O programa eleitoral
do PTB, veiculada, tudo indica, pelo possível candidato do partido a Prefeito
de Macapá, LUCAS BARRETO, no horário destinado para divulgar ideias e programa do
partido, além de infligir a lei, ao fazer propaganda eleitoral antecipada, está
longe daquilo que se espera de um candidato a prefeito de capital.
A aparição
de Lucas, solene, burocrática e empostada, fazendo-o parecer um general alemão,
em determinado momento resvala pela piada, para não dizer ridículo,
principalmente quando procura colar ao atual governo todos os desmantelos [
segundo Odorico Paragassu] do governo anterior. Ou rotulá-lo de incapaz de
superar uma imaginária “crise” que ele e sua turma da Harmonia vivem tentam
instalar desde que Camilo assumiu o governo, espalhando mentiras e criando
factoides, com o reforço de “intelectuais” batedores de lata.
Mais
constrangedor revela seu discurso, quando acusa que a sociedade errou ao escolher
Camilo para governá-la, deixando de reconhecer, como dizem os magistrados, um
princípio fundamental do regime democrático, consagrado nas sociedades
modernas, nascida há séculos na Grécia de Platão, Aristóteles, Sócrates entre
outros grandes pensadores, que é a alternância de poder.
Pelo
contrário, transformam o debate político em algo pequeno, numa disputa movida
pelo ódio, pela mentira, numa questão de vida e morte. Da mesma forma deveria o
petebista saber que mesmo “errando”, como insinua , o povo está sempre certo, tem suas razões. A tese,
sem dúvida, é infundada, não se sustenta em nenhuma base sociológica. Mas
consideremos nela [tese] algum cunho de verdade. Ela nos arremeterá, de pronto,
reconhecer que erro maior cometeu o povo ao eleger a Harmonia que espalhou o
flagelo pelos quatro cantos do Estado, privilegiou seus amigos em detrimento
dos cidadãos e quase leva o Amapá a insolvência, salvo pelo trabalho competente
e obstinado [ao contrario do que diz] do
governo do PSB/PT.
Na sua tosca
e breve avaliação não sobrou espaço para criticar seus amigos. No seu discurso
não se reporta a crise armada pela ALAP para abocanhar recursos exorbitantes do
orçamento público, muito além de suas necessidades, fato acontecido quando da
votação da LDO. Trocado em miúdos, um sangradouro no tesouro do Estado, um investimento
sem retorno, prejudicial ao programa de desenvolvimento do Estado implementado
pelo governo.
Nenhuma
referencia, por menor que seja, sobre as greves irresponsáveis de professores e
médicos, que provocaram prejuízos incalculáveis a sociedade, e um colapso sem
precedente em dois dos três sistemas púbicos mais importantes [saúde e
educação], com o objetivo absurdo de paralisar o governo liderado por
profissionais sem o mínimo senso de responsabilidade e compromisso social.
Silencio
absoluto sobre o caricato “governo paralelo” do seu amigo Gilvan, criado para
enganar o povo, sugestioná-lo a se posicionar contra o governo vigente. Não
passou nem perto dos problemas reais que atrasam o desenvolvimento do Estado e
nos propiciam cidades de baixa qualidade de vida. Nada disse sobre sonegação de
impostos, funcionários que só recebem e não trabalham [ milhares no governo
passado] , contratos de obras e serviços superfaturados, licitações viciosas,
sumiço de mais de hum milhão e meio de reais como se noticiou, nem pensar.
Nada, absolutamente nada.
O candidato, com o devido respeito, é doido ou
não mora aqui. Ou imagina que doido somos nós outros ou que acabamos de chegar
nessa estropiada terra de Deus. É impossível não lembrar o que aconteceu nos
oito anos do governo do PDT e aliados, que quase levou o Estado a falência e
desembocou na “OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS” da PF e MPF, a maior já realizada no nosso
Estado, envolvendo exatamente seus amigos que acabaram presos.
Por tudo
isso a “baderna” que está aí, que cinicamente atribui ao atual governo, ao
contrário, são de responsabilidade de seus amigos. Como lhes faltam
inteligência, espírito republicano e democrático, apelam para a”baderna” como
instrumento de luta.
Não exijo de
certas pessoas o que não podem dar, pois não estudaram para ter um entendimento
correto dos fatos. Mas espanta-me que pessoas como o Professor Seabra , Presidente
do PTB, um cidadão letrado, bem formado e de fino trato, tenham permitido essa
baboseira cívica do seu pretenso candidato.
Nesse embate
contra as forças do mal que querem se apoderar de qualquer forma do poder e de
seus recursos, professores, médicos, sindicalistas em geral, organizações da
sociedade civil organizada, teóricos de boteco, que estranhamente se voltaram
contra o atual governo, não estavam lá para combater ao lado da sociedade,
contra deputados mal intencionados, para
garantir seus polpudos salários.
Nem mesmo
alguns setores do PT, que apesar das benesses de estar no poder, claramente boicota
o governo como faz Dalva Figueiredo, hoje aliada do intruso Sarney, de quem se transformou
num instrumento [ ao lado de Lourival Freitas] instado a implodir a aliança dos
dois parceiros históricos: PSB/PT.
A mensagem
do candidato do PTB, portanto, deixa claro que o plano está em marcha. Agora a
ordem é negar a obra do governo Camilo – já maior que a do governo anterior durante
oito anos e cobrar por realizações que eles nunca fizeram. Nos moldes do
discurso de Lucas Barreto e repetido por ex-secretários que enquanto no
exercício do mandato não apresentaram os resultados que hoje reclamam na maior
cara de pau.
Resta-nos lamentar que tenhamos chegado no
fundo do poço. Surdo, cego e tagarela, LUCAS BARRETO faz um discurso chula que
não contribui para o debate sobre o melhor caminho para a solução dos graves problemas
da cidade de Macapá como Educação de baixo nível, Saúde precária, inexistente e
sem competência gerencial, mobilidade urbana, coleta de lixo e claro, as
condições imprestáveis de nossas vias urbanas.
O tempo
passa e o candidato do PTB parece não aprender. Um bom candidato é muito maior
que a vontade de ser um Executivo. Exige inteligência, um bom programa de
governo, propostas exequíveis e merecer a confiança da sociedade. Para isso é
preciso gastar tempo estudando, se informando e não usar o precioso tempo criando
tramoias para subverter a ordem pública e passar a rasteira nos fatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário