quinta-feira, 15 de março de 2012

Manobra política na FAF tira Trem da série D

A manobra política na FAF coloca time de empresário aliado de Roberto Góes na série D do Campeonato Brasileiro

Nem bem assumiu o comando da CBF, o substituto de Ricardo Teixeira já deu uma mostra do que podemos esperar dele, que é mais sacanagem no comando.

O prefeito de Macapá-AP e real mandatário da FAF, Roberto Góes, sempre teve certa influência quando a CBF era controlada por Ricardo Teixeira, tanto que Roberto sempre é escolhido para chefiar a delegação da seleção nos jogos que realiza, além do mais, ele sempre foi torcedor e ex-dirigente do Santos/AP, carinhosamente apelidado por alguns torcedores de Santos Cover, por ter nome e símbolo bastante similar ao do clube paulista.

Antes de continuar é preciso explicar que a edição 2011 do Campeonato Amapaense de Futebol tinha em seu regulamento a garantia de que o campeão seria o detentor das vagas da Série-D e da Copa do Brasil, tal como a edição de 2010 do estadual, ou seja, por direito, as vagas seriam destinadas ao Trem Desportivo Clube, já que foi o campeão do certame.

O fato é que o Roberto aparentemente quer usar o Santos, que atualmente tem Luciano Marba na direção, como uma estratégia de promoção para as eleições vindouras, de maneira que o prefeito realizou contato com Osmar Marinho, que é membro da alta cúpula do Trem Desportivo Clube, pedindo a ele que liberasse a vaga para que o Santos pudesse assumir, mas ouviu de Osmar uma resposta negativa e foi então que resolveu seguir para a sede da CBF e falar com o novo mandatário a fim de resolver a questão da vaga usando de sua influência, sendo bem sucedido, pois mesmo tendo publicado uma tabela em que o Trem aparecia como participante pelo Amapá, a CBF voltou atrás e fez uma republicação, dessa vez já com o Santos no lugar do Trem, o que é uma injustiça.

Convenhamos, o prefeito de uma cidade tem mais é que preocupar com o que ocorre aos seus munícipes e assisti-los quando necessário, não tem que ficar comprando briga por time A ou B, seja de que esporte for, porque se ele beneficia um em detrimento de outro usando do seu poder para isso, imaginem o que não é capaz de fazer em outras situações em que esteja em jogo o dinheiro público? Sendo bem sincero, nada tenho contra Roberto Góes, mas sempre terei contra os maus atos, venha de que autoridade vier, porque é a índole de um governante que tem poder sobre muitas coisas que passamos em nosso dia-a-dia que está em xeque.

Quem passa por cima de um regulamento assinado por todos os dirigentes participantes de uma competição, baseado unicamente em acertos de boca que validade nenhuma tem perante a justiça, pode perfeitamente desconsiderar qualquer outro tipo acerto legal e não é digno de ter confiança.

Por essas e outras que não dá pra ter um político exercendo função dirigindo uma federação de futebol ou qualquer que seja, nem por meio de laranjas, porque se for um oportunista como parece ser nessa situação, coisas como essa sempre vão acontecer.

Um comentário:

Elias Junior disse...

Mas que beleza hein?! É por essas e outras que nosso futebol não vai pra frente, depois ainda aparecem na mídia pra falar a besteira de que a FAF é uma das federações mais organizadas do país!