Por Rup Silva
Parece titulo de filme, mas não é. Nem
tão pouco de livro de cunho filosófico.
Trata-se tão somente da volta do PSOL, o partido, ao reino dos mortais. Humilde,
consciente e convencido, afinal, de estar no lugar errado, ao lado da harmonia
que tanto mal fez ao Amapá e seu povo.
Desde
que nascera de uma dissidência do PT, depois que Lula, em nome do pragmatismo
político, aliou-se ao PMDB e outras siglas da direita brasileira, que o partido
fundado por Heloisa Helena e Plínio de Arruda Sampaio, entre outros, adentrara
no cenário político do país como algo novo e que chegara para ser diferente.
O
mesmo que PT e o PMDB de Ulisses, Covas e Montoro um dia representaram e se
perderam pelo caminho nessa jornada de busca ao poder... pelo poder. Ambos,
infelizmente, se distanciaram do objetivo salutar que perseguiram com o apoio da
sociedade.
A
noticia que o PSOL local, por convencimento próprio ou em razão do absurdo que
representou sua união com a direita [nem adesão nem aliança], fizera sua auto
critica e retornava ao ninho da esquerda, foi a grata surpresa nesse apagar de
luzes do pleito municipal da nossa capital.
Trata-se,
sejamos justo, de um gesto de profundo sentimento de humildade e reconhecimento
da realidade. Sua postura anterior, pelo contrário, configurava-se como algo esdrúxulo, fora de
qualquer contexto. Tanto que a grita e desaprovação ecoou dentro da agremiação
Brasil afora. E não faltaram promessas de penalizações severas demonstradas por
figuras da direção nacional do PSOL.
Daí
que nada mais natural que uma reflexão sobre o quadro criado. Convenhamos que as
exigências do PSB para apoiar Clécio Vieira ao segundo turno, finalmente solicitado pelo congênere PSOL ,
fazia sentido e não tinha o propósito de criar embaraço as lideranças do partido
e perturbar sua incestuosa relação com a direita. Embora essa fosse,
implicitamente, uma condição sine qua non..
O
PSB , como se sabe, é um dos poucos partidos no Amapá onde se visualiza alguma
coerência ideológica e que seus adeptos querem saber da posição do partido
quando diante de situações como essa levada pela derrota de Cristina Almeida.
Isso demonstra que o PSB não se trata de uma massa disforme. Tem cabeça, tronco
e membros. E lideranças fortes e corretas.
Não
sei dizer, com clareza, o que levou o senador Randolfe e Clécio, suas maiores
lideranças, a produzir uma guinada do tamanho da operada já em 2010, ou muito
antes até. Já que eram nomes considerados como certos a guindar postos de relevo
no Estado, tanto na esfera administrativa como parlamentar.
Imagino que forte dose de ranço, ódio
reprimido e interesses pessoais foram o móvel contra Capiberibe e família,
induzindo-os a esse posicionamento de serviçal de um sistema de “boi de
piranha”, pois na verdade não possuíam base suficiente para impedir o retorno da
harmonia se por ventura chegassem ao poder. Tanto que Sarney, arquiteto desse
esquema como denunciei, mantinha Randolfe preso a seus
cordéis.
O direito de reunir sob
seu comando uma base de apoio é incontestável, qualquer que seja o partido.
Inadequado é romper princípios, ideologia, programas e tudo mais que
caracterizam uma organização ética e moralmente aceita pela sociedade. É
impossível que em grupos diferenciados como os que compõem esse espectro da
política, posições involuntárias e subalternas possam existir e
sobreviver.
A
opção do PSOL de buscar o apoio do PSB está correta. Errado estaria o partido se
não o fizesse; e não se trata, seguramente, de ter voltado por vantagens outras
que não a reconquista de sua imagem e credibilidade chamuscadas desde 2010.
Muito menos pode ser entendida como uma capitulação ao PSB, apenas preocupado em
recuperar o velho parceiro e reforçar seu governo no sentido da construção de
uma governabilidade segura e confiável.
Embora
saiba que de acordo tão seleto jamais sairá algo que não seja bom para o Amapá;
qual o lugar que caberá a cada uma das lideranças e seguidores graduados nos
próximos embates eleitorais; de como dirigirão o Estado doravante, nada mais,
para mim é maior que o gesto do PSOL de abandonar o apoio da direita perdulária
que tanto mal faz ao Amapá.
Não
deve ter sido fácil. Há um risco implícito. Como há uma vantagem candente frente
a frente. Todas tem seus pros e contra do ponto de vista eleitoral. O certo é
que, nessa altura do campeonato chegou-se a conclusão que o PSB é o ponto
definidor da eleição. E esperar pra ver.
Devemos
reconhecer as dificuldades do PSOL, pela profundidade da campanha eleitoral. Não
deve ter sido fácil vencer as resistências dos seus aloprados seguidores; dos
compromissos celebrados com o DEM, PSDB, PTB, Moises e Sarney, enfim, do risco
que corre ao tomar essa dura mas madura
decisão de reencontrar-se com a sua natureza.
Por
isso a esperança que os novos aliados cerrar fileiras, cair em campo e provar
que o PSB e eventualmente o PT têm força necessária para eleger o candidato do
PSOL.
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POUCAS &
BOAS
DO ARCO DA
VELHA.
Essa já é uma tese anacrônica. Bolorenta e ineficaz. Refiro-me aquela que busca
atingir o Senador João Capiberibe que tem o filho governador e a mulher deputada
federal, todos com serviços prestados a sociedade amapaense como sabem, por
exemplo, nossos velhos e carentes usuários do “ Visão para Todos”como devem
saber esses reclamantes que devem procurar urgentemente o programa. E é feio
quando isso decorre de motivação política. Mesmo por que eles conhecem que
outras famílias, aqui e alhures, se apoderam dos governos para surrupiar seus
recursos.
O EXCÊNTRICO
LULA. O
líder petista é um excêntrico ou um gozador. Quem sabe um pragmático exagerado.
Seus últimos apoios aqui – inaugurado com Gilvan está, no mínimo, mais para a
gozação que para o pragmatismo. Apoiar o atual Prefeito de Macapá é tão
promíscuo anedótico que deixa os petistas roxo de rir e de vergonha. Eu acho que
foi Sarney, mas dizem ser coisa do Lupi, presidente do PDT, ex- ministro do
Trabalho do seu governo
A SARNEY
TUDO!Quem anda feliz pelo
desfecho do caso CEA [ federalização] é Lourival Freitas, um notório
sarneysista. Alimenta ser Presidente da empresa quando tudo se consumar. Ele e
Gilvan Borges[eehh!].Como no caso BANAP [ lembram-se?], a imprensa ligada ao
maranhense ensaia culpar o governo Camilo, com o objetivo de desgastá-lo, quando
sabe que esse problema é da lavra do grupo ligado ao senador harmônico que
permitiu que a divida chegasse a mais de um bilhão e meio entre o principal e
juros por não cumprir o acordo feito com a empresa fornecedora de
energia.
AS DÍVIDAS DE SARNEY
PASSADAS ADIANTE.Apesar do esforço do
governo, não havia condições financeiras do governo honrar a dívida nos moldes
impostos por Edson Lobão, cupincha, conterrâneo e aliado político do Senador
Sarney que a medida que avança seu final de mandato menos cuida dos nossos
interesses. Aliás o passivo desse senador com o Amapá não tem paralelo: BANAP,
CEA, AEROPORTO, BR-156, HARMONIA pra citar apenas os grandes feitos. É bom que
os membros da imprensa amestrada não nos confundam com um beócio
qualquer.
Por hoje é
só.
Um comentário:
A sua alienação beira o ridículo. Nenhuma dessas palavras são suas, de fato. Quando refiro-me a palavras refiro-me igualmente a ideias. Posso até concordar com as ideias, citadas aqui, mas que não são suas, sobre o latifundiário maranhense, porém, jamais, com a ideia de que uma família de usurpadores e perseguidores seria o melhor para o Amapá. Tbm concordo que o PSOL seria a melhor escolha, desde, é claro, que não unisse suas forças com a decadência de um partido desesperado pelo poder.
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