No Distrito de Igarapé do Lago, município de Santana, o governador
Camilo Capiberibe reuniu na manhã deste sábado, 13, com os agricultores e
dividiu com eles a responsabilidade pelos desenvolvimento da atividade.
Foi o início dos trabalhos viabilizados através do Programa Territorial
da Agricultura Familiar e Floresta (Protaf), do governo do Estado. Para
a safra 2012/13, o GEA dobrou o investimento e atendimento em todo o
Amapá. De 1.173 famílias de agricultores atendidos na safra 2011/12,
passou para 2.300, e o investimento passou de R$ 5,5 milhões para R$ 11
milhões.
O Protaf foi criado ano passado para fomentar a atividade agrícola no
Amapá, dando a possibilidade para que as famílias que vivem da
agricultura comprem insumos e equipamentos. Cada família que sobrevive
com base na agricultura familiar recebe R$ 4 mil e tem ainda o
acompanhamento técnico da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e
extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap).
Na região do Igarapé do Lago o atendimento passou de 26 famílias para
104, da safra passada para esta. Foram injetados na região R$ 635 mil,
divididos entre agricultores de seis comunidades.
Andar com as próprias pernas
O agricultor José Raimundo Lima afirmou que o programa está trazendo o homem de volta para o campo.
"Estávamos sem incentivo, por isso o campo esvaziou, ninguém queria
ficar aqui. Agora temos condições de trabalhar e temos retorno",
ressaltou o agricultor.
"É uma troca de apoio, precisamos do governo e ele de nós. Depois que
colocarmos os produtos à venda, vamos andar com nossas próprias
pernas", continuou o agricultor Mauri Soares, conhecido como "Gaúcho".
O governador Camilo explicou que o Protaf é parte de um amplo
planejamento do governo, que inicia pelo incentivo à produção rural e
passa pelo escoamento até que o produto chegue aos supermercados e
mesas. Ele informou que está em andamento o Pro-Agroindútria, que vai
modernizar empreendimentos como casas de farinha, e a próxima medida
será a discussão que vai definir um novo modelo de escoamento.
"Estamos dando condições para o agricultor produzir, beneficiar o
produto e o escoamento vai ser definido até dezembro. Não adianta
produzir se não tem como levar o produto até as feiras e supermercados.
Temos que mudar o transporte e escoamento para facilitar e agilizar o
processo", pontuou o governador.
Ele ouviu as reivindicações dos trabalhadores e da comunidade e disse
que algumas medidas serão tomadas para resolver os problemas. Pediu que
os agricultores atentem para algumas situações: a organização das
associações que os representam, para evitar transtornos com relação a
irregularidades, que acompanhem e fiscalizem os trabalhos e participem
das discussões que irão definir as formas de escoamento.
"Estamos cumprindo nossa responsabilidade, esperamos que os
agricultores façam sua parte para que as metas sejam alcançadas",
finalizou o governador.
Mariléia Maciel/Secom
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