Apuração de denúncias sobre pagamento de subornos relacionados às privatizações dos anos 90 não será usada de forma eleitoreira, garante o delegado Protógenes (PCdoB-SP)
Eduardo Militão, Congresso em Foco
O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) protocolou nesta quarta-feira (21) a CPI da Privataria, para investigar pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro durante as privatizações da década de 90, feitas no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
As acusações estão no livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que também dispersa acusações sobre espionagem dentro do próprio PT. O requerimento apresentado tinha 206 assinaturas e vai ser levado à análise pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que até agora não autorizou a criação de nenhuma comissão parlamentar de inquérito, apesar de outros quatro estarem “na fila”.
Mas hoje Maia disse que vai autorizar a instalação de outras duas CPIs. Também afirmou que a investigação sobre a “privataria” parece ter o objetivo de esclarecer os fatos e dar voz aos acusados de corrupção no livro. “É uma CPI explosiva, com contornos muito claros de debate político”, avaliou Maia. A análise para a abertura da apuração só vai acontecer em 2012.
Protógenes disse que, apesar do ano eleitoral, a CPI não será usada como instrumento de difamação de adversários na corrida às prefeituras no ano que vem. O delegado ainda disse que a CPI deverá chamar para depor os personagens citados por Amaury no livro, como o ex-governador José Serra (PSDB), o tesoureiro tucano Ricardo Sérgio, o banqueiro Daniel Dantas e o ministro do Desenvolvimento Eocnômico, Fernando Pimentel, do PT.
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