Jornal O Globo
BRASÍLIA - O desmatamento na Amazônia nos 12 meses entre agosto de 2010 e julho de 2011 foi menor registrado desde 1988, quando o governo começou a monitorar a situação. O anúncio dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi feito na tarde desta segunda-feira pelos ministros Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. No período analisado, o desmate atingiu 6.238 quilômetros quadrados, ante 7 mil nos 12 meses imediatamente anteriores, o que corresponde a uma queda de 11%.
- É uma grande vitória do Brasil apresentar a menor taxa desde 88, principalmente pela forma como começamos o ano. Havia um aumento em curso que foi detido – afirmou Mercadante , acrescentando que o motivo da queda foi o combate empreendido pelo governo : - A presidente parabenizou muito a equipe e disse que quer mais.
Houve diminuição do desmatamento em todos os estados da região, exceto em Mato Grosso (20% de aumento) e Rondônia, onde a área destruída dobrou. O primeiro já era alvo de força-tarefa do governo, que reforçou a fiscalização, desde que o sistema de alerta do governo apontou o avanço do desmate, com o uso do chamado correntão. A ministra Izabella Teixeira informou que o mesmo trabalho já está sendo feito em Rondônia. Ela afirmou que o objetivo do governo é transformar a Amazônia em uma área de absorção de carbono a partir de 2015.
O Pará teve a maior área desmatada (2.870 quilômetros quadrados), seguido de Mato Grosso (1126), Rondônia (869), Amazonas (526), Maranhão (365), Acre (271), Roraima (120), Amapá (51) e Tocantins (40).
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