segunda-feira, 18 de junho de 2012

CHEGOU A TURMA DO BLÁ, BLÁ,BLÁ - Por Rup Silva

O programa eleitoral do PTB, veiculada, tudo indica, pelo possível candidato do partido a Prefeito de Macapá, LUCAS BARRETO, no horário destinado para divulgar ideias e programa do partido, além de infligir a lei, ao fazer propaganda eleitoral antecipada, está longe daquilo que se espera de um candidato a prefeito de capital.
A aparição de Lucas, solene, burocrática e empostada, fazendo-o parecer um general alemão, em determinado momento resvala pela piada, para não dizer ridículo, principalmente quando procura colar ao atual governo todos os desmantelos [ segundo Odorico Paragassu] do governo anterior. Ou rotulá-lo de incapaz de superar uma imaginária “crise” que ele e sua turma da Harmonia vivem tentam instalar desde que Camilo assumiu o governo, espalhando mentiras e criando factoides, com o reforço de “intelectuais” batedores de lata.
Mais constrangedor revela seu discurso, quando acusa que a sociedade errou ao escolher Camilo para governá-la, deixando de reconhecer, como dizem os magistrados, um princípio fundamental do regime democrático, consagrado nas sociedades modernas, nascida há séculos na Grécia de Platão, Aristóteles, Sócrates entre outros grandes pensadores, que é a alternância de poder.
Pelo contrário, transformam o debate político em algo pequeno, numa disputa movida pelo ódio, pela mentira, numa questão de vida e morte. Da mesma forma deveria o petebista saber que mesmo “errando”, como insinua , o povo  está sempre certo, tem suas razões. A tese, sem dúvida, é infundada, não se sustenta em nenhuma base sociológica. Mas consideremos nela [tese] algum cunho de verdade. Ela nos arremeterá, de pronto, reconhecer que erro maior cometeu o povo ao eleger a Harmonia que espalhou o flagelo pelos quatro cantos do Estado, privilegiou seus amigos em detrimento dos cidadãos e quase leva o Amapá a insolvência, salvo pelo trabalho competente e obstinado [ao contrario do que diz]  do governo do PSB/PT.
Na sua tosca e breve avaliação não sobrou espaço para criticar seus amigos. No seu discurso não se reporta a crise armada pela ALAP para abocanhar recursos exorbitantes do orçamento público, muito além de suas necessidades, fato acontecido quando da votação da LDO. Trocado em miúdos, um sangradouro no tesouro do Estado, um investimento sem retorno, prejudicial ao programa de desenvolvimento do Estado implementado pelo governo.
Nenhuma referencia, por menor que seja, sobre as greves irresponsáveis de professores e médicos, que provocaram prejuízos incalculáveis a sociedade, e um colapso sem precedente em dois dos três sistemas púbicos mais importantes [saúde e educação], com o objetivo absurdo de paralisar o governo liderado por profissionais sem o mínimo senso de responsabilidade e compromisso social.
Silencio absoluto sobre o caricato “governo paralelo” do seu amigo Gilvan, criado para enganar o povo, sugestioná-lo a se posicionar contra o governo vigente. Não passou nem perto dos problemas reais que atrasam o desenvolvimento do Estado e nos propiciam cidades de baixa qualidade de vida. Nada disse sobre sonegação de impostos, funcionários que só recebem e não trabalham [ milhares no governo passado] , contratos de obras e serviços superfaturados, licitações viciosas, sumiço de mais de hum milhão e meio de reais como se noticiou, nem pensar. Nada, absolutamente nada.
 O candidato, com o devido respeito, é doido ou não mora aqui. Ou imagina que doido somos nós outros ou que acabamos de chegar nessa estropiada terra de Deus. É impossível não lembrar o que aconteceu nos oito anos do governo do PDT e aliados, que quase levou o Estado a falência e desembocou na “OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS” da PF e MPF, a maior já realizada no nosso Estado, envolvendo exatamente seus amigos que acabaram presos.
Por tudo isso a “baderna” que está aí, que cinicamente atribui ao atual governo, ao contrário, são de responsabilidade de seus amigos. Como lhes faltam inteligência, espírito republicano e democrático, apelam para a”baderna” como instrumento de luta.
Não exijo de certas pessoas o que não podem dar, pois não estudaram para ter um entendimento correto dos fatos. Mas espanta-me que pessoas como o Professor Seabra , Presidente do PTB, um cidadão letrado, bem formado e de fino trato, tenham permitido essa baboseira cívica do seu pretenso candidato.
Nesse embate contra as forças do mal que querem se apoderar de qualquer forma do poder e de seus recursos, professores, médicos, sindicalistas em geral, organizações da sociedade civil organizada, teóricos de boteco, que estranhamente se voltaram contra o atual governo, não estavam lá para combater ao lado da sociedade, contra deputados mal intencionados,  para garantir seus polpudos salários.
Nem mesmo alguns setores do PT, que apesar das benesses de estar no poder, claramente boicota o governo como faz Dalva Figueiredo, hoje aliada do intruso Sarney, de quem se transformou num instrumento [ ao lado de Lourival Freitas] instado a implodir a aliança dos dois parceiros históricos: PSB/PT.
A mensagem do candidato do PTB, portanto, deixa claro que o plano está em marcha. Agora a ordem é negar a obra do governo Camilo – já maior que a do governo anterior durante oito anos e cobrar por realizações que eles nunca fizeram. Nos moldes do discurso de Lucas Barreto e repetido por ex-secretários que enquanto no exercício do mandato não apresentaram os resultados que hoje reclamam na maior cara de pau.
 Resta-nos lamentar que tenhamos chegado no fundo do poço. Surdo, cego e tagarela, LUCAS BARRETO faz um discurso chula que não contribui para o debate sobre o melhor caminho para a solução dos graves problemas da cidade de Macapá como Educação de baixo nível, Saúde precária, inexistente e sem competência gerencial, mobilidade urbana, coleta de lixo e claro, as condições imprestáveis de nossas vias urbanas.
O tempo passa e o candidato do PTB parece não aprender. Um bom candidato é muito maior que a vontade de ser um Executivo. Exige inteligência, um bom programa de governo, propostas exequíveis e merecer a confiança da sociedade. Para isso é preciso gastar tempo estudando, se informando e não usar o precioso tempo criando tramoias para subverter a ordem pública e passar a rasteira nos fatos.

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