O que está em jogo na política amapaense não é a moralidade, muito menos o dever dos parlamentares de fiscalizar o Executivo, seja do passado, como é o caso das contas do ex-governador João Capiberibe, ou presente, como as CPI´s da Saúde e Amprev.
A crise política é por dinheiro. E para resolvê-la basta que o governador Camilo Capiberibe mantenha o contrato de R$ 43 milhões que LMS tem com a Secretaria de Estado da Educação. Fazendo isso, a harmonia voltará. E harmonia no Amapá tem significado de corrupção.
Talvez algum leitor desatento se pergunte: mas o que tem haver a LMS com a Assembleia Legislativa, com harmonia? A resposta para esse questionamento quem sabe a Polícia Federal dará um dia, mas existe sim uma relação estreita entre essa empresa e o Poder Legislativo, ou melhor, com o presidente daquela Casa de Leis, o deputado Moisés Souza.
Mas tem uma pessoa em especial que conhece muito bem essa história que o é servidor Marcos Augusto Pereira de Souza, conhecido como Souza. Ele depôs no Ministério Público, em junho de 2009, acusando os irmãos Reátegui Souza de serem responsáveis pela LMS e chegou a afirmar na época que “a administração da empresa LMS é dominada pelos irmãos Moisés Souza e Marcos, então procurador geral do Estado”. Mas ao que tudo indica, as investigações ficaram paradas.
Enganam-se os que acham que Moisés tem um plano diabólico para tirar Camilo do poder. Ou que neste momento ela sonha em ser governador do Amapá. Lógico que isso faz parte dos planos dele. Mas agora, o que importa realmente é o contrato, é o dinheiro.
Alguém então pode questionar. Mas se for só isso, porque a maioria dos deputados está contra o governador Camilo? Simples! Essa maioria segue a regra dos três mosqueteiros: um por todos e todos por um. E no final todos saem ganhando e só quem perde somos nós, o povo amapaense.
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