A água é um recurso natural essencial, tanto no plano biológico como
ambiental. Trata-se de elemento imprescindível a todas as formas de
vida. Além de ser um componente essencial a todos os organismos vivos, a
água é indispensável às atividades humanas: agricultura, indústria,
produção de energia, transportes, higiene, saúde e, inclusive, lazer.
A gestão desse precioso líquido demanda investimentos importantes
para a construção de represas e açudes, sistemas de drenagem e
irrigação, estações de captação, tratamento e de distribuição de água
potável, redes de esgoto, obras de contenção de enchentes, de redução
dos efeitos da seca, entre outros.
Mas o uso da água também provoca problemas ambientais e ecológicos,
poluição agravada pela intensificação de seu uso. Assim, a valorização
dos recursos aquáticos implica em gestão e planificação eficaz e
durável.
A água cobre aproximadamente 71% da superfície do planeta terra, e a
quase totalidade é salgada. A água doce representa apenas 5% do volume
total e está acumulada sob a forma de gelo ou em lençóis subterrâneos.
Apenas uma pequena fração está disponível nos rios e lagos, na umidade
do solo, na fauna e flora, ou sob a forma de vapor.
Mais de 2,4 bilhões de pessoas não tem acesso à água potável, ou
seja, um terço da população mundial consome água de qualidade duvidosa.
Em Macapá, nós amapaenses podemos observar, em volume, a maior
reserva de água doce do mundo passando diante da Beira Rio. E, no
entanto, aproximadamente 50% da população do Amapá não dispõe de água
potável.
Historicamente, a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) de
Macapá foi inaugurada em 1971. A segunda foi construída pelo meu governo
em 2001, exatamente 30 anos após a primeira. Finalmente, a terceira ETA
está sendo construída pelo atual governo e será entregue em julho. Vale
lembrar que durante os oito anos do governo Waldez, a CAESA foi
sucateada, não assegurando nem mesmo os custos de manutenção do sistema -
embora a população tivesse sido acrescida em mais 170 mil habitantes.
Somente agora, graças às ações do Governo Camilo, a população do
Amapá terá esse serviço básico ampliado, caminhando para
universalização. Para tal, o GEA constituiu um fundo de investimento da
ordem de R$ 300 milhões, aproximadamente. Os recursos provêm do caixa do
governo do Estado, de empréstimos do BNDES, do PAC 2, da FUNASA, e de
emendas parlamentares. Nunca se investiu tanto em água como nesses
últimos três anos.
Em Macapá, por exemplo, o GEA investe R$ 133 milhões na ampliação do
sistema de abastecimento. Com isso, passaremos a atender 98% da
população da capital. Hoje a CAESA atende apenas 50% dos moradores,
índice comparável ao dos países mais pobres do planeta.
Santana, por exemplo, vai triplicar a quantidade de água disponível
para os seus 100 mil habitantes. Hoje, apenas quatro entre dez
santanenses dispõem de água tratada. Com esse investimento, será
possível atender 80% da população.
Outros municípios do Estado também foram contemplados com
investimentos: Vitória do Jarí, Mazagão, Calçoene, Porto Grande, Pedra
Branca, Cutias do Araguari Ferreira Gomes, Cidade do Amapá,
Tartarugalzinho, Pracuúba, Serra do Navio, Itaubal. Igualmente, pequenas
comunidades como São Joaquim do Pacuí, Gurupora, Maracá, Carmo do
Maruanum terão água tratada. Apenas para complementar, lembro que
Laranjal do Jari e Oiapoque, únicos municípios que receberam dinheiro
diretamente da FUNASA, infelizmente não completaram as obras; a
ex-prefeita de Laranjal e o ex-prefeito de Oiapoque, juntamente com o
ex-superintendente da FUNASA foram presos por irregularidades na
aplicação desses investimentos.
Graças aos investimentos, o Governo do Estado resgatará essa dívida
social e a população do Estado deixará de pertencer ao enorme
contingente de 2,4 bilhões de habitantes do planeta que não têm água de
qualidade.
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