quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Crise dos combustíveis debatida no Senado

Por Rodrigo Juarez
 
Em audiência pública, nessa quarta-feira, 7, na Comissão de Serviços de Infra-estrutura (CI), presidida pelo senador João Capiberibe, e com as participações de diretores do Sindicado Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e das Distribuidoras Ipiranga e Petrobras-BR, foi discutida as causas da crise de combustível no estado do Amapá ocorrida em outubro deste ano e como prevenir novas ocorrências no futuro.
 
Segundo o presidente do Sindicom, Alísio Vaz, o crescimento do consumo e o aumento da frota de veículos no Amapá e no país são um dos principais motivos para que a crise se estabelecesse. “Com os incentivos dado pelo governo, como a baixa do IPI, para a compra de carros o consumo de combustível aumentou muito no país e isso causou transtornos em alguns Estados, e o Amapá não ficou de fora”, disse.
O mesmo discurso foi acompanhado pelo superintendente da ANP, Guido Filho, que através de planilhas mostrou os índices de crescimento no Estado do Amapá: “De agosto até agora o consumo aumentou em 42%, sendo um fluxo maior de 16% apenas no mês de outubro. O que causou o colapso”.

Já o gerente de operações da Petrobras Distribuidora, Jorge Celestino, destacou que a falta foi um conjunto de acontecimentos inesperados. “Como a gasolina comum e feita com a mistura da Tipo A com o etanol anidro que estava em falta para ser misturado no porto de Belém para depois ir ao Amapá, as balsas que levam três dias para chegar ao porto de Santana sofreram atrasos e os combustíveis tiveram que ser racionados”, destacou Celestino.

Preocupado para que a situação não se repita o senador Capiberibe, indagou a empresa Ipiranga de qual solução estão sendo tomadas: “A crise que assolou o povo do Amapá foi um verdadeiro desastre e o que a empresa poderá fazer para que isso não se repita”, enfatizou.
Como resposta, Guido Filho, gerente jurídico da Ipiranga, disse que sua empresa e a Petrobras estão estudando formas de médio e longo prazo solucionar de vez a situação do abastecimento no Amapá. “A médio prazo, pensamos em colocar um navio cisterna para aumentar o volume de combustível armazenado e pronto para ser distribuído e a longo prazo que navios posam fazer o transbordo diretamente no porto de Santana, cortando assim o longo trajeto percorrido com a utilização de caminhões e balsas”.

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