Por Rup Silva, colunista do blog
É impossível negar o
avanço do PSOL com as eleições de Randolfe Rodrigues ao Senado e Clécio Vieira a
Prefeitura de Macapá. Como não se pode negar o papel da direita nesse processo
de crescimento que nem o mais entusiasta militante imaginaria que pudesse
ocorrer em tão pouco tempo.
Esse quadro de
inverossimilhança – que levou o partido juntar-se a direita, levado em frente
pela vontade avassaladora de chegar ao poder, colocou o PSOL diante de um dilema.
De como lidar com duas forças políticas diametralmente opostas, feito água e
óleo, como a Direita de Lucas Barreto [PTB], Jorge Amanajas [ PSDB], Davi
alcolumbre [DEM] e por que não dizer Sarney do PMDB contra o PSB/PT cujos
programas, ideias e compromissos nada tem em comum?
Digo isso por que o
conflito está colocado e vem a tona toda vez que Clécio Vieira, o novo alcaide,
reconhece e agradece ao PSB, fator que
considera fundamental para sua vitória no segundo turno do pleito. Situação que
vaga por aí com tal força que fica também impossível nega-la, a ponto de
considerar importante a entrada do PSB na reta final e sua inconteste
influencia na vitória.
Aí mérito para o gesto
magistral de Camilo Capiberibe, do pai e da mãe, em colocar o partido em campo
para eleger Clécio, numa decisão que demonstra de forma madura e cabal que para
eles e para o PSB [ o único que funciona de
verdade como partido] que o Amapá está na frente de tudo.Prevalece sobre
tudo e todos.
E por ele vale a pena
esquecer as injustiças, a negação, o não reconhecimento, a intolerância [do
SINSEPEAP e falsa imprensa, por exemplo],
dos que abominam a ideia de um governo que dirija suas ações para a
sociedade e feche os cofres para a pilantragem e malandragem que enriquece
muita gente ainda.
De um modo geral são pessoas
imaturas, inacabadas, que não conseguem avançar suas ideias pelo ódio que
comandam suas ideias e ações. O Amapá está cheio de gente assim.
Nesse aspecto Clécio
Vieira tem sido didático e justo com o governador Camilo com quem quer se
associar para realizar as obras de reconstrução da cidade. O lance do Lula
apoiando Roberto Goes foi a senha que faltava, daí a ficha ter caído. Afinal o
grão duque gonçalvino preparara um “golpe” a seu estilo para trazer de volta
seus amigos da harmonia que o PSOL percebeu a tempo [ainda bem] retornando ao
ninho antigo e a sua natureza.
É óbvio que tem os
compromissos a resolver pelo caminho com aqueles que ajudaram sinceramente.
Como sabemos de sobra o modus operandi da harmonia vai ficar difícil separar um
do outro. Todos, nesse ponto, parecem coreanos, são todos iguais. Mas é bom não
deixar pendências para trás. Nem ressentimentos, o sentimento predileto dos
políticos amapaenses.
Depois da inquietude do
desconforto, o alívio trazido por decisões e atitudes nobres que só engrandecem
os homens cônscios de suas responsabilidades sociais. Vou ficar devendo essa ao
senador Randolfe que de minha parte recebeu um tratamento duro, mas sincero,
pois achava um desperdício, tal qual seu partido, sua estação montada nos
arraiais da harmonia.
Acho que a coisa é pra
valer. Não acredito em blefe, como insinuam alguns. Que Clécio e Randolfo se
quedaram a duas realidades: uma a iminência de perder uma eleição e a
necessidade de contar com a ajuda do governo para superar as dificuldades que
vai encontrar na Prefeitura.
Não acredito que seja por
isso. Penso que o PSOL rendeu-se a realidade, as controvérsias e até
hostilidades a nível nacional que nunca aceitaram esse “comando” de Sarney. Depois
é público e notório que a eles vai caber a missão de dirigir o Estado
doravante. E um governo só caminha com suas lideranças unidas pelo bem comum.
Mas o tempo, como falou o
filosofo, dirá, pois é o senhor da razão. Nem tão pouco tenho a pretensão de
repetir o líder chinês Chu- En Lai que perguntado sobre as consequências da
Revolução francesa para a humanidade respondera, dois séculos depois, que ainda
era cedo pra dizer. Vamos dar uma chance a Clécio Vieira , Randolfe e o PSOL.
Por todos nós e pelo Amapá.
POUCAS & BOAS
SINTETICO
E OBJETIVO. Cansado dessa lenga-lenga, velha e bolorenta da tal “oligarquia
familiar” imputada a Capiberibe só pelo fato de serem diferentes, não se
misturarem e querer o bem do Amapá, o pessebista Claudio Pinho, engenheiro,
ex-candidato ao governo, homem que conhece a historia do PSB, um dos seus
fundadores, detonou a tese com um artigo sintético e objetivo ou curto e grosso
se preferirem. Excelente diria. Coisas desse tipo ajudam a jogar para o limbo
da historia essas invencionices criadas por motivos subalternos, derrubar mitos
e crendices. Parabéns companheiro Claudio, bela peça.
A
HERANÇA DE CLÉCIO. Guardadas as devidas proporções o novo
Prefeito Clécio Vieira, pelo jeito, vai ter que enfrentar o mesmo quadro
caótico que atrapalhou o governo do Estado mais de um ano na tentativa de
ajeitar as coisas.Ainda bem que,calcado na azeda experiência, Camilo Capiberibe
vai ajudar o governo municipal macapaense e de todas as demais prefeituras do
Estado desde que demonstrem competência e honestidade com a aplicação dos
recursos públicos.A partir de janeiro as coisas deverão melhorar com o fim da
isenção dada a industria, o aumento do FPE a patamares compatíveis com as
necessidades dos Estados e o aporte de recursos do empréstimo do BNDS.
A
DIREITA ESTRIBUCHA. Era inevitável e quimicamente impossível,
água e óleo se misturarem. A turma da direita que apoiou primeiro Randolfe [2010]
e depois Clécio, nesse pleito, não anda muito satisfeita com os mimos do novo
Prefeito ao governador Camilo e ao seu PSB. Tem gente emburrada, fazendo
beicinho, batendo o pé e até ameaçando um retorno à casa do patriarca que não
garantiu a parada. A isso podemos chamar, sem erro, de falta de grandeza e visão
de Estado. O pior mesmo e que ainda tem gente dentro do PSOL que pensa igual.
Por hoje é só.
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