quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O PSOL, os políticos DENOREX e a oposição DENOREX

Parece remédio, mas não é! A velha frase serve para alguns políticos do Amapá

Na política sempre fui defensor de que temos que ter lado. Isso é público e notório em diversos partidos e organizações sociais. No Amapá isso não é diferente. Quem conhece a trajetória de algumas lideranças políticas pode  perceber que sempre eles tiveram lado, seja com a esquerda ou com a direita.

Nos últimos oito anos, no governo do consórcio de poder da direita comandada por Sarney, que tinha como figura fiel no Palácio do Setentrião, Antônio Waldez Góes (PDT), observamos figuras que sempre ficaram em cima do muro. A sociedade ficou claramente dividida entre o grupo da “harmonia” e a oposição comandada pelo PSB e setores da esquerda local que se encontravam dispersos em outros partidos como o PT, PSOL e em sindicatos e organizações da sociedade civil.

A eleição de 2010 colocou em debate que havia uma terceira via.  Os chamados independentes, que na verdade era um grupo que tinha feito parte do governo Waldez, liderados por Lucas Barreto (PTB) e nos escaninhos dos bastidores do poder era apoiado e o queridinho de Sarney.

A turma dos independentes, a chamada terceira via, na verdade foi um grupo que não se definia politicamente e nem se posicionava diante dos escândalos pipocados no governo de Waldez Góes e Pedro Paulo. Essa chamada neutralidade que reivindicava um não atrelamento com nenhum dos grupos que polarizavam historicamente as eleições no Amapá, foi desmascarada no processo eleitoral, quando foi desencadeada a operação “Mãos Limpas” da PF.

No grupo dos chamados independentes, a terceira via, podemos citar setores formadores de opinião da imprensa, o PSOL e o próprio grupo político de Lucas Barreto (PTB). Esses setores que outrora, se intitulavam como esquerda e oposição a “harmonia”, se tornaram reféns e hoje vão a reboque da oposição capitaneada por Gilvam Borges (PMDB), Moisés Sousa (PSC) e o PDT. Todos, sem exceção devem obediência ao senador Sarney, o guru político da oposição.

Esse grupo parece ser de esquerda e contra as práticas golpistas da oposição que desmantelou o Amapá, onde parte foi parar nas carceragens da PF, mas na verdade não é oposição. 

A explicação para essa afirmativa é observada no comportamento do PSOL e de alguns setores que se reivindicam independentes, quando o assunto são os escândalos na PMM e assuntos de interesse público envolvendo a Assembléia Legislativa e outros poderes que compartilhavam a tese da “harmonia”.

O PSOL na Câmara de Macapá vem se calando e fazendo vista grossa em relação as denúncias contra o prefeito Roberto Góes (PDT). Isso é fato ao observamos a diferença de atuação do mandato do vereador Clécio Vieira quando fazia oposição ao ex-prefeito João Henrique e agora a sua atuação de “oposição light” ao atual gestor.

Há quem diga que Clécio Vieira pode ser candidato a prefeito do PSOL apoiado pelo PTB e setores da falida “harmonia”. Caso Roberto Góes não seja candidato, o PSOL pretende contar com apoio, ainda que mascarado, de setores que saquearam os cofres públicos durante o último governo, e que ainda continuam saqueando a PMM. 

Outro fator que comprova a falsa neutralidade e independência desse grupo, são os posicionamentos públicos e acordos costurados por Randolfe Rodrigues (PSOL) com parte da imprensa que faz oposição ao GEA e que devem obediência ao senador Sarney e Gilvam Borges.

Alguém ver a imprensa da “harmonia” criticar os políticos ligados ao PSOL e  ao PTB?

Parafraseando uma velha campanha de um produto chamado DENOREX, a velha frase também serve para esse grupo intitulando independentes: “PARECE REMÉDIO, MAS NÃO É”. 

A política “DENOREX” fica bem clara nos posicionamentos públicos dos políticos que se intitulam independentes, tanto em relação ao governo Camilo Capiberibe, como ao grupo que governou o Amapá e faz oposição.

Parece ser de esquerda, mas não é. Parece ser oposição à “harmonia”, mas não é. São os políticos “DENOREX” ou esquerda “DENOREX”.

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