quinta-feira, 22 de março de 2012

UM TEMPO AO AMAPÁ - Rup Silva

Tudo indica que, ao contrário do que alguns apostaram [e torceram], não teremos, esse ano, a repetição da guerra que marcou as campanhas salariais de funcionários públicos do Amapá ocorrida antes do governo WG, poupado estranhamente pelas lideranças sindicais. A oposição até que se assanhou, espalhando os tais “diabinhos”, como diria o jornalista Paulo Silva, na intenção de promover o confronto dos sindicalistas e governo.

Mais uma tentativa doentia com a cara da Harmonia derrotada em 2010: a greve pela greve, manipulada, sem razão justificável, apenas para tumultuar. Na verdade mais uma ação equivocada, irresponsável e desatrelada do interesse público dessas forças reacionárias do Estado, perdidas na tentativa de mudar um quadro político que lhe é visivelmente desfavorável, num momento em que, ao contrário, o governo ganha cada vez mais apoio popular.
Enquanto o bagunceiro Gilvan, através de suas bizarrices compromete e deprecia a imagem do político amapaense , o governo segue caminho inverso procurando cumprir sua obrigação. O mais gratificante – e que talvez incomode a muitos, faz um trabalho profissional, moderno e responsável para resgatar o Amapá  do atraso crônico que fomos relegados há uma década, desde que a Harmonia assumiu o poder.

Ninguém pode negar que o governo tem se esforçado para distender as relações políticas pensando no bem do Amapá, sinalizando na direção de uma ampla e irrestrita união de todos em favor da reconstrução do Estado, vítima da incúria, incompetência e roubalheira dos antigos gestores  que produziram índices de desenvolvimento social e humano [IDH] ultrajantes.

Esse é o quadro real, que está aí, com o Estado passando por um regime de recuperação apesar da oposição predatória do “quanto pior melhor”, como temos denunciado desse espaço, e da  turma do “pega leve”, que quer maneirar a atitude do governo, que teme pela reação de grupos envolvidos com a roubalheira dos recursos públicos como denunciou o Fantástico nesse domingo.

Basta abrir qualquer blog , site e outros aplicativos virtuais para se deparar com a ignorância dos que falam por falar, sem base, sem fundamento, aleivosias, factoides que buscam manchar a imagem do governo e atingem em cheio o Amapá, atrapalhando o esforço daqueles que buscam desenvolvê-lo por um caminho novo, sem corrupção e a apropriação indébita de seus recursos, como é a praxe nesse país.

Chegamos a um ponto tal de submissão à mediocridade que a denuncia de corruptos juramentados, ligados as fraudes e aos malfeitores do governo anterior, têm o desplante de acusar pessoas que querem o bem do Amapá, e o pior, ganham repercussão, sendo eles quem são, donos de toda culpa existente no cartório.

Para deixar claro seu objetivo de implantar práticas novas na administração do Amapá e do orçamento público, o governo faz da responsabilidade, do compromisso social, da transparência, do diálogo, e do debate público, armas fundamentais para garantir a inauguração de um novo tempo.

As Câmaras Setoriais de Discussão Salarial é um bom exemplo dessa busca por novos instrumentos de gestão. Atual administração presta grande contribuição ao colocar as partes [através de seus técnicos] diante da realidade sócio econômica do Estado, permitindo a avaliação criteriosa das possibilidades do governo que depende, como disse,  da quantidade de recursos disponibilizados pelo Orçamento Público.

Fonte dos recursos que pagam os salários das diversas categorias, recursos que contribuem também para o investimento na melhoria das condições de trabalho [equipamentos e estrutura física] do sistema público de prestação de serviço. Diga-se , por incrível que pareça, o comprometimento dos recursos públicos com essas obrigações, não é levado na devida conta a quando da votação da LDO na ALAP.

O Amapá, na verdade, é uma caixa de pandora, que a maioria das pessoas, por conivência ou conveniência, não quer abrir para discutir, preferindo se beneficiar das migalhas de governantes e políticos que pagam pelo silêncio, incluindo “jornalistas” e  líderes sindicais.

Isso explica o nosso atraso. Dói imaginar que temos uma rodovia [BR 156] de suma importância sendo construída a mais de meio século, vítima da rapinagem de políticos e gestores públicos; um aeroporto há seis ou sete anos inconcluso pelo sumiço de seus recursos; apenas 3 a 4% da população com esgoto sanitário e a fábula de dinheiro investida para isso; rede de saúde sucateada propositalmente por maus profissionais; um sistema educacional que recuou nesses últimos oito anos e que propiciou a riqueza de gestores e políticos; enfim, um sem número de situações escondidas nessa caixa de pandora que ninguém ousa abrir, inclusive os sindicatos que representam setores importantíssimos da sociedade civil.

Ao governo atual, por isso mesmo, nosso apoio irrestrito, pois vem demonstrando – apesar dos atropelos, interesse em fazer a coisa certa em beneficio da sociedade. Inclusive não sonegando gestos de conciliação na direção daqueles que amam de verdade esta terra e querem vê-la desenvolvendo suas potencialidades em favor do cidadão.

Foi essa Câmara, que se propõe encontrar uma solução de interesse comum, que garanta a governabilidade e implementação do programa de governo, que a sociedade definiu para si. E que se trata de um equívoco, portanto, se imaginar que alguém, mesmo assim ainda pense auferir vantagens fora da negociação.

O governo é uma delegação da sociedade para que alguém, em seu nome, por sua vontade, trate de seus interesses e melhore suas condições de vida. Princípio que deve nortear a atuação do Deputado, seja estadual e federal, do vereador, do agente público, guindados a seus mandatos e cargos.

Isso vale para todos, inclusive para as autoridades Constituintes [magistrados, promotores, procuradores, etc.]  que não devem nem podem confundir poder com direito, com justiça. O uso indevido desse poder não pode ser confundido com justiça que pode descambar para um Estado autoritário e injusto.

Deem um tempo ao Amapá. É hora da faxina. Mãos à obra

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