segunda-feira, 11 de março de 2013

Mapa da Violência: Amapá registra redução nos índices de homicídios em 2013

Da Agência Amapá 

Os índices da violência em todo o Brasil são alarmantes. Segundo o "Mapa da Violência de 2012", do Ministério da Justiça, o país passou de 13.910 homicídios em 1980 para 49.932 em 2010, um aumento de 259%, equivalente a 4,4% de crescimento ao ano. No Amapá, a situação se demonstra inversa. As taxas registradas desse tipo de violência vêm diminuindo à medida em que mais investimentos e trabalho de prevenção são realizados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
 
Segundo os dados do Relatório Integrado de Segurança Pública, em janeiro deste ano, houve redução de 46% no número de homicídios se comparado a dezembro de 2012; e queda de 39%, em fevereiro deste ano, em relação ao mês anterior, com base nos registros feitos pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) entre 1º de janeiro a 28 de fevereiro.

Em 2013, o Relatório aponta que foram registrados nove homicídios em janeiro, contra 14 em fevereiro, números bem abaixo das ocorrências feitas em 2010, por exemplo, quando, nesse período, houve registro de 22 homicídios em janeiro e 20 mortes violentas em fevereiro.

Os dados da Sejusp evidenciam que o número de homicídios vem caindo a cada ano no Amapá. Em 2010, foram registradas 259 ocorrências dessa natureza. Em 2011, os números apresentados pelo relatório da secretaria apontam que houve 234 registros, contra 228 homicídios cometidos em 2012.

Investimentos
Para os especialistas em Segurança Pública, as causas do aumento da violência no Brasil são complexas e envolvem questões socioeconômicas, demográficas, culturais e políticas. Na contramão das estatísticas nacionais, o secretário da Sejusp, Marcos Roberto Marques, diz que o incremento no orçamento destinado ao setor nos últimos anos, e os trabalhos de prevenção que vêm sendo realizados no Estado, são fatores que influenciam na redução da taxa de homicídios no Amapá.

Em 2010, o orçamento destinado à Segurança Pública era de pouco mais de R$ 29,3 milhões. Em 2013, a dotação inicial está estabelecida em mais de R$ 53,7 milhões, o que representa um aumento em cerca de 82% nesses três anos. Só em 2012 foram gastos com o setor Segurança aproximadamente de R$ 40 milhões.

Somente a Polícia Militar executou quase R$ 6,2 milhões do orçamento destinado à instituição no ano passado. A verba possibilitou à PM pôr em prática a estratégia de combate à violência, como policiamento ostensivo em áreas de risco da capital e do interior; aquisição de equipamentos e veículos, além da empossar 1.362 novos policiais, desde 2011, aprovados em concursos públicos, entre eles os realizados em 2008 e 2010.

Ações preventivas
Os programas sociais fazem parte da estratégia de combate ao crime e à violência no Amapá. Pelo menos dois programas educacionais realizados pela PM têm dado resultados positivos, resgatando jovens e adolescentes que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social.

O programa Cidadão Mirim, por exemplo, coordenado pela Diretoria de Ação Social da Polícia Militar do Amapá, já formou mais de dez mil jovens cidadãos. O GEA investiu, em 2012, cerca de R$ 250 mil nesse programa para compra de uniformes, lanches e equipamentos.

O Cidadão Mirim atende adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, os quais, durante três horas por dia, assistem às aulas sobre drogas e prevenção, educação cívica, trânsito, direitos humanos e participam de atividades socioeducativas.

Outro exemplo de ação social que desenvolve trabalho de prevenção e combate à violência é o Programa Educacional de Resistência a Drogas, o Proerd, o qual é também efetivado pela PM e assiste aos jovens de baixa renda e de risco social.

Em parceria com o Governo Federal, o programa envolve polícia, escola, família e a comunidade na problemática das drogas e da violência, além de promover o desenvolvimento de valores positivos e a autoestima das crianças e dos adolescentes. O objetivo é sensibilizar os jovens para que reconheçam e resistam às pressões diretas ou indiretas que poderão influenciá-los a experimentar drogas ou mesmo a agirem com violência.

Serviço
O Cidadão Mirim iniciará na segunda quinzena de abril e irá atender cerca de 500 jovens. As sedes são em Macapá, nos bairros: Marabaixo, Nova Esperança, Jardim, Congós, Muca e no Santa Inês. Em Santana, no bairro Igarapé da Fortaleza, além de acontecer nos municípios de Mazagão, Porto Grande, Ferreira Gomes e Oiapoque.

(Júnior Nery/Seplan)

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