O desembargador
Gilberto Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), revogou
medida liminar que beneficiava a empresa L.M.S (Luciano Marba Silva)
Vigilância e Segurança Ltda, e impedia o prosseguimento de licitação da
Secretaria de Estado da Educação (Seed) visando a contratação de serviço
de vigilância desarmada para atender as escolas das zonas urbana e
rural em todos os municípios do Amapá, pertencentes a rede estadual de
ensino e aos prédios do órgão
Amapá 247 - Gilberto Pinheiro atendeu a
requerimento do governo do Estado, que nos autos de mandado de segurança
requereu autorização para prosseguimento do certame objeto do Edital de
Licitação 032/2013, na modalidade pregão eletrônico. A Procuradoria
Geral do Estado mostrou ter cumprido as determinações constantes da
decisão liminar que suspendeu a licitação, requerendo, por fim,
autorização para que pudesse dar continuidade ao procedimento
licitatório.
“Os documentos juntados à petição do requerente (governo do Amapá)
demonstram inexistir qualquer empecilho à continuidade do certame,
especificamente neste ponto”, registrou o desembargador.
O governo do Estado mostrou que o edital contém previsão dos recursos
orçamentários com a consequente indicação do cronograma financeiro,
demonstrando a compatibilidade de pagamento de todas as obrigações
assumidas pela Administração Pública, além da fixação do valor do
adicional noturno devido aos vigilantes no importe de 30% sobre o
salário percebido pelo trabalhador, conforme regra da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Para Gilberto Pinheiro, “com a prova trazida aos autos resta superada
qualquer ofensa aos princípios da legalidade, isonomia e paridade,
razão pela qual, revogo a liminar anteriormente concedida e autorizo o
prosseguimento do certame, objeto do Edital de Licitação
032/2013-SEED/AP”, finalizou.
O processo foi suspenso em dezembro do ano passado, por meio de um
mandado de segurança, impetrado pela empresa LMS. O contrato atual com a
empresa LMS iniciou em agosto de 2010 (gestão do então governador Pedro
Paulo), com vencimento em agosto de 2011, já na gestão do atual
governador Camilo Capiberibe (PSB)
Desde então o governo do Estado vem tentando fazer licitação, mas a
LMS sempre conseguia liminares para se manter no contrato. Trata-se do
maior contrato de prestação de serviço firmado com o governo do Estado
do Amapá, pouco mais de R$ 43 milhões/ano, para fazer a segurança na
Seed e em todos os colégios da rede pública no Estado.
A referida empresa pertence ao empresário Luciano Marba, preso em
2013 acusado pelo Ministério Público do Estado de envolvimento com a
morte do sócio da LMS, Hedival Fernando Coelho de Queiroz, e também de
uma série de outros crimes como suspeita de lavagem de dinheiro,
sonegação fiscal, crime contra o estatuto do torcedor, corrupção de
agentes públicos e crimes contra a lei de licitação (Com informações da
Agência Amapá)
Um comentário:
Deveria ser feito concurso, chega de pagar um salário enorme pra empresa, enquanto o vigilante ganha um salário baixíssimo.
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