sexta-feira, 15 de março de 2013

Randolfe, a oposição ao governo Camilo e o cenário para 2014

O texto publicado ontem pelo jornalista Lauro Jardim no site da veja.com (leia aqui no blog) pode representar puro jogo de cena do senador Randolfe Rodrigues (PSOL) que adia o anúncio de sua candidatura, mas nos bastidores diversos militantes e dirigentes do PSOL já fazem pré-campanha para o ensolarado. Na verdade, Randolfe quer fugir do debate e das críticas de setores da política e da imprensa local e nacional. Por isso fica em cima do muro como diria o saudoso poeta Cazuza. 

Randolfe é liso como jeju (peixe  dos nossos lagos) e tenta agradar a todos para fugir das críticas. Agora achou de flertar com Sarney sobre a famigerada ALCMS, virando cabo eleitoral do oligarca que tenta reconstruir sua imagem e quem sabe ensaiar uma reeleição em 2014.

Randolfe flerta com Sarney para fugir do bombardeio midiático de setores da imprensa que devem obediência ao oligarca do PMDB. Bastou o jornal A Gazeta e o império de comunicação do ex-senador Gilvam Borges ensaiar ataques como os que são feitos diuturnamente contra o governo Camilo Capiberibe, para Randolfe subir no púlpito e passar a defender com “unhas e dentes o projeto” de Sarney da ALCMS, que de uns dias pra cá passou a se preocupar com os problemas do Amapá, inclusive escrevendo artigo sobre nossos problemas e planejando agenda de "visitas" e rodadas de encontros com setores da política e do empresariado local.

Parece que Randolfe entrou numa sinuca de bicou ou numa saia justa e prefere fazer "boca de siri" sobre suas pretensões para 2014. Diante dos boatos que já circulam nacionalmente dentro do PSOL e da imprensa sobre um suposto dossiê que poderia dinamitar a biografia do nosso "Harry Potter" como aconteceu recentemente com o deputado Gabriel Chalita em São Paulo, onde pipocaram denúncias contra o peemedebista que devem acabar com o seu sonho de virar governador.

Randolfe Rodrigues é a última esperança dos políticos tradicionais e da direita do Amapá de voltarem ao poder em 2014. A candidatura de Waldez Góes (PDT), preso em 2010 na Operação "Mãos Limpas" não vai decolar por conta do legado de corrupção de seu governo. Lucas Barreto (PTB) pode ser uma das alternativas, mas tem dificuldades de se posicionar como alternativa ao atual governo porque também come no "pirão" de Sarney junto com Randolfe e seu passado lhe condena, já que apoiou o projeto que arrasou o Amapá durante o desgoverno de seu compadre Waldez Góes.

O governador Camilo Capiberibe, conforme pesquisas de consumo do governo, vem recuperando sua popularidade diante das recentes inaugurações de obras e o anúncio de grandes projetos e investimentos milionários, mostrando sua capacidade de bom gestor que em apenas dois anos de governo recuperou um Estado arrasado pela corrupção e os desmandos da antiga "harmonia" que criou o caos e o atraso.

O senador Randolfe e o braço sindical do PSOL se juntaram ao grupo que arrasou o Amapá apoiando greves eleitorais e movimentos golpistas pra tentar desestabilizar o governo na tentativa de sangrá-lo. Falam que o atual governo é autoritário porque cortou na própria carne e rompeu com os maus costumes que ainda estão enraizados no setor público do Amapá. É claro que o governo também errou em alguns momentos de negociação com setores sociedade civil por conta da intransigência de alguns grupos do PSB que deveriam aprender a fazer “curso de negociação” com o movimento sindical, mas a greve eleitoral de 2012 passou dos limites do sindicalismo combativo e alcançou o seu objetivo central: demonizar Camilo e o PSB. 

O sindicato aparelhado pelo PSOL seguiu ordens de Randolfe e Clécio e fez acordo com o PDT da deputada Marília Góes, a nova musa do “moralismo” que agora achou de falar em ética e desmandos na tribuna da Assembleia Legislativa, mas esqueceu que foi o governo do seu marido que atolou o Amapá no lama.

A estratégia que uniu o PSOL e PDT era usar a greve como pano de fundo para sangrar o governo e desgastá-lo para tomar de assalto o poder pela via golpista institucional. Tanto é fato que o Sinsepeap pediu o impeachment do governador legitimamente eleito nas urnas na Assembleia Legislativa, mas sem sucesso.

A farsa foi desmontada e diversos professores após o processo eleitoral de 2012, reconheceram que o Sinsepeap errou na estratégia porque foi contaminado pelo clima eleitoral. Nunca antes na história do Amapá um governo tinha oferecido um reajuste de 16% para os educadores amapaenses. Mas o PDT e o PSOL em dissonância com a "imprensa marrom" fez os educadores acreditarem que o governo mesmo oferecendo um reajuste histórico era perseguidor e o inimigo da educação a ser derrotado. O Sinsepeap poderia ter aceitado os 16% e ter firmado compromisso posterior já que o GEA comprovou que um reajuste maior poderia inviabilizar o orçamento da Seed.

A campanha de 2014 está nas ruas e nas conversas de bares e bancos das ruas e praças. Só não ver quem não quer. As lições de 2012 devem servir de exemplo para o o governo que logo mais vai enfrentar o maremoto da data-base com o funcionalismo público. Mas também serve de exemplo para as categorias que ficaram cegas diante da campanha difamatória contra o governo, orquestrada pela imprensa e a oposição. 

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