Do sitio do Chico Bruno
O período eleitoral produz fatos tortos e inusitados. A nota publicada no blog da jornalista Alcinéa Cavalcante e no site do jornalista Correa Neto, sob o título “Denúncia”, assinada pela Coligação Unidade Popular, que tem como candidato a prefeito de Macapá, Clécio Luis (Psol) é um destes exemplos.
A coligação Unidade Popular denuncia o PDT, do candidato à reeleição, Roberto Góes de ação caluniosa, mas não perde a chance de atacar de forma torta e inusitada a candidata do PSB, Cristina Almeida, sob a alegação de abuso de autoridade de uma funcionária do Governo do Estado do Amapá.
A leitura consistente da nota da coligação de Clécio identifica que não houve “abuso de autoridade”, mas a necessidade de a denúncia do PDT ser esclarecida pelo Governo do Amapá, para que não restasse nenhuma dúvida quando a lisura dos vencimentos auferidos pelo candidato, enquanto “professor do estado, concursado desde 1996, lotado no Centro de Ensino Profissionalizante do Amapá – CEPA, a partir do ano de 2010”.
Na nota a coligação pontua:
“O professor Clécio Luís ministrou aulas no CEPA normalmente até sua adesão à greve dos professores do estado. No mês de julho deste ano, Clécio recebeu apenas R$ 350,76 (trezentos e cinquenta reais e setenta e seis centavos) líquidos, conforme seu contracheque verdadeiro Todos os descontos, inclusive da regência de classe, determinados pelo governo do estado para punir os grevistas, constam no contracheque.”
E vai além a Coligação Unidade Popular confessando de forma torta e inusitada que a funcionária do Governo do Amapá queria esclarecer a denúncia do PDT:
“O abuso de autoridade de Ana Célia foi motivado pela denúncia caluniosa veiculada no programa do candidato Roberto Góes, de que Clécio teria recebido valores indevidos no mês de julho”.
Resta provado que não houve “abuso de autoridade”, como a nota tenta induzir, pois a solicitação da funcionaria, segundo a coligação “foi motivada pela denúncia caluniosa veiculada no programa do candidato Roberto Góes”.
Resumo da ópera.
Essa atitude da Coligação Unidade Popular acaba por manchar a credibilidade do candidato, haja vista a tentativa de colocar no mesmo cesto o PDT e o PSB de forma torta e inusitada.
Uma pena, pois demonstra que no calor da disputa até quem prega a ética acaba sendo antiético.
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