É recorde; popularidade
da presidente e de seu governo são inéditos, apura pesquisa CNI/Ibope;
79% aprovam sua maneira de governar; 63% consideram o governo ótimo ou
bom; 38% reconhecem que as notícias publicadas na mídia são negativas
para a gestão; mas 75% dizem confiar em Dilma Rousseff; oposição vai
acentuar ataques ou fazer retirada estratégica para reavaliar situação?;
quem segura essa mulher?
247 - Fustigada pelas críticas sobre o baixo
crescimento do PIB, o estilo pessoal de governar e sua política de
alianças, para o grande público a visão sobre a presidente Dilma
Rousseff é outra: está fazendo uma gestão cada vez melhor.
É o que se depreende dos números da pesquisa CNI/Ibope, divulgada
nesta terça-feira 19 pela Confederação Nacional da Indústria. Nada menos
que 63% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom, maior
índice desde o início da gestão. E não se pode dizer que o público não
esteja ciente das críticas disparadas por meio da mídia. O noticiário
recente sobre o governo Dilma foi considerado favorável por apenas 38%
dos entrevistas, ou seja, está claro para o público que as notícias são,
em maior número, negativas para a gestão.
Mesmo assim...
Dilma apresenta, nesta primeira pesquisa em seu terceiro ano de
mandato, uma aprovação superior as obtidas, na mesma altura da gestão,
pelos então presidentes Lula e Fernando Henrique. O primeiro marcou 39% e
FHC, 56%. Ambos foram reeleitos.
Apenas 7% dos ouvidos pelo Ibope a serviço da CNI consideraram o governo Dilma como péssimo. O voto em regular obteve 29%.
Também a aprovação pessoal da presidente subiu – dentro da margem de
erro, mas subiu de 78% na última pesquisa para 79% agora. Os
antecessores também perdem nesse quesito: Lula com 58% e FHC, 70%.
Somente 17% afirmaram desaprovar a gestão de Dilma.
Os resultados da pesquisa deverão levar a oposição à presidente a
rever seus métodos. Nas últimas semanas, as críticas se acentuaram,
especialmente em relação ao desempenho do PIB, de 0,9% no ano passado.
Mas tudo isso ainda parece pouco para abalar a força popular da
presidente. Pode-se alegar que as críticas mais recentes sobre a gestão
da Petrobras e o aumento no número de ministérios ainda não puderam ser
captadas pelo radar da pesquisa, feita trimestralmente, mas será que
isso faria tanta diferença assim?
Abaixo, os destaques da pesquisa segundo a CNI:
• Avaliação positiva com relação ao governo Dilma mantém tendência de crescimento
iniciada em setembro de 2011
• Para 63% da população brasileira o governo Dilma é ótimo ou bom, maior percentual
desde o início do governo.
• Cresce otimismo com relação ao restante do governo Dilma. Percentual dos que
acreditam que será ótimo ou bom passa de 62% para 65%.
• Percentual da população que aprova a maneira de governar da presidente Dilma
alcança 79%.
• 75% dos brasileiros confiam na presidente Dilma.
• Nas nove áreas de atuação do governo avaliada verificou-se um movimento de melhora, ainda que dentro da margem de erro para a maioria delas.
• Combate à fome e à pobreza, Combate ao desemprego e Meio ambiente continuam as
únicas áreas aprovadas pela maioria da população.
• Saúde, Segurança pública e Impostos são desaprovadas por mais de metade da
população.
• O noticiário recente sobre o governo foi considerado mais favorável ao governo Dilma
por 38% dos entrevistados.
• Para 61% da população governo Dilma está sendo igual ao governo Lula.
iniciada em setembro de 2011
• Para 63% da população brasileira o governo Dilma é ótimo ou bom, maior percentual
desde o início do governo.
• Cresce otimismo com relação ao restante do governo Dilma. Percentual dos que
acreditam que será ótimo ou bom passa de 62% para 65%.
• Percentual da população que aprova a maneira de governar da presidente Dilma
alcança 79%.
• 75% dos brasileiros confiam na presidente Dilma.
• Nas nove áreas de atuação do governo avaliada verificou-se um movimento de melhora, ainda que dentro da margem de erro para a maioria delas.
• Combate à fome e à pobreza, Combate ao desemprego e Meio ambiente continuam as
únicas áreas aprovadas pela maioria da população.
• Saúde, Segurança pública e Impostos são desaprovadas por mais de metade da
população.
• O noticiário recente sobre o governo foi considerado mais favorável ao governo Dilma
por 38% dos entrevistados.
• Para 61% da população governo Dilma está sendo igual ao governo Lula.
Avaliação de Dilma no Nordeste e notícias positivas explicam resultados
Pedro Peduzzi, da Agência Brasil – Os recordes de avaliação positiva
da presidenta Dilma Rousseff e de seu governo podem ser explicados pela
melhora de sua avaliação na Região Nordeste e notícias favoráveis sobre
redução de custos da cesta básica e da energia. A presidenta também
passa a imagem de administradora competente, firme e segura.
"A presidenta Dilma não era tão forte no Nordeste como era [o
ex-presidente] Lula. Mas isso mudou na pesquisa de agora, que mostrou
uma avaliação positiva muito forte dela nessa região. Lá, o percentual
de pessoas que avaliam o governo como ótimo ou bom passou de 68% para
72%. Na comparação com dezembro do ano passado, a aprovação da maneira
de a presidenta governar subiu de 80% para 85%", explicou o gerente
executivo de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca.
Na avaliação do pesquisador, três fatores ajudaram na boa avaliação
do governo: "Baixa taxa de desemprego com crescimento da renda; as
políticas sociais, que são aprovadas pela grande maioria dos
brasileiros; e, embasado também em outras pesquisas, o carisma pessoal
da presidenta, que passa uma imagem de administradora competente, firme e
segura nas decisões. Esses fatores geram segurança e resultam na
avaliação política crescente apontada pelas últimas pesquisas", explicou
Fonseca.
Outro fator que, na avaliação do pesquisador, pode influenciar nas
imagens positivas do atual governo e da presidenta foi o crescimento da
percepção de que as notícias veiculadas na mídia têm sido favoráveis ao
governo. "Notícias como a redução do preço da cesta básica, as garantias
dadas contra apagões, a redução da conta de luz e o aumento do salário
mínimo representam notícias econômicas boas", disse.
"Mais que índices econômicos, valem as boas políticas sociais
implementadas pelo governo federal", complementou, ao lembrar que, "se
por um lado mais de 60% desaprovam as políticas de impostos, saúde e
segurança, [por outro] saúde e segurança pública não são políticas
exclusivas do governo federal".
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