O juiz Matias Pires
Neto, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Macapá, marcou para o dia 3 de
fevereiro de 2014, às 9 horas, a audiência de instrução e julgamento na
Ação Penal em que são réus os ex-governadores Waldez Góes (PDT) e Pedro
Paulo Dias de Carvalho (PP), e outros três ex-secretários de
Planejamento, Orçamento e Finanças da gestão dos ex-governadores
Paulo Silva do Amapá 247 - O Ministério Público
do Estado do Amapá move ação contra os ex-governadores e seus
ex-secretários pela prática do crime de peculato. Os réus estão sendo
processados pela utilização ilegal de recursos provenientes dos
empréstimos consignados contraídos pelos servidores públicos
estaduais. Os mandados de intimação já estão sendo expedidos aos réus e a
duas testemunhas.
O ex-governador Waldez Góes e
os ex-secretários, Haroldo Vítor de Azevedo Santos, Sebastião Rosa
Máximo e Nelson Américo de Morais, já foram ouvidos pelo juiz Matias
Pires Neto. O ex-governador Pedro Paulo não compareceu nas duas últimas
audiências. O processo tem seis volumes e 1206 folhas.
Na ação pública penal, o
Ministério Público pede a condenação dos acusados por terem retido
valores mensais devidos pelos servidores estaduais em empréstimos
consignados, valores estes que deveriam ser repassados aos bancos
credores. “A conduta apropriatória do GEA, por seus gestores, impedia
que os débitos dos consumidores, todos eles servidores do próprio
Estado, honrassem os pagamentos dos respectivos empréstimos”, afirma na
denúncia, o promotor de Justiça Afonso Guimarães.
Para o promotor, em novembro
de 2009, o então governador, Antônio Waldez Góes da Silva, determinou à
sua equipe de governo, em concurso com Haroldo Vitor, à época
secretário estadual de Planejamento, que a partir de então não
realizasse o repasse dos consignados. E em abril de 2010, o então
vice-governador Pedro Paulo Dias de Carvalho, assumiu o cargo de
governador do Estado, ao invés de estancar a ilegalidade patrocinada
pelo seu antecessor, Pedro Paulo, não somente se omitiu na tomada de
providências com vista a responsabilidade civil e criminal, mas manteve o
regime apropriatório até o final do seu mandato, em concurso com os
seus secretários de Planejamento Sebastião Máximo e Nelson Américo.
Em defesa, os acusados
alegaram que foram levados à prática de tais ilícitos pelas
“consequências da crise mundial”, que teria abalado as finanças
públicas, inclusive do Estado do Amapá. Em seu depoimento, o
ex-governador Waldez Góes disse que “não sabia que o dinheiro era
descontado dos servidores e não era repassado às instituições
financeiras. E que, nunca ordenou nem por escrito, nem verbalmente, o
descumprimento de qualquer das despesas obrigatórias”.
De acordo com as provas
apresentadas pelo MP-AP, até dezembro de 2010, os acusados deixaram de
repassar somente aos bancos BMG S/A, PINE S/A, INDUSTRIAL e HSBC BANK
BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO, o valor de R$ 68.210.076,90, mas no total
chegaria a mais de R$ 74 milhões. Pelas mesmas condutas, os acusados
respondem na 6ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca, por atos de
improbidade administrativa com pedido de ressarcimento ao erário.
8 comentários:
Vergonha para nosso estado, pois ele vai tenta a reeleição para governador
Ele ja deveria esta preso, pois foi nítido o desvio de dinheiro dele
O roubo foi claro, cadê o MP essas horas?
Muitos dos nossos representantes são homens que ficaram ricos do dia para noite e ninguém faz nada. Cadeia é pouco!
Dizem as más línguas que ele vem candidato ao governo do estado em 2014. E dizem as línguas piores ainda que ele tem chances reais de ganhar. Isso acontecendo, eu desisto de vez da política.
Sacanagem! E ainda vai ter gente pra votar nele, MP deveria ser mais rigoroso quanto a isso!
Se todos os servidores que foram massacrados por esse governo anterior tiverem a noção do quanto catastrófico foi essa administração, com certeza não votaram nesse cara.
Com certeza, todos terão essa noção. Esses dias ouvia umas pessoas discutindo sobre isso e Waldez Góes não era bem falado por eles.
Postar um comentário