A diretora jurídica do Sinsepeap, Francinete Sobral, relatou
agressão física que teria sofrido do presidente do sindicato, Aroldo Rabelo, na
última quinta feira, 31, após cobrar prestações de contas do principal
representante da classe.
“O professor Aroldo Rabelo me agrediu. Antes, ele já vinha
com isso verbalmente desde fevereiro deste ano. No dia 31 de maio tivemos uma
audiência na Delegacia da Mulher e ficou acertado que haveria uma investigação
para apurar a minha denúncia. Quando foi à tarde, eu fiz umas cobranças dentro
do sindicato, o que ele não gostou, e me xingou de novo, e percebendo que
estávamos gravando a conversa, tomou o meu celular e me agrediu”, contou
Francinete. Na tentativa de se defender, a diretora também agrediu o presidente
do sindicato.
A professora agredida registrou Boletim de Ocorrência no
mesmo dia, tendo como autor do ato ilícito o presidente Aroldo e sua esposa
Silvana dos Santos, que também participou da agressão.
Segundo Francinete, Aroldo Rabelo não apresenta as contas do
sindicato desde o início da sua gestão, no segundo semestre do ano passado. O
prazo para prestar contas de 2011 expirou no dia 31 de março. “Estamos até
agora esperando essas contas”, desabafou.
Para a sindicalista, há fortes indícios de desvio de verbas
dentro do Sinsepeap devido ao impedimento da diretoria em acompanhar os gastos
da classe; quantias vultosas sacadas na boca do caixa e cheque ao portador.
“A greve para pedir o cumprimento do piso salarial do
magistério pode estar servindo para o Aroldo conseguir notas frias”, alegou
Francinete, entre outras acusações.
“Tive que sair escoltado pela polícia porque uns canalhas
quiseram bater na gente”
O presidente do Sindicato dos Servidores em Educação do
Estado do Amapá (Sinsepeap), Aroldo Rabelo, revelou ontem que passou a andar
acompanhado de seguranças em virtude de estar sendo ameaçado pelo telefone e
também pessoalmente.
A revelação do sindicalista foi feita em discurso na Praça
da Bandeira durante a costumeira concentração matinal dos grevistas. Na
oportunidade, Aroldo anunciou as medidas tomadas pela direção do sindicato em
relação à greve como estratégia contra a medida judicial que declarou a
paralisação ilegal.
"Eu estou sendo ameaçado diariamente; no meu rosto tem
marcas de violência; por isso passei a andar com seguranças; já reuni com a
minha família; a luta continua, nem que custe a minha vida, mas traidor não fica
do meu lado", extravasou o presidente dos professores.
Aroldo Rabelo não disse por quem está sendo ameaçado, mas
deixou escapar nas suas entre palavras que as ameaças partem de sua própria
classe de trabalhadores, opostos ao movimento grevista ora amparado pela maioria
esmagadora dos professores.
O sindicalista ainda lembrou na ocasião que no domingo, na
sede campestre do Sinsepeap, teve que sair escoltado pela polícia, "porque
uns cana-lhas quiseram bater na gente".
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