Jean-Philip Struck / Folha de S.Paulo
O prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), foi proibido pela Justiça do Amapá de frequentar bares e boates pelo prazo de dois anos. A decisão foi tomada após o prefeito fazer um acordo com o Ministério Público do Estado, que movia uma ação penal contra Góes por posse ilegal de arma.
Esse tipo de medida pode ser tomado pela Promotoria quando o crime tem pena inferior a um ano.
Com o acordo, o processo contra Góes ficará suspenso por dois anos.
O prefeito da capital macapaense foi preso pela Polícia Federal em setembro de 2010, quando o órgão cumpria um mandado de busca e apreensão em sua casa. No local os agentes encontraram uma espingarda sem registro.
O mandado era parte da Operação Mãos Limpas, que investigou um esquema de desvio de verbas federais por políticos e empresários do Estado. Após pagar fiança, Góes foi solto no mesmo dia.
A defesa de Góes afirma que pretende cumprir o acordo e que ao final do período o processo deve ser extinto. A decisão é do dia 7 de outubro, mas o processo só foi suspenso pela Justiça nesta sexta-feira (14).
Além da proibição, a Justiça também determinou que Góes compareça ao tribunal a cada cinco meses durante a suspensão do processo. O prefeito, no entanto, pode frequentar bares e boates quando em eventos relacionados a sua atividade como prefeito.
O acordo também prevê que Góes não poderá se ausentar da cidade por mais de 30 dias consecutivos sem autorização do Tribunal de Justiça do Amapá.
À frente da Prefeitura de Macapá desde 2008, Góes é primo do ex-governador do Amapá Waldez Góes (PDT).
Em dezembro de 2010, o prefeito chegou a ser preso novamente em uma fase posterior da Operação Mãos Limpas, por suspeita de fraude em licitações.
Ele passou quase dois meses preso. Solto em fevereiro, voltou ao cargo.
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