Assembleia Legislativa paga até R$ 40
mil de salários mensais a alguns servidores. Procuradora que denunciou o caso
diz estar sofrendo ameaças.
Camila Bomfim Brasília, DF
A Assembleia Legislativa do Amapá paga
até R$ 40 mil de salários mensais a alguns servidores. A procuradora que
denunciou o caso diz estar sofrendo ameaças. A chefe do Ministério Público do
Amapá, Ivana Cei, foi para Brasília pedir ajuda. Numa reunião com o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, ela relatou ameaças.
“Desde que nós iniciamos a investigação
na Assembleia Legislativa é que nós estamos sofrendo todo tipo de difamação, de
ameaças. Já foi pedido a minha cassação sem eu ter sido notificada. É uma forma
de coação para dizer para o Ministério Público parar, mas nós não vamos parar”,
diz a procuradora-geral de Justiça do Amapá, Ivana Cei.
Sob o comando da procuradora, o
Ministério Público do estado abriu oito inquéritos para apurar denúncias de
corrupção na assembleia. Entre as suspeitas, estão gastos milionários dos
deputados com diárias, contratos superfaturados até com empresas de fachada
citadas em investigação da Polícia Federal.
Documentos apreendidos pelo MP, na
assembleia do Amapá revelam, mais uma irregularidade: o pagamento de super
salários a funcionários da instituição. Só no mês passado, segundo a folha de
pagamento, 25 pessoas receberam mais de R$ 26,7 mil, acima do teto do
funcionalismo público.
No mês passado, um técnico em
contabilidade recebeu mais de R$ 45 mil. O procurador-geral da assembleia ganhou
R$ 40 mil. Em fevereiro deste ano, houve um desembolso ainda maior para uma
agente de assistente legislativa – R$ 47 mil.
A assessoria do presidente da
assembleia, Moisés Souza, disse que desconhece o pagamento de super-salários,
mas pediu apuração. Segundo a assessoria, uma auditoria está sendo feita na
assembleia desde março.
Um comentário:
Auditoria da assembléia nela mesma...é mais facil a raposa administrar bem um galinheiro...
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