Na segunda-feira (9), depois que terminou a edição do Jornal Nacional, recebi vários telefonemas de amigos do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Distrito Federal e São Paulo perguntando se conhecia o “cara de pau” do presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, que disse ao JN não ver nada de anormal na verba indenizatória mensal de R$ 100 mil e nas diárias de R$ 2 600,00
As indagações têm a ver com as ligações que mantenho com o Estado desde o inicio dos anos 70, quando pisei pela primeira vez na Linha do Equador para cumprir pauta dos Diários Associados sobre a extração de manganês feita pela Icomi
Não conheço pessoalmente o deputado estadual Moisés Souza (PSC), mas sei que se trata de um empresário que se elegeu pela primeira vez com o auxílio do ex-governador Waldez Góes (PDT), de quem era carne e unha.
Eleito, Moisés foi fiel a Góes até ter preterida a sua vontade de voar mais alto.
Mesmo sem o apoio de Waldez Góes, comprometido com a candidatura do primo e deputado estadual Roberto Góes (PDT), Moisés disputou a prefeitura de Macapá em 2008.
Derrotado, com uma votação pífia e interesses comerciais contrariados, Moisés decidiu se vingar de Góes.
Seu alvo foi o então secretário de Estado da Educação, Adauto Bittencourt. Moisés, travestido de oposicionista, denunciou contratos entre a secretaria e as empresas de vigilância Serpol e Amapá VIP.
Moisés Souza, da tribuna do plenário da Assembleia, denunciava Bittencourt de receber propina das empresas de vigilância. Por tabela sobrava para o ex-amigo Waldez Góes.
Reeleito em 2010 chegou à presidência da Assembleia em uma manobra nebulosa que contou com a ajuda do Judiciário, na qual apenas nove deputados dos 24 deputados votaram e o elegeram.
Na presidência, Moisés cooptou 13 pares com o dinheiro do Orçamento da Casa. A verba indenizatória e as diárias foram o grande atrativo.
Felizmente, Moisés não conseguiu cooptar o governo do Amapá e por isso jurou que desestabilizaria a administração com sucessivas CPIs até conseguir cassar o mandato do governador e da vice, o que o transformaria em governador.
Esse é o Moisés Souza, que além do que foi relatado, teme o inquérito final da Operação Mãos Limpas, no qual corre o risco de ser indiciado.
Por isso, tenta colocar com denúncias requentadas no mesmo cesto de roupa suja seu principal opositor, o governador do Amapá, que barrou o seu desejo de se locupletar do governo estadual.
Resumo da ópera.
Esse é um pequeno resumo da história que se conta no Amapá sobre o deputado estadual Moisés Souza, presidente da Assembleia Legislativa, que informou ao país, em sonora ao Jornal Nacional, que acha normal um deputado estadual do Amapá ter direito a diárias de R$ 2.600,00 e a uma verba indenizatória mensal de R$ 100.000,00.
Foi por essa declaração que tantos amigos quiseram conhecer um pouco mais do autor de tamanho disparate.
Um comentário:
Engraçado, a sua representante de Santana, Mira Rocha, apareceu no Jornal Nacional também com aquela história dos carros alugados e vc não deu um "piu".
Será que ela já te comprou tambném, meu chapa?
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