quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Famílias cadastradas pela PMM em programas sociais denunciam assédio

A doméstica Maria do Socorro da Silva, de 55 anos, afirma que já foi procurada por uma pessoa se apresentou como técnico da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), e que de forma muito subjetiva disse que se ela não votar em Roberto Góes, não iria conseguir conquistar a casa própria, fazendo referência ao cadastro que ela fez no início deste para o Programa Minha Casa Minha Vida.
 
De acordo com a doméstica, em maio deste ano, ela e outras milhares de pessoas foram informadas que a Prefeitura de Macapá estava fazendo o cadastro para os projetos habitacionais Cuba de Asfalto e Buritizal.
Todo o procedimento de inscrição ocorreu no prédio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), bem como na Subprefeitura da Zona Norte, Projeto Macapá (bairro das Pedrinhas) e no bairro Marabaixo.
“Na ocasião, eles pegaram todos os meus dados e disseram que eu receberia a visita dos técnicos, para ver se eu estava dentro do perfil social exigido. Na sexta-feira, recebi a tal visita e fiquei feliz, só estranhei quando ele tocou em política, dizendo que se outra pessoa fosse eleita o cadastro que nós fizemos não valeria. Depois de muita conversa, pediu também para que eu permitisse que fosse colocada uma bandeira do Roberto Góes na minha casa, fiquei com medo e cedi ao pedido dele”, denuncia a doméstica.
Questionada sobre o motivo de não oficializar a denúncia junto ao Tribunal Regional Eleitoral, ela diz que teme fazer isso e acabar com a esperança de conseguir a casa própria. “Eu coloquei a bandeira, mas só por causa disso vou votar em outro candidato”, declarou.

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