sábado, 8 de fevereiro de 2014

João Silva avalia a disputa interna e a política de alianças do Psol em ‘Os búzios da sorte’

Os búzios da sorte
Por causa do açodamento de algumas lideranças noviças do PSOL, pessoas sem avaliação correta de um quadro que inspira cuidado, o Amapá pode sofrer um revés tão amargo quanto o retorno dos deputados Moises Sousa e Edinho Duarte, essas coisas que fazem a gente desacreditar no Brasil, nas suas instituições (... dá uma vontade danada de roubar, me dizia velho amigo, brincando).


Evidente que existe uma perturbação no encaminhamento das questões internas do PSOL que se insurge contra as boas relações com o Governo do Estado, contra a continuação de ações conjuntas GEA/PMM e aliança entre o partido e o PSB, do governador Camilo, tendo como cenário as eleições deste ano e o futuro estimado em uma década, digamos.
É preciso que a liderança do senador Randolfe e o equilíbrio do prefeito Clécio intervenham para acalmar as hostes psolistas, acionando os esguichos do bom senso para conter conspirações em chamas fazendo o jogo que interessa aos indivíduos que por pouco não faliram o Estado, dando chá de sumiço em quase um bilhão, dinheiro que faz falta ao povo amapaense.
A vitória de Camilo em 2010 e a chegada de Clécio Luis à PMM, em 2012, custaram jornadas penosas e decisivas para a nossa sociedade. Foi preciso unir forças, renunciar sentimentos pequenos, foi preciso grandeza para evitar o pior. Mas a cizânia ameaça uma conquista que vem propiciando a moralização da administração pública, a melhoria dos serviços, a realização de obras essenciais para o desenvolvimento e a qualidade de vida do povo amapaense cansado de atraso e roubalheira impune.
O descontrole que se vê e se expressa nas redes sociais, nos meios de comunicação envolvendo gente ligada ao PSOL, tem demonstrado coragem, contra todas as evidências solares que nos cercam, de alardear que o governador Camilo vai mal, e impressiona pela falta de bom senso e cegueira ideológica. Claro que isso contamina a informação que deve ser prestada ao cidadão.
Jornalistas, intelectuais, pessoas ligadas ao socialismo e liberdade, radialistas promissores põem em jogo sua credibilidade para engrossar o discurso do séquito de José Sarney querendo parar o governo e o governador Camilo na marra, na base do factoide; apostam no conflito, insistem em separar Camilo e Clécio, cuja parceria vem oferecendo a sociedade resultados que não via há muitos anos, caso do asfaltamento das principais vias de Macapá, das ruas do Oscar Santos e do Bairro dos Buritis, além de outras intervenções que estão por vir, como a reforma das Unidades Básicas de Saúde do Município.
No caso das agressões ao governador nos meios de comunicação e nas redes sociais, psolistas assumem, sem qualquer constrangimento, a falácia do Governo Paralelo, da mídia do Sarney e do Gilvan, e de dois jornais pagos por agentes da Harmonia mirando o poder de onde foram apeados pelo povo, pela Justiça e a lei.
O negócio dessa gente é valorizar a pequenez, a mesquinharia, a crítica chula, os detalhes em detrimento do essencial, da informação, daquilo que precisa chegar ao cidadão, caso da discussão que sucedeu a inauguração do Ramal da Bacabinha, outro besteirol criado na central de boatos da mídia ideológica.
A critica é pra ajudar...Tiremos o espelho da sala, menos vaidade, mais bom senso, por favor; o quadro que está aí não é coisa para o bico de iniciantes da política querendo atalhar caminhos minados, para jovens inexperientes querendo influenciar manobras radicais que podem custar muito caras ao povo do Amapá.
Ainda bem que indo na rota contrária desses devaneios, eu vi, nos festejos do aniversário da cidade, Clécio e Camilo calmos, reafirmando a parceria da reconstrução, como deve ser – São José olhando tudo lá do altar mor da velha catedral.
Claro que o PSOL tem direito de concorrer ao governo, claro que o PSB tem trabalhado para reeleger Camilo, para não se apresentar ao julgamento do povo de mãos vazias, e isso está sendo feito, nenhuma pessoa séria pode negar.
Os números produzidos até aqui, incluindo os da obra invisível da recuperação da credibilidade do Estado, garantem ao socialista um desempenho acima da média, considerando as enormes dificuldades deixadas por seus antecessores.
Definitivamente, o que vai acontecer com o Amapá e a sociedade nas eleições deste ano depende da maturidade política das quatro maiores lideranças do Estado: os senadores Randolfe Rodrigues e João Capiberibe, o prefeito Clécio Luis e o governador Camilo Capiberibe; eles poderão evitar o pior, pois caberá aos quatro, um pouco mais adiante, lançar sobre a mesa os 'búzios' da sorte que nos espera...

3 comentários:

Unknown disse...

" Povo amapaense cansado de atraso e roubalheira impune", bastante claro! Pensamos nós que um dia daria certo, mais o ciclo continua. #MudançaJá

Unknown disse...

São todos farinha do mesmo saco!

Unknown disse...

Os jovens amapaenses evoluíram mentalmente e com certeza não vão deixar esses carinhas continuarem no poder.