quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

PCO coloca Randolfe no colo de Sarney e afirma que senador representa candidatura burguesa do PSOL

Candidatura burguesa do PSOL provoca crise dentro do partido
 
 
Um grupo chamado "Insurgência" defende outra candidatura à presidência
 
Candidatura de Randolfe possui elos estreitos com a direita.
 
O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) manteve, desde que resolveu sair do PT, uma série de candidaturas presidenciais completamente burguesas e conservadoras, tendo se destacado a candidatura de Heloísa Helena, conhecida por ser a musa do movimento contra os direitos das mulheres.

Em 2014 não foi diferente. Randolfe Rodrigues foi o candidado “escolhido” na convenção do partido, em 2013. Esse candidato sequer tenta mascarar o caráter de sua candidatura, tendo feito discursos e entrevistas que mostram abertamente seu caráter burguês, com um programa para administrar o estado burguês.

Essa candidatura provocou uma crise dentro do partido. Fruto dessa crise, uma tendência interna do PSOL, chamado “Insurgência”, está levantando a bandeira de que o partido apresente outra candidatura para se opor à do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), decidida em convenção no final do ano passado.

Segundo este grupo, e seu documento divulgado na internet, “o PSOL precisa de uma candidatura que resista à linha política de Randolfe (...) precisa que essa candidatura seja produto de debate pela base do partido, ao invés de simplesmente apresentada de cima para baixo por uma corrente do partido”. Essa candidatura seria a de Renato Roseno.

“À minha esquerda é o abismo, o precipício completo”
Os caciques do PSOL, e o próprio candidato à presidência, Randolfe, obviamente discordaram dessa tentativa que “é de subversão das decisões democráticas que o partido tomou e é passível de responder às instâncias partidárias. Não existe candidatura mais à esquerda que a nossa. Se for mais à esquerda, é o abismo, o precipício completo”, falou ao jornal O Globo.

Claro que a manutenção da candidatura de Randolfe é, de fato, uma imposição aos demais militantes do partido, que não podem fazer nada contra as decisões da direção do PSOL em escolher um candidato já bem amaciado pelo regime burguês.

Contudo, essa ala supostamente à esquerda dentro do partido, chamada Insurgência, apresenta um programa no mínimo esquisito e que, na realidade, não tem nada a ver com marxismo.

Por exemplo, a “Insurgência” é contra a tática política dos Black Blocs,  “porque o enfrentamento com a polícia acaba esvaziando as manifestações e atrapalha nossos objetivos”, como se não fosse a polícia que quisesse acabar com as manifestações, sendo os Black Blocs uma resistência.

Além do mais, existe toda uma parafernália “ecossocialista e libertária” que não tem nada a ver com o marxismo, além da defesa de parlamentares mais “radicais” que Randolfe e velhos lemas do movimento estudantil pequeno-burguês, como as “lutas anti-sistêmicas”, contra “todas as opressões”, etc.

De todo modo, a atuação puramente eleitoral do PSOL tem mostrado mesmo aos militantes mais ingênuos do partido que não existe nada de socialismo e muito menos liberdade nesse partido, como demonstra a candidatura de Randolfe.

Pelo contrário, o interesse da cúpula do partido é tão somente as eleições e os votos, por isso foi escolhida uma candidatura que possui grandes relações com a direita e o capitalismo, como é o caso da candidatura presidencial.

Um comentário:

Unknown disse...

verdade, vamos abri o olho!