O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, participou nesta
quinta-feira, 25, na Escola Estadual José Bonifácio, na comunidade do
Curiaú, do lançamento da 1ª Orquestra Quilombola do Brasil. A ação conta
com o apoio do Governo do Amapá, por meio das Secretarias de Estado da
Cultura (Secult), da Inclusão e Mobilização Social (SIMS), da Educação
(Seed) e da Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude
(Sejuv).
O projeto visa à inclusão social de crianças e adolescentes por meio da
música, além da inserção no mercado de trabalho e reconhecimento dos
mesmos pela sociedade.
A Orquestra Quilombola do Curiaú é o primeiro polo musical, dos 10 que
serão implementados pelo projeto "Sistema de Bandas e Orquestras do
Estado do Amapá - Escola Livre de Música", da Associação Educacional e
Cultural Essência (Aece), com investimento da empresa de telefonia OI,
por meio do "Projeto OI Futuro".
O grupo é formado por 60 componentes afrodescendentes do Curiaú, mas,
segundo a presidente da Aece, Heloisa Batista, aproximadamente 100
crianças estão inseridas no projeto, que tem o objetivo de promover a
inclusão de crianças e adolescentes em risco social.
O diretor do Projeto OI Futuro, Bruno Diehe, agradeceu a parceria do
governo do Estado, que viabilizou que a Aece recebesse R$ 160 mil de
patrocínio para a ação e afirmou que o primeiro projeto de orquestra
quilombola orgulha muito sua instituição. Já o Estado, conforme Heloisa
Batista, entrou com a estrutura das instituições citadas.
A presidente a associação ressaltou que música clássica é ministrada
aos componentes sem que eles esqueçam suas raízes. Ela garante que a
musicalização potencializa o conhecimento das crianças de forma
pedagógica. Por sua vez, o maestro Elias Sampaio, idealizador da
orquestra, crê que o projeto fortalecerá a musicalidade do quilombo.
Segundo ele, os ensinamentos estimulam a criatividade e sensibilidade
das crianças.
"O projeto, que prevê iniciação musical com instrumentos de sopro,
madeira, de corda e percussão erudita, será dividido em polos por Macapá
e outros municípios do Estado. Nunca uma entidade não governamental no
Amapá havia recebido um patrocínio neste montante para a cultura.
Agradecemos a OI pelo recurso. E ao governador Camilo Capiberibe por
viabilizar isso, pois sem a vontade política dele, certamente
perderíamos essa verba", salientou Heloisa Batista.
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