Numa das conversas gravadas com
autorização judicial, as investigações comprovaram que os próprios servidores
da Assembleia Legislativa ligados ao presidente Moisés Souza (PSC) tinham
conhecimento do grau de corrupção na Casa Legislativa e tentaram alertar o
deputado que é apontado pelo Ministério Público no pedido de prisão preventiva
negado pela juíza Sueli Pini como um dos chefes de uma verdadeira “organização
criminosa” ou “quadrilha” como é esporadicamente lembrado na denúncia e no Inquérito
Policial encaminhado ao judiciário, cujo pedido embasou a decisão da
desembargadora de afastar os envolvidos no esquema apontado pelo MP.
Nesse sentido, confira-se parte da conversa
travada entre ÉRIKA DA SILVA FREIRE (auditora geral da AL) e JOSÉ ASSEF MUBARAC
(assessor da Auditoria Geral), em 06/06/2012:
“MUBARAC: quanto mais eu vejo, quanto
mais eu vejo a coisa ai que eu tiro minhas conclusões que essa porra não tem
jeito mais...Isso ai só IMPLODINDO”.
(Trecho do
MP) Também em conversa telefônica realizada em
29/05/2012, após as buscas e apreensões efetivadas pela “Operação Eclésia”,
ÉRIKA DA SILVA FREIRE (auditora geral da AL) e PATRÍCIA ALMEIDA BARBOSA
(ex-procuradora geral da AL), confirmam, categoricamente, que estão
sumindo com provas:
‘ÉRIKA: está sacaneando direto com o papo
furado dele, o tempo todo, tá difícil ele mana, tem que abrir a cabeça dele, tá
sumindo com pastas tá, guardando documentos”.
(Treche do
MP) Os diálogos também demonstram a pretensão da
quadrilha de procurar não deixar rastro de qualquer crime dentro do grupo
criminoso. Nesse sentido é a conversa travada entre ÉRIKA e PATRÍCIA, em 11
/06/1 2, quando ÉRIKA diz:
“Eu não vou relatar, ai ele (Edinardo)
disse que faz questão que bote no papel, ai eu disse, Edinardo a gente não
relata crime assim, a partir do momento que eu relatar, o presidente vai fazer
tudo, ai ele disse, é assim que tem que ser”.
(Trecho do
MP) Ou seja,
claramente a quadrilha tem consciência de que está a cometer crimes, porém se
preocupa em não deixar qualquer tipo de rastro para que o Ministério Público,
através de sua investigação, não visualize os delitos. Por fim, ratificando-se
que ÉRIKA e PATRÍCIA têm pleno conhecimento das condutas criminosas que ocorrem
naquela Casa, praticadas sob o comando do deputado MOISÉS SOUZA, em conversa
flagrada em 05/06/1 2, assim elas dizem:
“ÉRIKA: Rapa, o MOISÉS que se exploda, eu
vou fica aqui, e não vou fazer é porra nenhuma, deixa ser PRESO esses caralhos,
tudo merece, to nem ai não Patrícia”.
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