segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Greve da PM: Outros Estados vão parar, diz líder nacional

Zero Hora

Pedro Queiroz, Presidente da Anaspra, representante de cerca de 700 mil policiais, o presidente da Associação Nacional de Praças, Policiais e Bombeiros Militares (Anaspra) defendeu os grevistas da Bahia em entrevista a Zero Hora:

Zero Hora – Como o senhor avalia o que está acontecendo na Bahia?
Pedro Queiroz – É um mal necessário. Os policiais dão suas vidas pela sociedade, mas o governo não dá estrutura para que trabalhem. Essas questões estão levando o país a desencadear movimentos paredistas, como ocorreu no Rio de Janeiro, no Pará, no Maranhão, no Ceará.
ZH – A impressão é que os protestos estão cada vez mais radicalizados.
Queiroz – Radicalismo eu vejo por parte do governo, que não tem tratado os agentes de segurança pública com respeito. A categoria apenas para, só isso.

ZH – Mas bombeiros invadiram quartel general no Rio, PMs colocaram fogo em pneus no Rio Grande do Sul, ocuparam a Assembleia na Bahia, aquartelaram-se em Pernambuco.
Queiroz – Não avalio como algo violento. As assembleias legislativas de qualquer Estado são casas do povo. E o policial militar é povo. O melhor local para se fazer atos públicos é na Assembleia.

ZH – Onde será a próxima greve?
Queiroz – O Rio tem assembleia nos próximos dias, e o indicativo é de parar, às vésperas do Carnaval. Não tem jeito. O governador não quer ceder.

ZH – Pode haver efeito cascata?
Queiroz – Já está havendo efeito cascata. As notícias de que outros Estados vão parar são iminentes.

ZH – O que mudou nas manifestações no passado para as de agora?
Queiroz – A estratégia. Em 1997, que foi um movimento trágico, não havia espaço para organização. As categorias começaram a se organizar em associações, a se integrar. Hoje, conhecemos os colegas. Ficou mais fácil apresentar uma pauta ao governo, ir para o movimento paredista.

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