sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Rup Silva - SUPREMA GALHOFA!

Impressões por Rup Silva

A expressão “cidade sem lei”  vem de priscas eras, usada no inicio da colonização americana para definir um lugar dominado pela bandidagem. Os conhecidos “facínoras”, segundo os gibis  e filmes que se reportavam aqueles tempos selvagens da vida americana. Lá agiam livremente e faziam prevalecer a lei conforme seus interesses.

Não fosse o Amapá um Estado legalmente constituído, resultante da Constituição cidadã de 88; não vivesse a plenitude do Direito e o respaldo das Constituições Federal e Estadual;  não tivesse um governo legitimamente constituído, eleito pela vontade da sociedade amapaense; não estivesse convencido e determinado a cumprir sua missão de atender as demandas da sociedade, diríamos que estávamos mergulhados na ingovernabilidade [contrariando Sarney], como era o desejo da tal Harmonia, que respira por aparelho e se recusa morrer.

Para chegar aonde chegou, o atual governo, segundo as pesquisas, acabou de fechar seu primeiro ano com louvor e uma aprovação popular invejável [mais de 70%  somados os muito bom e bom].Mas não foi fácil. Teve que resistir heroicamente às forças reacionárias, desagregadoras, retrógradas que nos últimos anos [esqueceram?] destruíram as finanças do Estado, obrigando o governo a se desdobrar para recuperar o crédito junto as instituições financeiras, governo federal e a população.
A situação, é bom jamais esquecer,  era tão tenebrosa que o governo teve que trocar turbina em pleno voo, para usar uma imagem corriqueira, mas verdadeira. Tapar rombos, pagar dívidas, reorganizar a máquina administrativa, reequipar o sistema sucateado e concluir obras inviabilizada pela roubalheira era uma tarefa quase impossível, mas cumprida apesar de tudo.

Temos que repetir isso reiteradas vezes para que a sociedade não esqueça. Não me importo em ser repetitivo. Temos que bater nessa tecla exaustivamente para que esse quadro imoral não aconteça novamente e venha prejudicar o Estado e seu povo. Para que esses agentes que infelicitaram o Amapá sejam banidos de vez. O Amapá precisa de paz para reencontrar seu caminho. Aqueles foram anos difíceis vividos. Os piores de nossa tenra existência. A sociedade não pode esquecer, repito.

Mas é dolorido ter que aguentar o teatro bufo, degradante, imoral, antiético montado pelos políticos que não querem abrir mão de seus privilégios e assumem impunemente a atitude antidemocrática de desestabilizar o governo e sublevar a sociedade.

As mentiras veiculadas nos meios de comunicação, a exigência em tom de ultimato dos deputados por recursos orçamentários que fogem a realidade e prejudicam as ações do governo, o “teatro” rídiculo e indigente de Gilvan Borges e o seu governo “paraleso”, o silêncio criminoso dos políticos e midiáticos são o triste retrato da decrepitude de uma classe política incapaz de separar os interesses públicos dos interesses privados.

De sorte que o governo resiste com segurança e autoridade a esses desvios de comportamento e realiza seu trabalho com rara eficiência – basta olhar com atenção e ver o que tem pra ver, como tem feito, ainda bem, a maioria da sociedade.

É bom lembrar que como membro da República,  somos amparados por leis e por instituições que tem a obrigação de manter invioláveis os princípios e as regras constitucionais. A harmonia da forma como interpretada e praticada no governo passado jamais pode significar conluio, capitulação às práticas lesivas aos anseios do conjunto da sociedade.

Daí que a decisão do Des. Vales, no que se refere a partilha do orçamento, conforme modelo concebido pela AL, tomada recentemente, enche todos nós de esperança e nos faz acreditar, apesar de tudo, que há uma luz no fim do túnel. Da mesma forma que a atitude da Procuradora do Estado, Ivana Cei, ao denunciar a mesma Assembleia Legislativa junto ao Ministério Público Federal sobre o aumento indecoroso e descabido [mais de 160%] das tais verbas indenizatórias, valores incompatíveis com a economia do Estado.

O retorno desses organismos ao leito da normalidade, fazendo o trabalho que deles se espera como ocorre em qualquer sociedade decente, nos permite sonhar com um Estado avançando no sentido de sanear seu déficit social, dependendo do governo é claro. Os governos, óbvios, serão sempre diferentes nos objetivos e forma de atuação. O que não pode mudar é a maneira dessas instituições agirem em nome da normas legais.

Não custa lembrar que os governos são circunstanciais, passageiros, diferente dessas instituições que são perenes, permanentes e tem a obrigação, no exercício de seu poder – sem discriminar, sem fazer acordos espúrios, de zelar pelos interesses do cidadão, a quem o governo tem obrigação de satisfazer.

O que se deseja então? Governo trabalhando em favor do povo e instituições públicas funcionando e exigindo o cumprimento da lei. Não se trata de concessão, mas obrigação. Afinal é o nosso suado dinheirinho que financia todos eles, sendo correto então que a sociedade, repetimos, seja o seu maior e único beneficiário.

Um comentário:

Karin disse...

"SEM PALAVRAS... VC DIZ TUDO O QUE SINTO E O QUE REALMENTE QUERO E SONHO PRO MEU QUERIDO AMAPÁ" Quiserá se nós pudessemos fazer com que as pessoas entendesse isso!!