segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Roberto Góes assedia bloco de partidos liderados por Vinicius Gurgel


O prefeito Roberto Góes (PDT), busca ampliar sua base aliada em Macapá para conseguir ter força política e disputar uma reeleição.
Mesmo com o desgaste político diante das péssimas condições da cidade, do abandono da saúde básica e da exposição nacional diante de sua prisão na operação “Mãos Limpas” da PF, o pedetista tem procurado lideranças políticas e partidos para se fortalecer rumo as eleições 2012.
Semana passada o alvo do assédio político de Roberto Góes foi o  bloco de partidos liderado pelo deputado Vinicius Gurgel, que se desfiliou do PRTB e deve ingressar no recém criado PSD de Kassab. Fontes ligadas ao bloco de partidos, afirmam que Góes conversou com Petrus Ramos (presidente do PR) e com o deputado Vinicius Gurgel (agora no PSD), que debatem juntos, os rumos do bloco de partidos visando as eleições de 2012.
O comandante do Palácio Laurindo Banha ofereceu duas secretarias, municipais de peso, para o bloco de partidos liderados por Vinicius Gurgel. Na conversa Roberto Góes pediu que as lideranças escolhecem duas secretarias de uma lista de três: Educação, Saúde e Semob.
Nos bastidores, comentários tomam conta do PR, que está dividio diante da proposta. O ex-prefeito de Macapá, João Henrique e a ex-deputada federal Lucenira Pimentel se posicionaram contra a ida do PR para o governo, antes de uma conversa final com o governador Camilo Capiberibe, que prometeu ao partido o ingresso na coalizão governamental.
O deputado Vinicius Gurgel,  que tem influência no PR, também aguarda uma posição do governador Camilo Capiberibe e do PSB. Vinicius Gurgel tem o irmão Idelgardo Gurgel como membro da Executiva Municipal do PR de Macapá e tem peso dentro do partido.
O ex-prefeito João Henrique Pimentel e a ex-deputada Lucenira Pimentel também tem forte influência no partido e comandam diversos diretórios municipais (Santana) e parte da Executiva Estadual.
A divisão do PR e o dilema sobre a ida do bloco de partidos para a PMM é um sinal amarelo para que o governador Camilo Capiberibe possa rever seu leque de aliados no Amapá. Alguns parlamentares, como é o caso da deputada Sandra Ohana (PR) tem se comportado como oposição e tem jogado do lado do grupo político de Moisés Sousa (PSC), presidente da AL.
A deputada Sandra Ohana indicou sua irmã para Secretaria Estadual de Mulheres. Em uma conversa com o governador, o deputado Vinicius Gurgel teria pedido a Camilo Capiberibe a pasta de mulheres.
O deputado Vinicius Gurgel também tem cobrado constantemente a reciprocidade com o PR, já que o partido apoiou o governador Camilo Capiberibe no segundo turno das eleições de 2010.
Lembrando que Vinicius Gurgel é filho da deputada Telma Gurgel (PRTB), que tem se comportado com mais fidelidade e lealdade com o governo, do que Sandra Ohana, que muitas vezes tem jogado com a oposição. Quem não lembra do episódio da eleição da Mesa Diretora da AL? Sandra Ohana bateu de frente com a orientação do governo e apoiou Moisés, quando o Setentrião queria Jacy Amanajás (PPS).
Camilo Capiberibe ganha de cara dois parlamentares (um na Câmara e outro na Assembléia Legislativa), caso resolva atender o pedido do bloco de partidos. E ainda por cima, a aceitabilidade do ex-prefeito João Henrique com os servidores municipais, que nos quatro cantos da prefeitura, dizem que “eram felizes e não sabiam”.
Além disso, o PSB que cogita disputar a prefeitura de Macapá em 2012 pode ter três partidos com tempo de TV suficiente para fazer a diferença no processo eleitoral. É uma cesta significativa de votos.
O bloco de partidos liderados por Vinicius Gurgel contaria com PSD, PR e PRTB. O PCB também discute a participação no bloco, caso os partidos decidam lançar candidatura própria a PMM.
Roberto Góes quer comer o bolo que está na mão do seu principal adversário político.

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