A problemática que gira em torno da questão energética no Amapá é tão antiga quanto às velhas promessas feitas pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que durante mais de duas décadas prometeu ao povo amapaense a resolução do problema de isolamento energético com a vinda do tão sonhado linhão de Tucuruí.
Este ano como em outros aconteceu o fenômeno natural de seca do rio Araguari na usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes que todos os anos prejudica a geração de energia por parte da Eletronorte.
É obrigação da Eletronorte a geração de energia e ao contrário dos anos anteriores quando a estatal federal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) garantia o provimento de mais energia para o período de estiagem, esse ano a Eletronorte “lavou as mãos”, deixando o governo do Amapá e a população a beira de um apagão energético.
Ao contrário dos outros anos onde a Eletronorte que tem por obrigação a geração de energia. Esse ano, dias antes do feriado natalino, foi a CEA e o GEA que elaboraram uma solução para evitar que o apagão se prolongasse durante o natal.
Numa iniciativa inédita, o GEA se antecipou ao problema no início do ano e solicitou autorização ao Ministério de Minas e Energias (MME), cujo ministro é indicação pessoal do senador José Sarney (na cota do PMDB), com o intuito de contratar mais energia para o Amapá para suprir a demanda crescente da população.
O fato é que se dependesse do senador José Sarney, do MME comandado por Edson Lobão e da Eletronorte subordinado aos interesses do PMDB o Amapá estaria no escuro sendo o único estado da federação a viver um apagão em pleno governo Dilma Roussef.
Sarney comanda um dos ministérios mais importantes do governo federal e controla o setor elétrico no país, o que custa caro ao povo amapaense, já que a estratégia do cacique que comanda a oposição ao governo Camilo Capiberibe dos gabinetes refrigerados de Brasília, torcia para que o Amapá tivesse um apagão.
Apagões como este que estava sendo arquitetado pelo PMDB, também já tinha ocorrido em outros momentos da história recente do Amapá. Durante a década de 1990, no governo do comandante Aníbal Barcelos ocorreu um apagão e José Sarney surgiu como o “salvador da pátria”, trazendo da Camaçari na Bahia as máquinas necessárias para instalar uma nova usina e acabar com apagão.
A estratégia de Sarney, do PMDB e da oposição era provocar um grande desgaste ao atual governo do qual faz oposição sistemática. E o possível desgaste ocorreria se não fosse a competência política do atual governo e a capacidade técnica da CEA que resolveu contratar a empresa multinacional Aggreko para gerar os 47MW necessários para suprir a carência de uma demanda crescente de 10% ao ano.
A CEA sem o apoio do governo federal e da Eletronorte colocou para funcionar a Usina Termelétrica Santana II, gerando 24MW de energia elétrica adicionais ao Sistema Estadual até então mantido apenas pelas usinas da Eletronorte, acabando com a possibilidade de um apagão, coisa que só seria possível nos tempos do governo FHC.
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