No blog do Nezimar Borges
A Assembléia Legislativa do Amapá afronta os amapaenses que prezam pela ética e pela moralização da política, ela desafia também o Ministério Público e a Constituição ao estender a verba indenizatória de R$ 50.000,00 para até R$ 100.000,00 mensais, expondo mais uma vez o cidadão amapaense a um escândalo nacional.
Além de tudo, esse escândalo aético infelizmente atinge a população amapaense quando se compara a um burrico, parvo e desprovido de inteligência; segundo a chacota humorística ao se referir às pessoas daqui, principalmente reforçadas pelo histórico dos inúmeros escândalos dos últimos anos.
Pois enquanto se pensava que havia se chegado ao fundo do poço com os escândalos da Operação Mãos Limpas, vem lamentavelmente mais esta: a Assembléia Legislativa com a maior verba indenizatória da história do Brasil. Isso, fora os salários de cada deputado, ou “deputadinhos” no sarcasmo do CQC, programa de humor moralizante de audiência inconteste no país.
E pensar no porquê disso tudo, sobretudo nas excrescências mais do que acentuadas acontecerem no Amapá, torna esta terra uma “liliput” para jornalistas mais indignados com a postura eleitoral do povo frente ao mandato de um certo maranhense. Sendo, portanto, Sarney o mal maior que causa todos esses escárnios, sim ele, mais uma vez sem querer polemizar, ao contrário, pois há farta argumentação. Uma delas foi o inegável apoio de Sarney sobre os acontecidos nos últimos anos como avalista, além de servir como baliza na catalisação dos rumos da política no Estado até 2010.
O desfecho desastroso dessa política ocasionou a prisão de uma casta encastelada no poder local, mas é importante mencionar que o esquema montado não se desfaz naturalmente de um dia para outro. Alguns protagonistas acusados pela Polícia Federal ainda perduram com mandatos na AL, e a eleição do atual presidente da casa foi inusitada, onde uma minoria de 9 deputados subjugou outros 15 que eram contra a eleição de Moisés Souza. Ele não conseguiria ser presidente sem o apoio de parte do judiciário e de Sarney.
Mais tarde, depois da eleição na Assembléia Legislativa ser definida nos tribunais, o “presidente” Moisés Souza, assim como outros congêneres de outrora, logo se cercou mais uma vez do apoio do senador José Sarney ao encontrar-se com ele em julho passado logo após a decisão da justiça, onde retribuiu o apoio com o movimento “Fica Sarney”. Depois disso ele aumentaria a verba de 50 mil para 100 mil, talvez com o objetivo de se sustentar no cargo com o apoio de quase todos os deputados, satisfazendo com isso gregos e troianos, já que não foi eleito pela maioria dos parlamentares.
Como se vê fica fácil conjecturar como seria a política local sem o embuste Sarney, representante do que há de mais deplorável na política, fazendo com que aqueles que possuem o perfil de pseudolíder se perfilam em atrair seu apoio para finalmente se locupletar do bem público.
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