Do blog do João Silva
Vou repetir tudo que já disse neste blog sobre a greve dos professores: é política. Não posso acreditar que no meio dos grevistas não exista uma voz sensata, alguém capaz de fazer uma avaliação correta da situação do Estado e das possibilidades de um governo que herdou dívidas que cobram um preço amargo a quem administra o Amapá desde janeiro de 2011, no caso o governador Camilo Capiberibe.
Como uma categoria que há 38 dias recusa a melhor proposta de reajuste oferecida aos professores nos últimos anos, se deixe enredar pela idéia do impeachment de um governador que defende uma solução que respeita o orçamento do Estado e atende, ao mesmo tempo, a classe dos professores que desempenha papel relevante para a educação, para a juvetude e a sociedade amapaense?
Claro que a determinação inarredável no sentido de manter a greve a qualquer custo, sem ceder à mediação do MPE e da Justiça, que já declarou o movimento ilegal, é uma demonstração inequívoca de que o objetivo da greve sempre foi o de destruir o governo e promover politicamente as lideranças do movimento paredista dos professores do Amapá. Quem se levanta contra essa absurdo, mesmo que no cumprimento estrito da lei, como do desembargador Raimundo Vales, não está livre de ameaças e retaliações.
Greves por melhores salários, neste período, pipocaram em todo Brasil, inclusive contra o Governo Federal [muitas já acabaram], mas ninguém ouviu manifestante ensandecido pregar o impeachment da presidente Dilma ou de um ou outro governador de estado. Só no Amapá, onde a santa ignorância acha que pode impitmar um gestor só porque propõe aos grevistas aquilo que o Estado pode oferecer no momento, que é um dos melhores salários de professor no País. Ainda bem que resolveram declarar à opinião pública e a sociedade o verdadeiro motivo da greve que há quase 40 dias penaliza as crianças do Amapá.
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