Com base no diagnóstico construído pela equipe da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural (Coder) junto a várias comunidades rurais, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) definiram, conjuntamente, estratégias de ação para o ano agrícola 2011/2012 com ênfase no Sistema Integrado de Agricultura Familiar e Floresta, observando as políticas públicas, federal e estadual, voltadas para o setor rural.
Após percorrer os 16 municípios, ouvindo o total de 1.023 agricultores e 55 organizações rurais, a equipe da Coder (SDR) trouxe na bagagem a certeza de que o sistema de produção integrada tem sua importância para os agricultores, mas precisa ser reeditado em nova versão com os ajustes necessários para garantir, sobretudo, a otimização dos recursos públicos evitando, principalmente, o desperdício ocorrido na primeira versão denominada de Programa de Produção Integrada (PPI).
Para a safra 2011/2012, que se inicia neste mês de agosto com o preparo de áreas para plantio, foram criados critérios de enquadramento dos agricultores que, divididos em três grupos, serão contemplados de acordo com a real necessidade de cada unidade familiar, respeitando as peculiaridades locais, ou seja, serão consideradas as potencialidades que possam ser aproveitadas, transformadas ou agregadas dentro do sistema produtivo integrado. O público alvo é formado por agricultores organizados em associações e/ou cooperativas e Escolas Famílias. A seleção dos beneficiários obedecerá a critérios técnicos pré-estabelecidos e está sob a responsabilidade do Rurap. Técnicos e produtores passarão por capacitação que vai desde administração rural à agroecologia. A meta para a safra atual é atender 1000 agricultores. Após percorrer os 16 municípios, ouvindo o total de 1.023 agricultores e 55 organizações rurais, a equipe da Coder (SDR) trouxe na bagagem a certeza de que o sistema de produção integrada tem sua importância para os agricultores, mas precisa ser reeditado em nova versão com os ajustes necessários para garantir, sobretudo, a otimização dos recursos públicos evitando, principalmente, o desperdício ocorrido na primeira versão denominada de Programa de Produção Integrada (PPI).
Os custos de implantação do Sistema Integrado de Agricultura Familiar e Floresta, por hectare, na primeira fase do projeto variam entre R$ 2.970,00 a R$ 8.022,00, dependendo do grupo ao qual o agricultor pertence e do ecossistema explorado - cerrado ou capoeira. De acordo com o que está sendo delineado no novo sistema produtivo, em 2011/2012 cerca de 70% das lavouras serão em áreas de cerrado e os 30% em áreas de capoeira com até quatro anos de regeneração.
Com as medidas adotadas, os técnicos garantem uma redução de 50% nos custos para o preparo de 1.000 hectares de áreas, comparado ao que foi gasto em anos anteriores, na primeira versão do sistema de produção integrada. Os recursos financeiros e tecnológicos eram disponibilizados de forma generalizada, em muitas vezes, longe da realidade de cada unidade produtiva. É o que registra o diagnóstico da Coder.
Para evitar o que aconteceu anteriormente, de a produção integrada estagnar na primeira etapa, provocando uma quebra da cadeira produtiva, a SDR trabalha atualmente com a perspectiva de consolidar parcerias institucionais, tornando o Termo de Cooperação Técnica um mecanismo de viabilização de todas as ações, desde a produção, escoamento, comercialização, transformação (agroindústria/agronegócio), entre outras atividades que serão desdobradas pelo novo sistema produtivo. Entre os potenciais parceiros estão instituições de pesquisa, transportes, área social, educação, desenvolvimento agrário, crédito, indústria e comércio e de abastecimento.
Fazer com que a agricultura contribua para o desenvolvimento econômico sustentável do Amapá é uma das metas qualitativas do Sistema Integrado de Agricultura Familiar e Floresta. Para isso o projeto adota práticas menos impactantes ao meio ambiente desde o preparo mecanizado do solo, plantio e tratos culturais, entre outras atividades.
Ao consorciar culturas alimentares (mandioca, feijão caupi, milho, arroz) e fruticultura regionalizada com espécies florestais, o novo sistema produtivo ao mesmo tempo em que diversifica a produção ampliando a renda da família rural, oferece ao consumidor mais opções para compra de produtos da agricultura familiar.
“Com a inclusão tecnológica dos agricultores, proporcionada pelo governo do Estado por meio do preparo mecanizado de áreas para o cultivo de culturas consorciadas, e consequentemente, o aumento da produção e da produtividade, entre outras vantagens socioeconômicas e ambientais trazidas pelo Sistema Integrado de Agricultura Familiar e Floresta, estaremos principalmente, gerando médios produtores, reduzindo a possibilidade de os agricultores se tornarem vítimas de possíveis especulações, ou seja, precisarem negociar suas terras - prática bastante perceptível no Amapá”, explicou o coordenador de desenvolvimento rural da SDR, Edmundo Leão.
Para o coordenador técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Antonio Almeida, o importante é não querer atingir metas a qualquer custo. “Técnicos e produtores precisam ter compromisso com o desenvolvimento rural. O momento não é de desconstruir, e sim, de agir e fazer os ajustes ao longo da execução das ações. O ano agrícola está se iniciando e é preciso urgência”, completou.
Dalvaci Dias/SDR
Assessora de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social
Nenhum comentário:
Postar um comentário