A doméstica Maria do Socorro da Silva, de 55 anos, afirma
que já foi procurada por uma pessoa se apresentou como técnico da Secretaria
Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), e que de forma muito subjetiva
disse que se ela não votar em Roberto Góes, não iria conseguir conquistar a
casa própria, fazendo referência ao cadastro que ela fez no início deste para o
Programa Minha Casa Minha Vida.
De acordo com a doméstica, em maio deste ano, ela e outras
milhares de pessoas foram informadas que a Prefeitura de Macapá estava fazendo
o cadastro para os projetos habitacionais Cuba de Asfalto e Buritizal.
Todo o procedimento de inscrição ocorreu no prédio da Secretaria
Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), bem como na Subprefeitura
da Zona Norte, Projeto Macapá (bairro das Pedrinhas) e no bairro Marabaixo.
“Na ocasião, eles pegaram todos os meus dados e disseram que
eu receberia a visita dos técnicos, para ver se eu estava dentro do perfil
social exigido. Na sexta-feira, recebi a tal visita e fiquei feliz, só
estranhei quando ele tocou em política, dizendo que se outra pessoa fosse
eleita o cadastro que nós fizemos não valeria. Depois de muita conversa, pediu
também para que eu permitisse que fosse colocada uma bandeira do Roberto Góes
na minha casa, fiquei com medo e cedi ao pedido dele”, denuncia a doméstica.
Questionada sobre o motivo de não oficializar a denúncia
junto ao Tribunal Regional Eleitoral, ela diz que teme fazer isso e acabar com
a esperança de conseguir a casa própria. “Eu coloquei a bandeira, mas só por
causa disso vou votar em outro candidato”, declarou.
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