sexta-feira, 15 de março de 2013

Jornalista denuncia desmandos de Dilson Borges em Mazagão e Império de Comunicação silencia

Dilson Borges (centro) e a oligarquia midiática se calaram diante das denúncias de Hélio Nogueira
 
O jornalista e radialista Hélio Nogueira, profundo conhecedor das artimanhas da oligarquia Borges e do ex-senador Gilvam Borges (PMDB), dono de um verdadeira Império de Comunicação, construído ao arrepio da Constituição Federal que proíbe acúmulo de concessões de rádio e TV e veda o monopólio por parte de políticos, postou em seu facebook uma denúncia bombástica contra a gestão do irmão do coronel midiático Gilvam Borges. 

Os meios de comunicação da família Borges são utilizados pra bombardear diuturnamente o governo Camilo Capiberibe com ataques levianos e até mesmo mentiras propagandeadas de hora em hora com inserções que mais parece uma campanha pública de difamação nos moldes do que foi feito contra Lula, Dilma e o PT no plano nacional. A Constituição Federal garante a liberdade de imprensa, mas a rede de comunicação do fiel escudeiro de Sarney tem quebrado as regras da legislação e a Anatel, MPF e MP se calam diante do descalabro e dos excessos criminosos do Império de Comunicação. 

Acompanhem abaixo a denúncia do jornalista contra o prefeito de Mazagão. As rádios e TV´s da família silenciaram e jornais que são alinhados ao senador Sarney seguem a mesma linha.

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DO MUNICÍPIO DE MAZAGÃO: COROLÁRIO DE IMPROBIDADES ADMINISTRATIVAS
Por Hélio Nogueira via facebook

Quem abre o portal da transparência da prefeitura de Mazagão (http://mazagao.ap.gov.br/portal/) se depara logo de cara com pelo menos duas improbidades administrativas. Uma delas é o contrato 014/2013, empenhado no dia 12 de março. Por ele, o prefeito Dilson Borges, irmão do ex-senador Gilvam, contrata a empresa Aquino Albuquerque Rocha Advogados - ME, para prestar assessoria jurídica à prefeitura. Até aí não haveria problema, não fosse o valor milionário da prestação dos serviços: 130 mil reais por mês. Fernando Aquino, dono da empresa, foi advogado e chefe de gabinete do ex-senador Gilvam, quando este desfrutava das mordomias do Senado. Borges não esqueceu de chamar Aquino, um antigo aliado e pau-pra-toda-obra e pagar-lhe generosamente pela prestação de serviços. Na época do ex-prefeito José Carlos Marmitão, antecessor de Dilson Borges, a prefeitura tinha como contratado o advogado Daniel Dias a quem pagava 2 mil reais por mês.
Em Mazagão desconfia-se que o valor exorbitante a ser pago ao advogado Aquino seria uma forma de fazer caixa de campanha para uma futura candidatura de Gilvam à Câmara Federal em 2014.

O prefeito se aproveita de um decreto declarando o município em estado de emergência por um período de 180 dias, assinado por ele ao assumir o mandado em janeiro, que lhe garante o direito de contratar obras e serviços, com dispensa de licitação pública.

O portal da transparência da prefeitura também não consegue esconder uma outra contratação absurda. A da empresa MR Construções, de propriedade de Mauro de tal que, coincidentemente é o diretor de Obras da prefeitura de Mazagão. A empresa foi contratada para realizar a limpeza das ruas da cidade pelo valor de 143 mil reais. Desse total, ele já recebeu até agora 91 mil reais. Aliás, é o próprio Mauro quem se paga pelo trabalho que sua empresa presta à prefeitura.

Como se isso não bastasse, o prefeito Dilson reservou outro mimo à MR Construções. Deu ao seu diretor de Obras um contrato no valor de 59 mil reais para realizar a reforma da garagem. Sem perder de vista a margem de lucro, Mauro resolveu reaproveitar as telhas de mais de 30 anos de uso.

O prefeito Dilson não tem residência própria em Mazagão, mas no mês de fevereiro deste ano o consumismo com sua casa alugada no município foi exacerbado. Só com a manutenção da casa alugada do prefeito a gastança foi de 26 mil reais, com alimentação, material de higiene e limpeza.

Seu antecessor, o prefeito José Carlos Marmitão, declaradamente obeso, não consumia tanto. A residência oficial de Marmitão não gastava mais do que 3 mil reais/mês.

Dilson Borges dirige um município onde quase tudo lhe é permitido, pois exerce domínio sobre a totalidade dos vereadores locais. Portando, não há fiscalização na aplicação do dinheiro público.

Até a mulher do juiz da comarca, a assistente social Darlita Daniela, foi contratada pelo prefeito Dilson para exercer a função de assistente social no Núcleo de Apoio Saúde da Família (Nasf). O trabalho seria por 40 horas semanais, mas ela só comparece ao emprego uma vez por semana
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A gastança é preocupante para uma prefeitura como Mazagão que vive basicamente das transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPE), todos os dias 10, 20 e 30 de cada mês. Agora, no dia 20 de março, por exemplo, a previsão é de queda na arrecadação que pode baixar de 90 mil para apenas 30 mil reais.

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