sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A 1ª Orquestra Quilombola do Brasil fica no Curiaú em Macapá

O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, participou nesta quinta-feira, 25, na Escola Estadual José Bonifácio, na comunidade do Curiaú, do lançamento da 1ª Orquestra Quilombola do Brasil. A ação conta com o apoio do Governo do Amapá, por meio das Secretarias de Estado da Cultura (Secult), da Inclusão e Mobilização Social (SIMS), da Educação (Seed) e da Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude (Sejuv).
 
O projeto visa à inclusão social de crianças e adolescentes por meio da música, além da inserção no mercado de trabalho e reconhecimento dos mesmos pela sociedade.
 
A Orquestra Quilombola do Curiaú é o primeiro polo musical, dos 10 que serão implementados pelo projeto "Sistema de Bandas e Orquestras do Estado do Amapá - Escola Livre de Música", da Associação Educacional e Cultural Essência (Aece), com investimento da empresa de telefonia OI, por meio do "Projeto OI Futuro".
 
O grupo é formado por 60 componentes afrodescendentes do Curiaú, mas, segundo a presidente da Aece, Heloisa Batista, aproximadamente 100 crianças estão inseridas no projeto, que tem o objetivo de promover a inclusão de crianças e adolescentes em risco social.
 
O diretor do Projeto OI Futuro, Bruno Diehe, agradeceu a parceria do governo do Estado, que viabilizou que a Aece recebesse R$ 160 mil de patrocínio para a ação e afirmou que o primeiro projeto de orquestra quilombola orgulha muito sua instituição. Já o Estado, conforme Heloisa Batista, entrou com a estrutura das instituições citadas.
 
A presidente a associação ressaltou que música clássica é ministrada aos componentes sem que eles esqueçam suas raízes. Ela garante que a musicalização potencializa o conhecimento das crianças de forma pedagógica. Por sua vez, o maestro Elias Sampaio, idealizador da orquestra, crê que o projeto fortalecerá a musicalidade do quilombo. Segundo ele, os ensinamentos estimulam a criatividade e sensibilidade das crianças.
 
"O projeto, que prevê iniciação musical com instrumentos de sopro, madeira, de corda e percussão erudita, será dividido em polos por Macapá e outros municípios do Estado. Nunca uma entidade não governamental no Amapá havia recebido um patrocínio neste montante para a cultura. Agradecemos a OI pelo recurso. E ao governador Camilo Capiberibe por viabilizar isso, pois sem a vontade política dele, certamente perderíamos essa verba", salientou Heloisa Batista.

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