domingo, 11 de novembro de 2012

UPC de Santana traz de volta plano de segurança que projetou internacionalmente o Amapá

Moradores da área portuária de Santana tiveram nesta sexta-feira, 9, seus direitos assegurado e a segurança reforçada com a instalação da Unidade Integrada de Policiamento Comunitário (UPC), na chamada baixada do Ambrósio. O governador Camilo Capiberibe acompanhou, junto com a população, o resgate de uma política de segurança que tem como base a aproximação da comunidade com a Polícia Militar, denominada na época como Polícia Interativa. A unidade vai funcionar 24 horas na sede do 11º Batalhão e contará com 38 policiais militares, além de viaturas.
Esta é a segunda UPC instalada desde o ano passado pelo Governo do Estado do Amapá (GEA). A primeira funciona em Laranjal do Jari, onde os índices de violência caíram. A filosofia do projeto é fundamentada no policiamento comunitário que transforma o policial em uma pessoa de confiança dos moradores. A interação entre as famílias e os policiais é considerada um dos motivos para que jovens e crianças mantenham-se afastados da violência. A UPC carrega consigo outros benefícios, como por exemplo, água encanada, melhoria nas vias como passarelas, iluminação e projetos sociais.
A moradora Joseli Silva, do Conselho de Segurança Comunitária, disse que agora é possível ter esperança de que a vida vai melhorar. "Com a UPC muita coisa vai melhorar, vamos ter uma vida digna. Tem gente que esquece que aqui moram famílias e que merecemos estes benefícios", declarou. O prefeito do município, Antônio Nogueira, concordou afirmando que, "a polícia comunitária vai inibir a bandidagem". Ele acrescentou que estes males existem em qualquer lugar, mas que, com os policiais amigos da população, na baixada do Ambrósio a violência vai perder espaço.
O secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Marcos Roberto Marques, explicou que a instalação da UPC é um dos passos que resulta, na prática, na redução da criminalidade. "Para chegarmos até aqui, foi necessário um processo que envolve a aproximação com a comunidade para saber suas prioridades, a identificação e capacitação dos policiais que podem ter desempenho dentro dos objetivos, a ocupação pacífica da comunidade por policiais, e outros. A comunidade vai sentir a mudança e ver que é possível ter mais segurança, benefícios e direitos respeitados", disse.
A UPC é a continuação do projeto Polícia Interativa criada em 1999 e que foi interrompido em 2003. No período em que funcionou, os resultados positivos renderam ao Amapá o prêmio Dubai, da Organização das Nações Unidas (ONU) concedido para as dez melhores experiências na área de segurança pública. O senador João Capiberibe, que foi governador do Amapá na época, afirmou acreditar que "o resgate desse projeto de policiamento comunitário vai novamente colocar o Amapá como referência nacional em segurança comunitária".
A baixada do Ambrósio é considerada de risco social e está localizada em uma área de ressaca onde moram cerca de 5 mil pessoas. Para o governador Camilo, com a UPC, a comunidade terá paz, tranquilidade e garantia de respeito aos seus direitos. "Todos têm direito à segurança, água, educação, iluminação, e isso está aliado à Polícia Comunitária. O projeto é amplo, as Secretarias de Estado da Infraestrutura e do Meio Ambiente, CEA e Caesa estão trabalhando para trazer benefícios integrados para os moradores", pontuou.
O governador explicou que a unidade é fruto de decisão política e do diálogo entre a comunidade e o governo. Camilo Capiberibe citou alguns atos de sua gestão na área de segurança. "Aumentamos a execução orçamentária da Polícia Militar que, em 2010 foi de R$ 1,5 milhão, para R$ 6 milhões em 2011; chamamos todos os aprovados no concurso da PM; estamos realizando Cursos de Formação, e conseguindo, por meio do diálogo, corrigir injustiças. A polícia repressiva começa a dar vez para a polícia comunitária", afirmou.
As próximas UPCs a serem implantadas são no Igarapé da Fortaleza, em Santana; Araxá/Pedrinhas, Novo Horizonte, Cidade Nova e Muca, em Macapá.
Mariléia Maciel/Secom

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