sábado, 7 de janeiro de 2012

Sobre o impasse dos catraeiros do Oiapoque

Impressões
Por RupSilva  

Tem coisa que só acontece no Amapá. Esta questão dos catraeiros que os deputados federais “Bala” Rocha e David Alcolumbre estão mediando [ extemporaneamente, diga-se de passagem] é mais um desses absurdos de um Estado dominado pela mediocridade e ignorancia. Neste caso não tem como conciliar e os deputados devem saber disso, a não ser se buscar redirecionar os catraeiros para outra atividade que lhes garanta a sobrevivencia mediante treinamento, capacitação e até financiamento se for o caso, para levar adiante uma nova atividade.

A construção da ponte Binacional Brasil/França, que levou mais de dez anos, é uma obra da modernidade e do futuro, importante sob todos os aspectos para o nosso desenvolvimento pois nos transforma no único Estado brasileiro ligado diretamente a Comunidade Europeia, pois a Guyana Francesa, como sabemos, é um Departamento Francês e uma extensão do Estado galês.


Imaginem que isso pode significar uma porta de saída da nossa produção, um incentivo a mais para desenvolve-la e diversificá-la. A Europa é um grande mercado importador de comodites e conssumidor de produtos manufaturados. Chance melhor que essa impossível.E não será uma greve de catraeiros, sem qualquer preconceito e desrespeito aos seus direitos, que vai impedir essa obra importante para nos tirar do atoleiro do subdesenvolvimento.


Por fim, a situação é muito mais grave que parece. O Governo frances promete jogar duro para impedir a atividade de catraeiro com seus gerdames, passando a considerá-la ilegal, colocando mais lenha nessa fogueira.

Pena que tenha chegado a esse ponto. O mais grave é que durante esse longo período não se tenha dado o tratamento devido a essa tragédia anunciada. Pasmem: os catraeiros operam no Oiapoque há quarenta anos!


P.S – A favor dos deputados Bala Rocha e David Alcolumbre: é melhor fazer alguma coisa que nada fazer.

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