quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O dilema do PT e o estrangulamento das lideranças emergentes

As eleições de 2012 se aproximam e o PT, um dos partidos de maior força nacional e detentor de um expressivo tempo de rádio e TV, ainda não definiu quem será o candidato que irá disputar as prefeituras das duas maiores cidades do estado.

Segundo o ex-deputado Joel Banha, em Macapá está definido que o partido terá candidatura própria. Só falta definir quem será o nome. Para Banha o momento do PT apresentar proposta de apoiar um candidato de outro partido foi vencido. A data limite seria 10 de janeiro, segundo as diretrizes do Regulamento das Prévias e Encontros do PT para 2012.

As principais correntes e grupos políticos mantém a unidade que é preciso ter candidatura própria para fortalecer o projeto do partido no Amapá, ao mesmo tempo em que almejam o apoio do PSB para o fortalecimento da Frente Popular que foi vitoriosa em 2010.

Mas o debate para decidir os rumos do partido na Amapá e na capital tem sido centralizado nas mãos de poucos "iluminados" ou “meia-dúzia” de lideranças que controlam a máquina do partido. Essa concentração de poder não abre espaço para lideranças emergentes que tem potencial eleitoral e poderia ser uma alternativa do PT nas eleições de 2012. 

Correntes políticas mais radicais como a Articulação de Esquerda têm ficado de fora do debate controlado pela cúpula dos três maiores grupos, pertencentes a quem tem mandato, e quase não ocupa espaço no governo Camilo Capiberibe.

Lideranças que foram bem votadas e até foram considerados fenômenos eleitorais como Marcos Roberto e Rocha do Sucatão não participaram da última reunião dirigia pela vice-governadora Dora Nascimento. Apenas o staff ou núcleo dirigente e majoritário tiveram vez. Dentre os comandantes estão: Nogueira, Dalva Figueiredo, Joel Banha e Lourival Freitas.

Marcos Roberto e Rocha do Sucatão foram excluídos da reunião, apesar da expressiva votação em 2010. O atual secretário de Segurança Pública vem realizando um trabalho expressivo que poderia ser bem explorado numa campanha eleitoral. É só olhar para os dados estatísticos e da mudança que vem acontecendo na área da Segurança Pública.

Além disso, o nome do professor Marcos, como também é conhecido no meio da militância, tem pouca rejeição e é emergente. Vale lembrar que Marcos Roberto teve quase 30 mil votos só na capital, quando disputou a eleição para senador em 2010.

Além disso, o nome de Marcos Roberto é bem visto no meio da militância do PSB e tem ótima aceitação no Palácio do Setentrião. Talvez pudesse ser um consenso e provocar a retirada da candidatura de Cristina Almeida que não consegue sair do marasmo das estatísticas e é alvo fácil para oposição.

Em Santana o PT enfrenta outro problema parecido. Mas o assunto será tratado em outro momento neste blog. O que é certo é que o PT precisa refletir se quer crescer como partido de massas ou quer ser controlado por alguns grupos que só vislumbram como horizonte político a manutenção do controle da legenda e do poder.

O PT tem a faca e o queijo na mão para ser a força principal de uma chapa da Frente Popular em 2012. Não é a toa que até o PSOL anda cortejando o partido. Isso é o reflexo do peso político que a legenda poderá ter em outubro vindouro. 

O povo quer novidade e precisa de uma nova forma de fazer política com novas caras e lideranças. Isso ficou comprovado com a eleição de jovens lideranças em 2010.

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