas mortes no ano passado.
O levantamento do iG não contabilizou os números do Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia e Rondônia. No Ceará, foram registradas 32 mortes violentas nos presídios. Mas os dados somam homicídios e suicídios ocorridos dentro das prisões. No Rio Grande do Sul, 113 presos morreram nas cadeias, mas o Estado não soube informar quantos desses casos foram assassinados. Em Rondônia não houve mortes na capital, mas não houve informações sobre execuções nas cadeias do interior.
No Mato Grosso do Sul, oficialmente, não foram registrados assassinatos dentro das prisões. Mas existem 14 mortes naturais ou suicídios que têm indícios de serem, na realidade, homicídios. A Polícia investiga, por exemplo, casos de detentos que teriam assassinado colegas por meio de overdose de drogas (quando um detento injeta uma quantidade excessiva de cocaína no colega, por exemplo). Bahia e Rondônia não revelaram a quantidade de assassinatos nas cadeias até o fechamento desta reportagem.
Para reduzir de 10 para 2 casos por ano o governo do Amapá decidiu aplicar corretamente o recurso destinado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), reduzindo por exemplo o gasto mensal com alimentação de R$ 1,1 milhão para R$ 600 mil e investindo a economia na segurança do presídio. O Estado vem investindo também no aumento do número de vagas do sistema prisional. Em fevereiro serão entregues 256 vagas no semi-aberto e 124 no fechado. (Com informações do iG)
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