O ex-governador Waldez Góes sendo escoltado por Policiais Federais durante sua prisão na Operação "Mãos Limpas" |
O jornal Correio Braziliense, edição desta segunda-feira 6, publica matéria com uma lista de ex-governadores que estão enrolados com a Justiça, mas que pretendem disputar as eleições deste ano; Entre eles está Waldez Góes (PDT), governador do Amapá entre 2003 e 2010 e preso pela Polícia Federal (PF)
Paulo Silva do Amapá 247 - De acordo com o jornal, ex-governadores processados, alguns inclusive já condenados por irregularidades enquanto controlavam os respectivos Estados, se articulam para voltar ao posto em 2015. Entre eles estão o líder do PR na Câmara dos Deputados, Anthony Garotinho, que pretende retomar as rédeas do Rio de Janeiro, e o ex-chefe do Executivo do Amapá, Waldez Góes (PDT). Ambos estão livres para concorrer porque ainda não tiveram os processos por desvio de verbas públicas concluídos. A lista dos enrolados, mas com planos para 2014, ainda conta com outros dois possíveis pré-candidatos: os ex-governadores Ivo Cassol (PP), de Rondônia; e Ronaldo Lessa (PDT), de Alagoas.
O jornal revela que o líder do PDT na Câmara e vice-presidente do partido, André Figueiredo (CE), minimiza a presença de dois possíveis candidatos do partido ainda às voltas com os tribunais. Ele destaca que Góes, por exemplo, ainda está se defendendo no caso. "Se o processo já tivesse sido transitado em julgado, o Waldez não seria candidato", resume.
O escolhido do partido foi preso em 2010 na Operação Mãos Limpas da Polícia Federal com outras 17 pessoas, quando já havia deixado o comando do Amapá. Além dele, foram para o xadrez o então governador do Estado Pedro Paulo Dias (PP) — antigo vice de Góes —, a ex-primeira dama Marília Góes (mulher de Waldez), atualmente deputada estadual, e o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Júlio Miranda.
O pedetista, que governou o Amapá entre janeiro de 2003 e abril de 2010, é acusado de envolvimento em um esquema de desvio de verbas públicas da União. Ele responde pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência e formação de quadrilha, entre outros.
Presidente do PDT no Amapá, Waldez Góes é réu em pelo menos dez processos que tramitam na Justiça estadual, na Justiça Federal no Estado e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (caso da Operação Mãos Limpas. No mês que vem, ele deve ser julgado na Quarta Vara Criminal de Macapá sob a acusação de desviar R$ 74 milhões de empréstimos consignados de servidores do Estado entre 2009 e 2010. O dinheiro era descontado do servidor, mas não repassado aos bancos.
Em agosto do ano passado, Waldez Góes e a mulher dele, a deputada estadual Marília Góes, ambos presos pela Polícia Federal em 2010 durante a operação Mãos Limpas, promoveram um encontro com outras lideranças políticas com o objetivo de formar um grupo de oposição ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Pouco mais de 300 pessoas participaram do evento.
A ideia seria montar um bloco, já visando as eleições de 2014, que possa em diferentes níveis fazer oposição ao governador Camilo Capiberibe (PSB). Esse mesmo grupo, que esteve no governo de 2003 a 2010, é acusado de deixar um rombo em mais de R$ 1,5 bilhão nos cofres do Estado, de acordo com relatório da polícia federal. Do encontro também participaram o deputado Edinho Duarte, o ex-deputado Jorge Amanajás (os dois investigados nas operações Mãos Limpas e Eclésia) e o ex-senador Gilvam Borges, denunciado por crimes ambientais e por envolvimento em desvio de recursos da Funasa destinado à saúde indígena, conforme reportagem da revista Época.
De acordo com o texto de um jornal de circulação local, que deu destaque ao encontro político, Waldez Góes, ex-governador do Amapá e presidente regional do Partido Democrático Trabalhista, "é a principal liderança da organização". Waldez Góes e a mulher dele conheceram o camburão da polícia federal no dia 10 de setembro de 2010 devido à operação Mãos Limpas, quando estavam em campanha para o Senado e Assembleia Legislativa. Após dez dias de prisão, Waldez retomou sua campanha eleitoral, que custou 437 mil reais, mas foi apenas o quarto colocado no pleito, derrotado por Randolfe Rodrigues (Psol) e João Capiberibe (PSB). Marília conseguiu se eleger e cumpre mandato presidindo a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amapá.
Apontado pelo Ministério Público Federal como um dos "pivôs" do esquema de desvios, o ex-governador continua em cargo público e empregado na Câmara dos Deputados. O deputado federal Bala Rocha abrigou-o generosamente (pela segunda vez) como assessor no escritório político que mantém em Macapá. De acordo com sua assessoria, Waldez está trabalhando para "recuperar a influência do PDT" no Estado. Waldez Góes e Marília Góes integram o grupo político aliado do presidente do Senado, José Sarney, no Amapá. Maranhense, Sarney elegeu-se pelo Amapá e tem grande influência sobre o grupo. (Com informações do Correio Brasiliense)
3 comentários:
Quanta inocência. Quem já experimentou o poder quer ela de volta. Waldez Góes, Antônio Nogueira, Roberto Góes e todos os outros políticos do Amapá.
Isso não pode ocorrer, político corrupto não pode mais assumir nosso estado
Lugar de bandido e na cadeia!
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