A ESFINGE DA DISCÓRDIA - Por Rup Silva

IMPRESSÕES

Rupsilva

Está na cara que a exploração do episódio que se seguiu a inauguração do ramal do Bacabinha, no município de Amapá, deve ser atribuído ao ano eleitoral, ao desespero da oposição sem bandeira e a ignorância que infelizmente grassa no nosso estado. D'outra forma é impossível se imaginar que um gesto tão simplório e inocente de um povo  agradecido, tenha tido a repercussão que teve e feito o barulho que se seguiu.

Aquela obra, pense comigo, deve ser avaliada dentro de um contexto onde a prática é não se cumprir promessas eleitorais depois que se chega ao poder e ludibriar a boa fé do eleitor. Pelo  significado e benefício que proporcionou àquela população, esperado  por mais de meio século, de todos os  governos passados, que Camilo Capiberibe prometeu e cumpriu, é compreensível a comoção que se abateu sobre os moradores do município e a homenagem prestada.

Da mesma forma fica claro que desagradou todas as matizes da oposição, as evidentes e enrustidas, como de aliados como o  PSOL, que tem apoio substancial do governo,  e por último aos ladrões de sempre do dinheiro público.Tanto que esses,  ato continuo a inauguração, condenaram a esfinge do governador, que não só cumpriu a promessa, como fez o que tinha que ser feito. Criticas que resvalaram pelo ridículo e mau gosto.

Tarefa que, aliás , chamou para si uma horda de desocupados que infesta os meios de comunicação.São as "novos ricos", órfãos do governo que se foi, políticos desonestos com contas a prestar com a justiça e os manjados manipuladores da opinião pública com seus comentários mentirosos ,injuriosos a manchar a imagem dos que lutam por um estado de direito. Todos malfeitores ( e não são poucos) que investem contra os que optaram por um Estado íntegro, livre dos delitos de apropriação indevida dos bens e riquezas do Estado.

Com certeza pessoas diferentes do povo que homenageou, acostumado ao batente, as agruras de andar em estradas esburacadas e de chão batido, que  enxerga e avalia melhor que a elite engomada dos meios de comunicação que sobrevivem as custas da "vida fácil' de prostitutas do poder, políticos e autoridades que se acostumaram a erigir seus patrimônios a custa do erário e que hoje estão alijados , tocados que foram desde que perderam a eleição de 2010.

É interessante dizer que o governador tem um laço sentimental indelével com o município. Sua mãe, a deputada Janete Capiberibe , nasceu lá. E lá vivem seus parentes , amigos e  parte de sua existência, de onde guarda doces lembranças. Conhecia a esperança antiga de seus conterrâneos.Provavelmente isso teve um peso significativo.Embora Camilo tenha se revelado salomônico na distribuição de benefícios do seu governo a todos os municípios.

Só por essa obra, o governador se faz merecedor não só dessa, mas de todas as homenagens imagináveis.O ganho da sociedade e do estado é imensurável.Basta cotejar a obra do atual governo  com o que se roubou, o que se deixou de fazer no governo passado: sucateamento dos órgãos,déficit de pessoal, de capacitação dessa mão de obra; o empreguismo ,o desaparelhamento dos sistemas,licitações fraudulentas, obras superfaturadas e muitas inconclusa e mesmo  assim pagas, enfim, o desmonte criminoso do Estado. Ações nocivas operadas ao requinte por uma elite corrupta que precisa ser penalizada pela justiça para que se separe o joio do trigo.  

O culto a personalidade, muito em voga nos regimes totalitários, parte de uma prática que se foi desde que caiu o muro de Berlim, evocado como pretexto pela canalha irresponsável que trabalha contra o Estado, aqui não se aplica. O governador , segundo sei e conheço, é um democrata, filho de um casal que lutou na clandestinidade e disso fui testemunho, para nos livrar da ditadura nefasta que o guru dessa gente (Sarney) apoiou e  que ceifou a vida de brasileiros e banhou de sangue inocente o Brasil por mais duas décadas.

Hoje, a atual administração , sob a batuta do jovem governador,  batalha  ao lado do povo para vencer o subdesenvolvimento; para preservar o estado de direito  e as liberdades publicas; o direito de opinião responsável e ( até) irresponsável como essas; do ir e vir do cidadão e de prestar serviço público decente, com qualidade e merecido pelo contribuinte. O discurso e prática de Camilo caminham lado a lado.Não há nenhum vestígio de cerceamento das liberdades públicas como insinua a mídia amestrada, saudosa do governo que se foi.

Ao contrário, a  intolerância do jovem governador,como costuma manifestar em discurso e na prática é  com a corrupção que leva ao favorecimento pessoal, ao enriquecimento ilícito de agentes públicos e empresários amigos, em detrimento da população, constante do governo anterior, cujos agentes que insistem voltar ao poder.

Mas tem outra coisa que incomoda muito mais os adversários de Camilo: sua filosofia de governo, a compreensão que tem do papel do Estado; da visão ampliada, global e inovadora de desenvolvimento que imprime a sua gestão. Algo diferente do que se viu até bem pouco, quando governantes desviavam ilicitamente a riqueza do Estado para mão de poucos e fazia suas ações na capital, maior colégio eleitoral, deixando o interior à míngua com seus problemas crônicos entregues as suas administrações incompetentes e corruptas.

O atual governo vem revolucionando a gestão pública do Estado. Tanto que espanta e atemoriza uns ( a oposição) , e tem dificuldade de ser entendido pelos mais pobres ( o povão), acostumados ao clientelismo barato de políticos desonestos. Não assimilou o investimento que o governo faz num projeto de desenvolvimento integrado. Camilo de certa forma pensa como pensou um gestor, que não lembro o nome e não vou citar nenhum para não cometer injustiça,  que maravilhado com av. Fab , recuperada e embelezada, pediu ao seu Secretário Geral, éramos Território então, sua opinião. Respondeu " muito bonita governador, mas melhor para todos é se ela se estendesse até o interior".

Esta na cara que essa visão democrática e inovadora de governar, distribuindo a riqueza do Estado por todos os municípios, independente da bandeira partidária de seus prefeitos, é que tem feito essa diferença que tanto inquieta essa gente que acha que o Estado deve existir para o fortalecimento econômico das elites que já explora impiedosamente o povo humilde da periferia e interior.

Claro que o povo do município de Amapá nada mais fez que acarinhar o governador que cumpriu o que prometeu depois de mais de 60 anos de vãs promessas eleitoreiras feitas por outros, inclusive pelos que hoje criticam a homenagem prestada ao mandatário.

É inegável que para quem trabalha para renovar o mandato, caso do atual governador,  o reconhecimento da obra pela sociedade permite que as coisas fluam melhor. Principalmente pela importância  e os benefícios que ela provoca. Que faz um bom governo? Cumpre o que promete e faz o que seus opositores não fizeram.Por isso o desespero, o destrambelhamento e a paranóia da oposição, desencarnada do poder.

E não é só isso, a oposição está nua, com as entranhas expostas, sem discurso e proposta e, pior,  sob o alcance da justiça pelo volume de delitos cometidos nos oito anos que governou o Amapá.Resta-lhe, como tenho insistido aqui, mentir, produzir factóides e  colocar chifre em cavalo. E também atirar pedras a todo momento em quem diverge de suas práticas.

Qualquer pessoa esclarecida, sensata,  entende o gesto daquela gente sofrida do Amapá( município) ao ver uma demanda de mais de meio século, enfim, resolvida.Quem não se emocionaria e não faria o mesmo!?Acho até que poderia ter sido evitado para que não se fizesse mau juízo, como acabou acontecendo. Mas Dona Tunica, minha venerada mãe, costumava dizer que quando se recebe um cavalo de presente não se deve olhar o dente.Ou seria o rabo? Nem recusar.

O Governo, me informou um assessor do Setentrião, está tranqüilo. "É mais uma onda criada para desestabilizar o governo e macular a imagem de um governador democrata que cumpre sua tarefa constitucional dentro da lei e com dedicação. Jamais poderia recusar uma manifestação espontânea de uma comunidade satisfeita com o seu trabalho", e completou: " é da temporada....."

Andei pensando em voz alta: bem que o governador poderia trazer o busto, que jamais foi fincado em lugar algum, e colocá-lo num canto, longe dos olhos invejosos dos incapazes, onde mulher e filhos pudessem dele lembrar e matar saudade quando saísse fora do Estado para compromissos do governo. O resto é risível, uma discussão estéril cuja lógica é jogar mer... digo, areia no ventilador e confundir os incautos. Coisa de desocupados.